A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça apresentará a Mostra de Cinema Marcas da Memória: 50 Anos do Golpe, no Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro.
No dia 4/10, às 18 horas, será lançamento do filme 500 – Os Bebês Roubados pela Ditadura Argentina, de Alexandre Valenti, que narra a busca das Avós da Praça de Maio por seus netos – crianças raptadas ou nascidas nos campos da morte e roubadas pelos torturadores nos anos sombrios da ditadura militar da Argentina.
No dia 5/10, às 18 horas, será exibido o filme Duas Histórias, de Angela Zoe, que conta a trajetória de dois militantes socialistas na luta contra a ditadura militar brasileira. O filme narra duas experiências com diferentes concepções políticas que orientavam a resistência à ditadura, mas iguais na coragem, na dor e na superação, demonstrando que mesmo após vários exílios, foi possível alcançar a vitória e a alegria do retorno ao Brasil.
Já no dia 6/10, às 18 horas, será a estreia do filme Nossas Histórias, de Angela Zoe, que relata histórias pessoais de três pessoas anônimas que lutaram e resistiram de forma heróica à ditadura militar brasileira: Angelina Dutra – Casa de Mãe Casa de Filha; Damaris Lucena – Céu Aberto; e Theodomiro Brito – Pena de Vida, único brasileiro condenado à pena de morte pela ditadura militar. São três narrativas inspiradoras, de coragem e superação extremas, de pessoas que tiveram suas vidas transformadas, mas que nunca tiveram a oportunidade de contar suas histórias. O filme se justifica pela importância de não se perder esta memória histórica, política, e acima de tudo, humana de pessoas desconhecidas e anônimas durante a ditadura militar.
Finalmente, no dia 7/10, às 18 horas, será exibido o filme Eu me lembro, de Luiz Fernando Lobo, um documentário sobre os cinco anos do projeto Caravanas da Anistia, que reconstrói a luta dos perseguidos por reparação, memória, verdade e justiça, com imagens de arquivo e de entrevistas.
Os quatro filmes foram produzidos no âmbito do Marcas da Memória da Comissão de Anistia, um projeto de memória e reparação coletiva para o Brasil, que desde 2008 reúne depoimentos, sistematiza informações e fomenta iniciativas culturais que permitem a toda sociedade conhecer o passado e dele extrair lições para o futuro. Seu objetivo é descentralizar do Estado o processo de preservação da memória histórica sobre as violações aos direitos humanos e à cidadania ocorridos no passado, garantindo a insurgência de memórias plurais, que reflitam a diversidade de perspectivas que o povo brasileiro tem de sua própria história.
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.