Aliny Mary Dias – Campo Grande News
O líder indígena Paulino Terena, 31 anos, que estava sob proteção do Governo e foi um dos que comandou a ocupação de uma área situada em Miranda, distante 201 quilômetros da Capital, reivindicada pelos terena como território indígena, ficou ferido após ser baleado na madrugada desta segunda-feira (19). Lideranças estão na delegacia da Polícia Civil da cidade e afirmam que o indígena sofreu atentado.
Edno Terena, líder da Aldeia Moreira, explica que um grupo foi até a casa de Paulino durante a madrugada e invadiu o imóvel. Vários tiros foram disparados contra o homem que foi atingido na perna por um dos projéteis.
Ferido, Paulino foi socorrido por uma ambulância do Hospital Municipal de Miranda e encaminhado para a unidade. O indígena foi medicado e segue em observação.
Edno conta ainda que esse é a segunda ação contra Paulino. Em dezembro do ano passado, o indígena teve a casa e o carro incendiados. “Nós já estávamos preocupados, agora estamos muito mais. Ele está bem, só está com dor, mas esse atentado preocupa muito nossa comunidade”, diz o líder.
Protegido – Desde outubro do ano passado, Paulino faz parte do Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. A solicitação foi feita após ameaças.
O advogado dos terena, Luiz Henrique Eloy, explica que no fim do ano passado o indígena foi recolhido pelo programa para Brasília, em razão do aumento das ameaças. Paulino voltou para Mato Grosso do Sul em fevereiro do ano passado e há dois meses voltou a sofrer ameaças.
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por Jorge Eremites de Oliveira.