RJ – MPF é contra ação do Dnit para demolir cerca de 40 moradias em linha férrea

Obras do pátio de manobras, em Barra Mansa (Foto: Natasha Prado)
Obras do pátio de manobras, em Barra Mansa (Foto: Natasha Prado)

Famílias vivem em área onde serão realizadas obras de expansão do pátio de manobras em Barra Mansa (RJ)

MPF/RJ

O Ministério Público Federal (MPF) em Volta Redonda (RJ) manifestou-se contra ação demolitória movida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para retirar cerca de 40 imóveis de área onde será construído pátio ferroviário no perímetro urbano de Barra Mansa (RJ). O procurador da República Julio José Araujo Junior quer a extinção das ações demolitórias e o cumprimento de acordo celebrado em 2009 pelo Dnit, em que se comprometia no reassentamento das famílias.

Pelo acordo (Termo de Ajustamento de Conduta), em momento algum se cogitou a demolição das casas. “Ao contrário, as tratativas sempre apontaram para a adoção de medidas de reassentamento quanto aos imóveis onde isso fosse necessário”, destacou o procurador. O TAC, que foi celebrado em razão de ação civil pública movida pelo MPF por conta de vícios no licenciamento ambiental nas obras das linhas férreas e na construção do Pátio de Manobras Anísio Brás, foi homologado pela Justiça Federal de Volta Redonda e possui força de decisão judicial, contra a qual não cabe recurso. (mais…)

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Organizações sociais e sindicais apontam desafios do Projeto Energético Popular no nordeste

Foto: MAB
Foto: MAB

MAB – Nesta semana, nos dias 2 e 3 de setembro, aconteceu em Recife (PE), o Seminário Regional de Energia, organizado pela Plataforma Operária e Camponesa para a Energia. O seminário do nordeste é o terceiro dos quatro seminários regionais que acontecem em todo o país para debater o modelo energético nacional e apontar perspectivas para a luta dos trabalhadores deste setor e atingidos por barragens.

No último dia do evento, as organizações sindicais e movimentos sociais da Plataforma abordaram as funções do Estado no atual modelo energético. Contribuíram neste debate representantes da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Sindipetro, CHESF e Centro de Tecnologia e Geociências da UFPE.

“A energia, antes de ser um bem estratégico, hoje é tratada como mais uma mercadoria”, afirmou Gustavo Teixeira, do Dieese e assessor da FNU. Segundo ele, essa lógica é herança do modelo neoliberal implementado pelo governo FHC, responsável pela privatização e precarização de grande parte do setor elétrico. (mais…)

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MAB denuncia ação da Tractebel a parlamentares franceses

Foto: MAB
Foto: MAB

MAB – Na tarde de ontem (04), o MAB e o MST receberam parlamentares franceses representantes do Grupo Interparlamentar de Amizade França – Brasil. Eles estão no Brasil acessando informações em relação à questão agrária e energética, saúde pública e políticas de igualdade de gênero.

Segundo Laurence Cohen, presidente do Grupo Interparlamentar, eles fizeram questão de conversar com os dois movimentos brasileiros por entender que são organizações de grande representatividade e travam lutas e resistência importantes no Brasil.

Durante o encontro o MAB debateu com os senadores sobre a política energética brasileira e apresentou denúncias da ação da empresa belga-francesa, Suez Tractebel, no Brasil. Segundo os militantes do Movimento, essa empresa é uma das mais violentas do setor elétrico no tratamento das populações atingidas, a exemplo do que acontece com os atingidos pela barragem de Cana Brava, em Goiás. Depois de 12 anos de funcionamento da barragem, agora que a empresa quer indenizar algumas das centenas de famílias que não receberam nenhum tipo de indenização. (mais…)

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MST e representante de fazenda ocupada em Goiás negociam solução pacífica

Agência Brasil
Agência Brasil

Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil 

Representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do grupo agropecuária Santa Mônica estão reunidos com representantes da Secretaria da Segurança Pública de Goiás, em Goiânia (GO). Convocados pelo superintendente executivo da secretaria,  Rogério Santana, eles participam de uma reunião do grupo de gerenciamento de crise. O objetivo é tentar encontrar uma solução pacífica para a reintegração de posse de parte da Fazenda Santa Mônica, ocupada por famílias sem terra desde o último domingo (31).

Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, a reunião começou por volta das 14 horas e até as 16 horas não tinha terminado. Também estão presentes representantes do Tribunal de Justiça de Goiás, da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Ministério Público estadual e das forças policiais. (mais…)

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O que é agronegócio?

Onildo Lopes dos Santos

Atentados escandalosos contra o Cerrado. Problemas ambientais (práticas agrícolas inadequadas que causam erosão, perda de biodiversidade, contaminação de mananciais e de pessoas com agrotóxicos, emissão de gases de efeito estufa) e sociais (expulsão de comunidades de seus territórios, concentração de renda, destruição de recursos naturais amplamente utilizados pelas comunidades locais). O ogronegócio!

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Destruído acampamento de sem terra em Monte Negro, Rondônia

Casas destruídas (Foto: rondoniavip)
Casas destruídas (Foto: rondoniavip)

Segundo informações da imprensa local, nesta quarta-feira, 03 de setembro, foram destruídos os barracos de cerca de 40 famílias do Acampamento Monte Verde, na linha C-35, em Monte Negro, Rondônia, após determinação de reintegração de posse.

CPT Rondônia

A destruição das casas de madeira e palha do acampamento foi realizada por uma retroescavadeira, protegida por um forte contingente policial, depois que as famílias que moravam no acampamento fugiram do local, abandonado pertences, comida e animais domésticos.  A destruição das casas pela retroescavadeira foi flagrada por jornalistas do site rondoniavips, que acompanhavam a ação da justiça.

