Nós, organizações da sociedade civil e demais signatários, viemos a público manifestar nossa preocupação em relação aos crescentes movimentos de criminalização das defensoras e dos defensores de direitos humanos que atuam nas manifestações populares iniciadas em junho do ano passado. A tentativa de impedimento e desmoralização destes advogados revela um grave quadro de retrocesso democrático. É essencial que em um Estado Democrático de Direito seja garantida a eficácia dos direitos fundamentais para todos e de maneira ampla. Deste modo, torna-se temerário o ataque deliberado aos advogados por exercerem sua profissão e seu dever de garantir a ampla defesa, o contraditório e o devido processo daqueles acusados de praticarem crimes durante protestos. É importante salientar que as demandas populares incluem pautas como a democratização da mobilidade urbana, a desmilitarização das polícias e o fim do extermínio contra a juventude pobre e negras nas favelas e periferias, proposições fundamentais para a consolidação da democracia brasileira. (mais…)
Day: 21 de fevereiro de 2014
Bodas de Sangue: 50 Anos do Golpe de 1964 – História, Cultura e Música Popular no Brasil
Trata-se de um material audiovisual produzido por professores do curso de História da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) – Campus de Marechal Cândido Rondon – para a semana de recepção aos calouros do curso. Vale frisar que o propósito maior do vídeo foi o de abordar um tema histórico marcante no Brasil em 2014 – os 50 anos do Golpe de 1964 – através de uma leitura específica do período: aquela relacionada ao que se convencionou chamar de “música popular brasileira” (MPB), seus principais artistas e compositores, de modo a compreender um contexto histórico de produção da “música popular” no Brasil (em seus termos estéticos, políticos e/ou ideológicos), assim como pensar a música como elemento fundamental de reflexões sobre a história do país, seus avanços, impasses e dilemas.
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.
“Não torturem os cachorrinhos, só torturem os negrinhos”. Para ser lido nas escolas
Fernando Brito – Tijolaço
O mestre Mauro Santayanna, que talvez não detenha a capacidade de uma Rachel Sheherazade ou o brilho intelectual de um Reinaldo Azevedo para ser convidado a comentar numa rede de televisão ou escrever na Veja, nos brinda hoje com um texto que deveria ser lido em todas as escolas brasileiras e servir de tema de debate aos jovens.
É destas coisas que fazem alguém, como fiz há quase 40 anos, escolher o jornalismo como profissão e a humanidade como a mais sagrada das religiões.
Santayanna atinge o torturador em seu mais falso orgulho: a sua coragem, que é apenas covardia.
Acusa a Justiça, como instituição, por sua leniência com o crime que ela deixa à vitima, se ainda não tiver tido medo suficiente de morrer, o risco de, além de denunciar, provar. E, em geral, para ouvidos moucos, porque, muitas vezes, é “o marginalzinho” a que se referiu nossa Barbie. (mais…)
Forças Armadas ganham nova chance de demonstrar apreço pela democracia
Exército, Marinha e Aeronáutica não têm feito esforços para corresponder a apelos de colaboração para explicar o que ocorreu no passado. Ignorar pedido da Comissão da Verdade terá significado grave
por Redação RBA
São Paulo – O pedido oficial da Comissão Nacional da Verdade para que as Forças Armadas colaborem com o processo de investigação dos crimes cometidos pela ditadura simbolizam uma nova chance para que Exército, Marinha e Aeronáutica demonstrem comprometimento com a democracia brasileira. Embora evitando críticas diretas, os integrantes do colegiado enviaram sinais de que falta maior disposição de um setor fundamental para elucidar os fatos do passado. A divulgação, esta semana, da existência de sete centros de tortura nos quais pode haver documentos relevantes e depoimentos sobre o modus operandi do regime autoritário.
