La guerra mediática y el “golpe suave”

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Enrique Alfonso Rico Cifuentes (especial para ARGENPRESS.info)

Sobre diversos acontecimientos actuales, recibimos un constante bombardeo a través de los poderosos medios de comunicación nacionales e internacionales, los cuales nos presentan una sola versión de los hechos, muchas veces parcializada o tergiversada, con la que se nutre mentalmente a la mayoría de la población. Ésta “no tiene tiempo” o no le interesa investigar otras versiones sobre tales asuntos y toman aquélla como la única verdad, que repiten casi de manera mecánica y emocional, sin ningún tipo de análisis. Así se crean, lo que llaman algunos analistas, sólidas matrices de opinión (o en lenguaje coloquial: fuertes prejuicios) y profundos amores u odios respecto a personajes, países o modelos económicos, sentimientos que se cierran con enormes cadenas, impidiendo, de manera furibunda, la entrada de cualquier otra versión. (mais…)

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MG – Encontro Nacional dos Atingidos pela COPA (1 a 3 de maio): depoimentos de representantes das 12 capitais-sede

Por Gilvander Luís Moreira

O I Encontro Nacional dos Atingidos pela COPA aconteceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, de 1 a 3 de maio de 2014. Estiveram presentes, dando seus depoimentos, vários segmentos da classe trabalhadora atingidos nas 12 capitais-sede. Eis aqui, divididos em quatro partes, a gravação de depoimentos comoventes de atingidos por grandes obras “em nome da COPA 2014”, que nos deixam indignados. (mais…)

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Para recordar el Primero de Mayo: Cuando el gobierno es enemigo de trabajadores e indígenas

La actuación de la policía frente a las protestas indígenas es cada vez más cuestionada en Sudáfrica. Crédito: Thapelo Lekgowa/IPS.
La actuación de la policía frente a las protestas indígenas es cada vez más cuestionada en Sudáfrica. Crédito: Thapelo Lekgowa/IPS.

Análisis de Catherine Wilson, en IPS

La violencia del Estado contra la disidencia política es cotidiana en ciudades como El Cairo, Bangkok y Kiev, donde la policía reprime a la ciudadanía a la que debería proteger. Pero en algunos países en desarrollo, las fuerzas del orden atacan también a la oposición indígena a la extracción de recursos naturales que impulsan los gobiernos en alianza con empresas privadas.

Pueblos indígenas de todo el mundo padecen el despojo de sus tierras ante el avance de la industria extractiva. Cuando fracasan las vías regulares para resolver las discrepancias con las autoridades, los activistas se enfrentan al uso desproporcionado de la fuerza, la detención ilegal y la penalización de sus líderes.

Mientras, los autores de la violencia de Estado gozan, invariablemente, de impunidad.

Mandeep Tiwana, de la Alianza Mundial para la Participación Ciudadana CIVICUS, una organización con sede en Johannesburgo, dijo a IPS que la víctima final es la confianza de la gente en el gobierno representativo. (mais…)

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Crianças ilhadas no Rio São Francisco enfrentam dura jornada para estudar

Transporte sai da Ilha da Capivara e vai até Pedras de Maria da Cruz: ponto de embarque depende do rio
Transporte sai da Ilha da Capivara e vai até Pedras de Maria da Cruz: ponto de embarque depende do rio

Última reportagem da série sobre a vida no meio do Velho Chico revela a dura jornada de crianças que são a esperança de superar o analfabetismo que condenou gerações

Por Luiz Ribeiro, enviado especial do EM

Pedras de Maria da Cruz e Manga – Separados do mundo há cerca de cinco décadas, desde seus ancestrais que foram expulsos das margens do Rio São Francisco por fazendeiros, privados de energia elétrica e desconhecendo TV ou internet, os moradores das ilhas do Velho Chico podem ter na educação a ponte para romper o isolamento que se eterniza por gerações. Nessas comunidades, o analfabetismo é fato comum entre os adultos, privados do estudo pela distância da escola. Hoje, os filhos dos ilhéus já enxergam uma oportunidade para mudar a realidade. Porém, a tarefa está longe de ser fácil. Para chegar à sala de aula os alunos enfrentam uma vida de sacrifício, iniciada na caminhada até a lancha que faz as vezes de escolar. Depois é preciso gastar boa parte do tempo navegando, antes de caminhar novamente até a escola.