O Ouvidor Agrário regional do INCRA/RO, Erasmo Tenório da Silva, confirmou para a CPT Rondônia ter estado presente na reintegração de posse. Também disse ter acompanhado a notificação dos acampados na sexta feira passada, ocasião em que presenciou a prisão de um homem armado que tinha ido ao local, procurar terra para a filha dele. Confirmou que quando a polícia chegou todos os acampados já tinham abandonado o local, e disse não ter testemunhado a destruição das moradias dos acampados, prática que é contra as diretrizes da Ouvidoria Agrária Nacional, a quem, entre outras funções, compete “garantir os direitos humanos e sociais das pessoas envolvidas em tensões e conflitos sociais no campo” (Decreto Federal 6.813 de 03 de abril de 2009). (mais…)

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Lei de Anistia não é obstáculo para julgar torturadores

Paulo Abrão durante evento da comissão para lembrar os 35 anos da Lei de Anistia (Foto: Agência Brasil)
Paulo Abrão durante evento da comissão para lembrar os 35 anos da Lei de Anistia (Foto: Agência Brasil)

Para Paulo Abrão, presidente Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, o Brasil pode conciliar a decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos com entendimento do STF

por Marsílea Gombata, CartaCapital

Ao contrário da versão geralmente aceita, a Lei de Anistia não é um obstáculo para o julgamento de agentes repressores da ditadura. É possível, portanto, levar ao banco dos réis os torturadores do regime militar mesmo à sombra da legislação de 1979. As afirmações são de Paulo Abrão, presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. “Esse é o exemplo do Chile, que nunca revogou sua lei de anistia, para que lá se pudesse implementar os juízos em torno das condutas criminais dos agentes de Estado”, diz o jurista de 39 anos em entrevista a CartaCapital.

Há uma decisão jurídica internacional e uma do STF sobre a Lei de Anistia. A sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos, de 2010, determinou que o Brasil deveria julgar os agentes repressores. No mesmo ano, o Supremo Tribunal Federal determinou que todos os crimes do período devem ser anistiados. Abrão, que também é secretário nacional de Justiça, diz haver uma área comum entre as duas decisões, em relação aos “crimes permanentes”, aqueles que não prescrevem. “Acredito em uma forma de complementariedade, ou seja, existe uma zona de interseção entre as duas decisões, na qual temos um espaço efetivo para poder atuar”, disse sobre a realização de ações penais. (mais…)

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Lançado hoje, Relatório da OEA aponta que 40% dos presos no Brasil ainda aguarda julgamento (para baixar)

relatorio oea presos
Clique na imagem para baixar o relatório

Em Justiça Global

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos, lançou hoje em São Paulo o relatório ‘Sobre o Uso da Prisão Provisória nas Américas’, em que apresenta um diagnóstico sobre o uso deste instrumento jurídico no continente.

No Brasil, cerca de 40% dos presos não tiveram condenação definitiva. O relatório também aponta que o Brasil possui a segunda maior população carcerária das Américas, de aproximadamente 550 mil presos, perdendo apenas para os Estados Unidos.

O tema da realidade carcerária em geral e da prisão preventiva em específico vem recebendo mais atenção na esfera pública brasileira. Desde a recente reforma no regime das medidas cautelares penais, pela Lei 12.403/2011, passando pelos episódios no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, o debate sobre o uso, em regra indevido, do instrumento da prisão preventiva é central para formulação de políticas de segurança e penitenciárias para o país e na superação da prática do superencarceramento que se consolidou no Brasil nas últimas décadas. (mais…)

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Justiça Global lança a campanha “Prisão não! Liberdade para os presos provisórios”

 

Objetivo é conferir visibilidade ao problema do uso ilegal e abusivo da prisão provisória, e pressionar pela alteração de políticas de segurança e criminal que favorecem o encarceramento em massa da população pobre e negra e reforçam a crença na necessidade do aprisionamento.

Justiça Global

Há em torno de 230 mil pessoas presas no Brasil que nunca tiveram a chance de se defender, os chamados presos e presas provisórios. Isto representa mais de 40% do total da população carcerária, de cerca de 560 mil, sendo que o sistema prisional conta com aproximadamente 300 mil vagas. A prisão provisória é toda prisão anterior à condenação definitiva da pessoa e teria, em tese, como fundamento um risco à investigação ou processos em curso. Na prática, ela tem se tornado uma grave fonte de inúmeras violações de direitos humanos, promovendo o superencarceramento, a violência e tortura nas unidades prisionais e condições de detenção desumanas e degradantes. (mais…)

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Povos indígenas do Vale do Javari se reúnem para discutir Levantamentos Ambientais Participativos

Maloca em aldeia de índios mayoruna, no Vale do Javari (AM). Foto: Elaíze Farias
Aldeia de índios mayoruna, no Vale do Javari (AM). Foto: Elaíze Farias

Centro de Trabalho Indigenista

Representantes dos povos indígenas Marubo, Matis, Mayoruna e Kanamari e de suas organizações, se reuniram entre os dias 25 e 27 de agosto no município de Atalaia do Norte (AM) para discutir a gestão territorial e ambiental da Terra Indígena Vale do Javari e definir ações prioritárias. As discussões tiveram como base os Levantamentos Ambientais Participativos realizados entre os anos de 2008 e 2013 pelo Centro de Trabalho Indigenista (CTI) junto a esses povos indígenas.

Durante três dias eles discutiram questões relacionadas à sua agrobiodiversidade, os atuais desafios para a gestão de recursos naturais e a ameaças a seus territórios. A expansão da atividade petrolífera na região, que afeta o sul da TI Vale do Javari, na divisa com o Acre e também na fronteira com o Peru, foi outro ponto bastante abordado.  (mais…)

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