Michel Faustino, Campo Grande News
Morreu, na manhã desta segunda-feira (18), o padre salesiano Mário Panziera, que estava internado há cerca de duas semanas no Hospital da Unimed (antigo Miguel Couto), na Capital. De acordo com o laudo médico, a causa da morte foi falência múltipla dos órgãos. Ele foi um dos fundadores do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), pároco da São José e ajudou a criar 16 novas comunidades católicas na Capital.
O corpo está sendo velado na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, localizada na Avenida Manoel Ferreira, 171, Bairro Santo Antônio, onde atuou por 13 anos como pároco, e será celebrada a missa de corpo presente, marcada para às 7h30 desta terça-feira (19), com a presença do inspetor da Missão Salesiana de Mato Grosso, padre Gildásio Mendes dos Santos, e do bispo auxiliar da Arquidiocese de Campo Grande, Dom Eduardo Pinheiro da Silva.O sepultamento está previsto para as 10h, no Cemitério Santo Antônio.
O funcionário público, Francisco José da Silva, 36 anos, que atua como cooperador salesiano, diz que a comunidade salesiana de Campo Grande recebeu a noticia do falecimento do padre Mário com muito pesar. Segundo ele, padre Mário ganhou a simpatia e o respeito de todos durante os anos que se dedicou como pároco da Igreja São José. “Infelizmente é uma perda muito grande para a comunidade salesiana, mas vamos lembrar sempre das coisas positivas que Mário nos passou”, disse.
História – Padre Mário Ottorino Panziera nasceu em 7 de janeiro de 1927 em Selva del Montello, na Itália. Ele chegou ao Brasil em 1947, aos 20 anos de idade. Foi ordenado sacerdote aos 26 anos na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em São Paulo (SP), pelo bispo salesiano Dom João Rezende Costa. O lema escolhido para ilustrar a sua vocação foi “conservai a unidade do espírito no vínculo da paz” (Ef: 4,3).
Depois de ordenado, atuou nas aldeias São José de Sangradouro, Sagrado Coração de Meruri Marcos, com as etnias Bororo e Xavante, no Mato Grosso. Em 1972, ajudou a fundar o Conselho Indigenista Missionário (CIMI).
Em 1976 veio para Mato Grosso do Sul, assumindo a função de diretor da comunidade salesiana de Indápolis (Dourados) – composta por uma casa de formação, o Instituto Dom Bosco, e pela Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora. Atuou como pároco em Cuiabá (Paróquia São Gonçalo), São José (Campo Grande), Nossa Senhora Auxiliadora (Campo Grande) e novamente em Indápolis com a função de pároco – local onde celebrou os 60 anos de vida sacerdotal em 2013.
Na Capital, de 1995 a 2008, foi o responsável pela construção de 16 comunidades católicas, três delas foram elevadas à paróquia, são elas: Maria Medianeira das Graças (Vila Popular); Sagrado Coração de Jesus, que se tornou a Paróquia Coração Eucarístico de Jesus (Bairro Coophatrabalho) e a Paróquia São Francisco de Sales, antes Comunidade São Pedro (Bairro Recanto dos Pássaros). Como pároco ele sempre deu prioridade à atuação de todos os movimentos pastorais da Igreja Católica.
Neste último ano foi confessor e acompanhou os formandos do Pós-Noviciado no Instituto São Vicente, em Campo Grande.