O transporte fluvial, iniciado há quatro anos, é feito em lanchas fornecidas aos municípios ribeirinhos pelo governo federal, por intermédio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. A reportagem do Estado de Minas acompanhou a rotina de crianças das ilhas na jornada até a escola. A labuta é encarada por estudantes como Vanaick Ferreira Silva, de 13 anos, do sétimo ano do ensino fundamental, da Ilha da Capivara, em Pedras de Maria da Cruz. Ele acorda cedo, toma banho no rio e, por volta das 11h, logo após o almoço, caminha cerca de 400 metros para esperar a lancha escolarque o levará até uma escola pública da cidade.

Recentemente, com a redução do nível do rio, o local de embarque teve que ser mudado. Para chegar até o ponto, Vanaick e outras crianças precisam andar no meio do mato. “Tem muito carrapicho, gruda na roupa da gente”, reclama Fabíola, de 12, irmã de Vanaick, do quinto ano do ensino fundamental. No caminho ainda há o risco de serem picados por cobras. (mais…)

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Cacique Babau foi libertado na noite de sexta, dia 2. Notícia foi mantida em sigilo para garantir sua segurança

 

Cacique Babau na Câmara dos Deputados, antes de se entregar à PF. Foto: Nathalia Passarinho -G1
Cacique Babau na Câmara dos Deputados, antes de se entregar à PF. Foto: Nathalia Passarinho -G1

G1 BA

O líder indígena da Bahia Rosivaldo Ferreira da Silva, mais conhecido como Cacique Babau, foi liberado da prisão, em Brasília, na noite de sexta-feira (2), três dias depois de ter a liberdade concedida, em caráter liminar, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

De acordo com o advogado que representa o indígena da etnia Tupinambá, não foi possível uma saída imediata da prisão porque a defesa se esbarrou em “burocracias”. Os advogados também mantiveram a saída da prisão em sigilo durante parte do fim de semana para “preservar a segurança” de Babau. Mesmo com a liberdade, ele continua à disposição da Justiça.

O líder indígena foi preso no dia 24 de abril, no Distrito Federal, por força de um mandado de prisão expedido no dia 20 de fevereiro por um juiz de Una, na região sul da Bahia, área de intensos conflitos entre índios e fazendeiros por disputa de terras. Cacique Babau é apontado no inquérito como suspeito de ser o mandante do assassinato de um produtor rural, morto a tiros por quatro homens no dia 10 de fevereiro, na Bahia.

De acordo com o o advogado Adelar Cupsinski, do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), a defesa só tomou conhecimento do mandado no mês passado, às vésperas de uma viagem do Cacique Babau para Roma, onde participaria, a convite do Vaticano, de uma missa em Ação de Graças pela canonização do Padre Anchieta. A viagem não foi realizada devido à prisão, após Babau se entregar à Polícia Federal de Brasília.

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Justiça suspende licença da usina São Manoel, no rio Teles Pires, para proteger índios isolados

JustiçaEstudos ambientais mostram impactos irreversíveis sobre indígenas que vivem em isolamento voluntário, mas foram ignorados pela Empresa de Pesquisa Energética e pelo Ibama.

MPF PA

Justiça Federal do Mato Grosso suspendeu o licenciamento da usina hidrelétrica de São Manoel no rio Teles Pires, próximo à divisa com o estado do Pará. O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) deve suspender a licença prévia que concedeu ao empreendimento, sob pena de multa de R$ 500 mil. O juiz Ilan Presser, da 1ª Vara de Cuiabá, assinalou que “é inadmissível a imposição da aceleração de um procedimento complexo de licenciamento, que ignore os impactos socioambientais sobre as comunidades com povos indígenas isolados.” A liminar atende pedido do Ministério Público Federal (MPF).