Perto do encerramento das atividades da comissão – o relatório final será apresentado em dezembro deste ano –, o posicionamento dos militares ainda fica a dever. A resistência já era esperada e estava anunciada desde muito antes do surgimento da Comissão da Verdade, quando ainda se debatia como funcionaria o trabalho de apuração de crimes cometidos pelo Estado. Ato simbólico, os três comandantes das Forças Armadas se recusaram a aplaudir o discurso de Dilma Rousseff na cerimônia de posse dos membros do colegiado. (mais…)
Google lança observatório mundial do desmatamento
EcoDebate – A gigante da internet Google, organizações ambientalistas e vários governos apresentaram nesta quinta-feira uma sofisticada base de dados para fazer um acompanhamento do desmatamento no mundo, com a expectativa de intensificar a luta contra um dos principais motivos do aquecimento global. Matéria da AFP, no Yahoo Notícias.
O site www.globalforestwatch.org permitirá observar o desaparecimento de árvores em todo o planeta a partir de imagens em alta resolução com atualizações frequentes. As informações poderão ser consultadas de graça. (mais…)
Coronel acusa Fiesp de suborno em golpe de 1964
General Amaury Kruel, amigo e aliado do presidente deposto João Goulart, teria recebido US$ 1,2 milhão da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo para apoiar movimento golpista; após derrubada, então major foi cassado
por Rodrigo Gomes, da Rede Brasil Atual
São Paulo – O coronel reformado do Exército Erimá Pinheiro Moreira, de 89 anos, afirmou na terça-feira (18) que a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) subornou o general Amaury Kruel para que ele se voltasse contra o presidente João Goulart, apoiando o golpe de Estado de 1964. Em depoimento à Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo, o coronel afirmou ter presenciado o ex-presidente da Fiesp Raphael de Souza Noschese, na companhia de três homens, chegar a uma reunião com o general portando malas com US$ 1,2 milhão.
O general Amaury Kruel foi ministro da Guerra do ex-presidente João Goulart (1961-1964). Considerado fiel, foi designado ao comando do 2º Exército, em São Paulo. Goulart foi deposto, com apoio de Kruel, que no dia anterior ao golpe havia declarado publicamente que se o presidente não expurgasse “os comunistas de seu governo” ele não mais o apoiaria. (mais…)
Santo Antônio desrespeita limite operacional e prejudica Jirau
Temor é que danos irreversíveis possam ser causados a casa de força da UHE Jirau; Santo Antônio contesta acusação
Por Wagner Freire – Jornal da Energia
A reportagem do Jornal da Energia teve acesso a um documento em que o consórcio construtor da usina de Jirau, Energia Sustentável do Brasil (ESBR), afirma que a hidrelétrica de Santo Antônio (3.580MW) está desrespeitando o limite operacional estabelecido pelo projeto e que isso está ocasionados diversos impactos às estruturas da UHE Jirau (3.750MW). As usinas estão localizadas no rio Madeira, dentro do estado de Rondônia.
A notificação, datada de 6 de fevereiro, foi endereçada ao presidente da Santo Antônio Energia, Eduardo de Melo Pinto, com copia à Agência Nacional de Águas (ANA), ao Ibama, à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Segundo a ESBR, a altura máxima suportada por Jirau é de 74,8 metros em relação ao reservatório da usina de Santo Antônio. (mais…)
O troco de Marcelo Freixo nas Organizações Globo
“Eu só fui atingido porque eles acreditam que, ao me atingir, atingem as manifestações. Estão errados”
Por Fábio Nassif, em Carta Maior
“Os cães ladram, Sancho. É sinal de que estamos avançando”. Estas foram as palavras do deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) – citando a famosa obra de Miguel de Cervantes – para atenuar a semana de insônia vivida pelo seu colega de partido, o deputado estadual Marcelo Freixo. Envolvido aleatoriamente na responsabilização indireta pela trágica morte do repórter cinematográfico da Rede Bandeirantes, Santiago Andrade, Freixo recebeu nesta segunda-feira (17) um ato de desagravo que lotou o Salão Nobre do Instituto de Filosofia e Ciência Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro de militantes, políticos, juristas, artistas e lideranças religiosas.
A resposta de peso se deu justamente porque, entre todos os presentes, havia uma percepção de que a campanha liderada pelas Organizações Globo contra o parlamentar extrapolava não somente os limites éticos de uma cobertura jornalística, mas também buscava atingir o conjunto da população que reencontrou nas ruas um espaço privilegiado de realização da política. (mais…)