O professor de História da rede estadual Filipe Proença, militante do GEP (Grupo de Educação Popular), é um dos presos e perseguidos políticos do dia 12 de Julho que se encontra hoje em “liberdade provisória” devido a um habeas corpus concedido pelo desembargador Siro Darlan. Uma das medidas restritivas contidas no habeas corpus determina que ele e os demais perseguidos não podem sair da comarca do Rio sem autorização judicial (além de não poderem participar de “reuniões públicas” e “manifestações”).
Filipe é professor em Magé, residia e trabalhava de segunda a sexta neste município do Estado do Rio, mas está impedido de voltar ao trabalho pois não recebeu ainda a autorização do juiz Itabaiana para sair da comarca do Rio e não recebeu a liberação da secretaria de educação para trabalhar em outras escolas estaduais no município do Rio que estão com carência de professor. Ao contrário, o que recebeu da SEEDUC foi a intolerância e dois processos por “abandono de cargo”.
Reafirmamos que Filipe em momento algum abandonou seu cargo e suas escolas, mas está sendo impedido de trabalhar devido a uma perseguição política completamente injusta e absurda.
Exigimos que a SEEDUC retire os processos sobre nosso companheiro e que garanta o seu direito de trabalhar e continuar construindo em sala de aula, com suas alunas e alunos, uma história de liberdade e justiça.
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por Ruben Siqueira.