De acordo com os Estudos de Impacto Ambiental da usina de São Manoel, a usina atingirá as terras indígenas Munduruku, Kayabi e Apiaká do Pontal. Nessa última, vivem indígenas que optaram pelo isolamento voluntário como estratégia de sobrevivência, em decorrência da traumática relação travada com não-índios. Os estudos apontam que a obra de uma grande usina na região vai provocar  escassez irreversível de recursos naturais hoje abundantes para as populações indígenas, além da proliferação, também irreversível, de doenças como leishmaniose, dengue, febre amarela, malária e outras. Diante desses impactos, o grupo de isolados que perambula na terra Apiaká é o mais vulnerável de todos os indígenas afetados.

“Não se pode admitir, no presente momento, a continuidade do licenciamento da UHE São Manoel, sob pena de malferimento dos artigos 216 e 231 da Constituição, a permitir um etnocídio da minoria dos índios isolados pela sociedade envolvente”, diz a decisão judicial. Os artigos 216 e 231 tratam da proteção do patrimônio cultural brasileiro e dos direitos indígenas. “A vontade da Constituição é de preservação e fomento do multiculturalismo; e não da produção de um assimilacionismo e integracionismo, de matriz colonialista, impostos pela vontade da cultura dominante em detrimento dos modos de criar, fazer e viver dos índios isolados”, diz a decisão. (mais…)

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Rio dos Macacos: Dia 6 de maio, MPF promove nova etapa de negociações sobre permanência da Vila Naval no território quilombola, em Aratu*

Combate pergunta

Comunidade apresentará avaliação sobre proposta feita pelo Governo no mês passado.

Na próxima terça-feira, 6 de maio, o Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) intermediará mais uma etapa das negociações iniciadas em outubro de 2013 entre representantes da comunidade Rios dos Macacos e o Ministério da Defesa, para a permanência dos quilombolas na área de Marinha, na Vila Naval da Barragem, em Simões Filho/BA. Durante o evento, previsto para começar às 10h, na sede do MPF em Salvador, a comunidade apresentará sua avaliação sobre a proposta feita pelo Governo em 11 de março último.

Na ocasião, o representante da Secretaria Geral da Presidência da República, Fernando Matos, apresentou uma nova solução do Governo, que considera a cessão de 86 hectares dentro da atual área de Marinha para comunidade. A principal mudança em relação à proposta anterior é a permanência da maior parte dos moradores onde atualmente residem, além da manutenção de áreas onde já cultivam, algo que ainda não havia sido contemplado.

Outra novidade é a construção de uma estrada para que os quilombolas tenham acesso independente ao território, já que atualmente a entrada utilizada é a portaria controlada pela Marinha – palco de recentes conflitos entre oficiais e quilombolas. Na próxima reunião, a expectativa é de que seja firmado um acordo com o intermédio do MPF, que permita a formalização do território quilombola. Caso isso aconteça, a União deverá desistir das ações judiciais que já determinaram a remoção da comunidade do local. (mais…)

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Sônia Guajajara: Empresas francesas participam da violação dos direitos das populações indígenas

Sônia Guajajara nas Nações Unidas, em 13 de março de 2014 © France Libertés
Sônia Guajajara nas Nações Unidas, em 13 de março de 2014 © France Libertés

Por Hélène Gélot, em GoodPlanet Info
Traduzido do francês por Stéphan Bry, para Combate Racismo Ambiental

Sônia Guajajara, porta-voz do movimento indígena no Brasil, denuncia as violações dos direitos das populações indígenas perpetradas na construção dos projetos de grandes hidrelétricas na Amazônia, tal como no caso de Belo Monte. Ela foi à França denunciar as ações das empresas Alstom, GDF Suez e EDF.

