Em favor da excepcionalidade na escolha de direção do Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena/UFRR

iskranASCOM/CIR

Acadêmicos indígenas dos Cursos de Licenciatura Intercultural, Gestão Territorial Indígena e Gestão de Saúde Coletiva, unidos às organizações indígenas, representantes legítimas dos povos de Roraima, desde ontem,26, realizam uma manifestação contra um grupo de professores que buscam modificar o processo de escolha para a Direção do Instituto Insikiran, da Universidade Federal de Roraima (UFRR).

Com faixas e cartazes, o movimento saiu às ruas do campus universitário e reivindicou: Queremos continuar participando na escolha da Direção do Instituto Insikiran; Respeito às lideranças, o Insikiran é nosso; e Espaço conquistado, direitos respeitados. O movimento organizou uma Comissão composta por representantes das organizações  e estudantes indígenas,  onde foram recebidos pela Chefia de Gabinete da instituição, o que resultou na reunião com a Reitora da Universidade Federal de Roraima, Gioconda Martinez, que acontecerá na tarde desta quinta-feira (27), às 16h, no Auditório da Reitoria, de acordo com a reivindicação da Comissão. 

Movimento indígena no campus da Universidade Federal de Roraima

Mesmo com o momento tenso no Instituo Insikiran e a ameaças de mudança no processo eleitoral, acontece durante o dia de hoje, 27, no bloco do Instituo a Eleição para escolha dos dirigentes aptos a assumirem os cargos de direção, coordenadores dos cursos de Gestão Territorial Indígena e Licenciatura Intercultural. A posse dos candidatos eleitos está prevista para ocorrer hoje ainda, após a votação. Os candidatos tem o apoio do movimento indígena.

Para reforçar as manifestações, os alunos do Curso de Licenciatura Intercultural elaboraram ontem uma Carta de Repúdio protestando contra o grupo de professores e a situação que ameaça o direito dos povos indígenas de continuarem com a autonomia na escolha da gestação do Instituto Insikiran, criado há dez anos, graças às demandas e reivindicações das comunidades e povos indígenas de Roraima. Confira a Carta na íntegra e entenda com mais detalhes a situação preocupante.

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Carta de repúdio

Os Acadêmicos da licenciatura intercultural indígena do Instituto Insikiran iniciaram na manhã de ontem (26/02) um ato de protesto contra um grupo de professores que vem debatendo contra o regime de excepcionalidade na escolha dos dirigentes do referido Instituto.

Conforme o documento encaminhado a instancia máxima da Universidade federal de Roraima no dia 15 de julho de 2013, pedindo para não manter um regime de excepcionalidade pelos professores: Dr.Fabio Almeidas Carvalhos, Dr. Maxim Repetto, Dra. Fabiola Carvalho, Dra. Maria Barbara M.Berthonico, Ananda Machado, Jovina Mafra, Isabel Fonseca.

Para melhor entendimento, a Eleição dos dirigentes do Instituto Insikiram conta com a participação dos dirigentes indígenas de 58% e a participação dos não indígenas de 42% é o que vem ocorrendo desde a sua criação, o que é de fato um direito, já que sua existência foi consolidada com o protagonismo das lideranças indígenas.

No entanto, o grupo de professores acima mencionados querem uma eleição com Processo Unificado, onde a participação de votos dos Indígena cai para 12% e o voto dos não-indigenas será de 88%, tornando –se um caos total. Se o Instituto é um fruto do protagonismo indígena porque os doutores querem tomar toda nossa autonomia?

Amanha(27) acontece a eleição para nova coordenação do Instituto e mais uma vez o grupo tentou boicotar a eleição, pedindo a anulação do processo de eleição, o que lhes foi negado.

Portanto, os alunos insatisfeitos com a atitude antiética desse grupo de docente, vêm reivindicar seus direitos em forma democrática e transparente. Onde solicitam o afastamento definitivo dos tais professores, pois não existe mais nenhum tipo de dialogo entre os dirigentes e docentes.(Acadêmicos indígenas do Curso de Licenciatura Intercultural do Instituto Insikiran)

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