Seminário internacional no MA debate impactos dos projetos de mineração

sem carajasPor Reynaldo Costa
Da Página do MST

Teve início na manhã desta segunda-feira (05/05), em São Luís (MA) no Campus da UFMA, a etapa final do Seminário Carajás 30 Anos: resistências e mobilizações frente a projetos de desenvolvimento na Amazônia oriental.

A atividade, que se estende até sexta-feira (09/05) recebe a presença de estudantes, pesquisadores, militantes sociais, povos tradicionais e atingidos por projetos de mineração de 11 países. 

O Seminário Carajás teve outros quatro momentos, chamado de etapas regionais, realizadas em Imperatriz, Santa Inês, Marabá e Belém do Pará.

O Seminário é um resultado também do acúmulo de debates e enfrentamentos que discutem a situação de centenas de comunidades atingidas por grandes projetos de desenvolvimentos, a maioria destes ligados a projetos de mineração.

Ao todo 39 organizações sociais participaram do processo que culminou com a realização do Seminário Internacional de São Luis.

Na mesa de abertura, um momento emocionante foi a homenagem feita a Dom Tomás Balduíno pelo professor Horácio Antunes. Momento importante já que a plenária aglutina Sem Terra, Indígenas, quilombolas, religiosos e outros povos que tiveram todo o apoio do Bispo falecido na sexta-feira passada (02/05).    

Horácio relatou a importância da academia na construção do evento. “O seminário foi pensado a partir da lógica do diálogo dos saberes e tem a pretensão de romper os muros da academia, para que possamos cada vez mais expandir os espaços de difusão do conhecimento”.

A Universidade Federal do Maranhão e a Universidade Estadual do Maranhão são parceiras na construção desta etapa final de seminários.

Os cerca de 1100 participantes se distribuíram em 21 mesas redondas simultâneas com temáticas acerca de grandes projetos na Amazônia e sobre os impactos de projetos de mineração nos países presentes no evento, além de outras problemáticas sociais resultantes de projetos de desenvolvimentos.

Jonas Borges do MST reflete que o Seminário não é um processo construído de um ano para o outro. “O Seminário Carajás é um acumulo dos resultados das resistências de povos contra os grandes projetos e de debates que se iniciaram há mais de 30 anos com a chegada do projeto Grande Carajás”. 

Ao final de sua fala, o militante do MST batizou o local do evento, o Centro de Convenções da UFMA, como espaço Dom Tomás Balduíno durante a semana de atividades do Seminário. A proposta foi aclamada pelos presentes na plenária.

O seminário realizará ainda um Ato Show e manifestações pela capital maranhense. Ao seu final, deve traçar uma agenda de lutas conjuntas e permanentes entre os povos presentes nos debates. 

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