Presidente da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e líder da resistência indígena, Sônia Guajajara foi pela primeira vez à Europa. Depois de ter ido à sede das Nações Unidas, em Genebra, ela esteve em Paris nos dias 13 e 14 de março para interpelar a França a respeito da situação das populações indígenas no Brasil. “Nós estamos numa situação dramática, e nossos direitos estão ameaçados. O governo brasileiro, para cumprir seu objetivo de desenvolvimento econômico, viola suas próprias leis”.  Segundo ela, as usinas hidrelétricas de Belo Monte, atualmente em construção, e aquelas projetadas para o rio Tapajós, estão sendo impostas sem consulta às populações indígenas. Entretanto, a Constituição Federal de 1988 e a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) garantem às populações o direito à consulta. (mais…)

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Calou-se a voz de Tomás Balduíno, por Pedro Tierra

d. Tomás BalduínoCalou-se a voz de Tomás Balduíno,
nessa noite de 2 de maio.
Uma voz que nunca quis ser sozinha,
sabia, desde os anos de chumbo:
uma voz solitária não suspende a manhã.
Quiz ser uma voz entre vozes,
ergueu sua voz dentro do vasto coro dos oprimidos:

os índios, os posseiros, os lavradores,
os retirantes da seca e da cerca
e os que se levantam contra elas,
as mulheres, os negros, os migrantes, os peregrinos
para forçar claridades, para ensinar amanhecer.

Tomás é palavra.
A palavra que banha como bálsamo.
A palavra que fustiga.
Incendeia.
A palavra que perdoa
mas aponta – sempre – o caminho da Justiça.
E o que somos na vida?
Somos os ossos das palavras
que povoam o caminho de pedra ou flores
que sangram os pés dos nossos filhos. (mais…)

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Nota de Repúdio ao racismo institucional na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)

racismo-mão

CAER_Centro Acadêmico Emílio Ribas

O Centro Acadêmico dos cursos de Nutrição e Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP) Emilio Ribas (CAER) vem por meio desta repudiar a ação racista do corpo de segurança da FMUSP que na noite de quarta-feira (30/05) impediu a entrada na aluna do 1° ano de Graduação em Saúde Pública Mônica Mendes Gonçalves por ser preta.

Ao chegar na entrada do prédio da FMUSP por volta das 19:40h, ela foi impedida de entrar mesmo após apresentar sua carteirinha sob o argumento de que só era permitida a entrada de alunos da medicina pois haveria uma festa, logo o CAOC (Centro Acadêmico de Medicina onde fica o Pub Med. local onde Mônica marcou de se encontrar com outros colegas de turma) estava sendo evacuado. Notando porém, que outras pessoas não estavam tendo problemas em entrar no prédio, Mônica o contornou e notou que seus colegas de turma estavam dentro do Pub Med. e que no mesmo não havia festa alguma. Retornou a entrada principal questionando o real motivo do impedimento em vista da incompatibilidade entre a justificava apresentada pelos seguranças e o que havia visto e solicitando um responsável que pudesse mediar a questão.

Um guarda, que se identificou como o responsável por intervir nessas situações se apresentou e nesse mesmo momento um homem branco entrou no prédio sem precisar se identificar.
Escoltada pelos seguranças, Mônica entrou no prédio depois de muito argumentar que estava tendo seu direito de ir e vir violado.

O racismo institucional é justamente o elemento que quando negado inviabiliza seu enfrentamento e erradicação. Com isso o povo preto se vê constantemente alijado de seus direitos constitucionais e exercício de sua cidadania plena. A ausência desse reconhecimento pela Universidade de São Paulo é nítida visto sua posição inflexível quanto a adesão do sistema de cotas, o que é só um exemplo de uma série de mecanismos aparentemente sutis ora implícitos ora explícitos que estão presentes na atuação de seus agentes que inviabilizam o tratamento e acesso equânime entre quem branco e quem é preto. (mais…)

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