Defensores de cotas para negros em concursos pedem votação de projeto pela Câmara

Proposta ainda precisa ser aprovada no Plenário para poder seguir para análise do Senado

Do R7, com Agência Senado

Em debate na CDH (Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa), nesta segunda-feira (17), entidades do movimento negro e especialistas em políticas de ações afirmativas defenderam a aprovação do projeto de lei do governo que prevê reserva de 20% das vagas nos concursos públicos federais para candidatos afrodescendentes.

A proposta já passou por duas comissões na Câmara dos Deputados, mas ainda depende de aprovação no Plenário para ser encaminhada ao Senado.

O Movimento Educafro, dirigido pelo Frei David Santos, solicitou ao senador Paulo Paim (PT-RS) apoio para uma audiência com o presidente do Senado, Renan Calheiros. O objetivo é pedir que ele transmita ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, apelo das entidades para que a matéria seja rapidamente levada ao Plenário daquela Casa. (mais…)

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MPF representa contra Heinze e Alceu Moreira por incitamento ao crime e preconceitos

Heinze: "só tem um jeito: se defendam! Façam a defesa como o Pará está fazendo, façam a defesa como o Mato Grosso do Sul está fazendo. Os índios invadiram uma propriedade, foram corridos da propriedade”
Heinze: “Façam a defesa como o Pará está fazendo, façam a defesa como o Mato Grosso do Sul está fazendo. Os índios invadiram uma propriedade, foram corridos da propriedade”

No entendimento do órgão, “discursos desse tipo, que se propõem a incitar, ao menos, o desprezo contra determinados segmentos sociais, não podem estar protegidos por uma ordem constitucional que os condena tão veementemente. Não há exercício de mandato que possa ser concebido como um atentado à democracia, tal como ocorre nos discursos transcritos”.

Por Edgar Lisboa, no Jornal do Comércio

O Ministério Público Federal entrou com uma representação contra os deputados Alceu Moreira (PMDB) e Luis Carlos Heinze (PP) por declarações feitas pelos em Vicente Dutra, no Norte do estado do Rio Grande do Sul, em novembro do ano passado. De acordo com o órgão, os deputados incitaram publicamente ao crime e o preconceito de raça, cor, etnia e procedência nacional. O MPF também aponta que as declarações não estariam protegidas pela imunidade parlamentar. “O objeto sob proteção é o exercício do mandato. De modo que não é qualquer manifestação do parlamentar que está sob o resguardo dessa cláusula”. No entendimento do órgão, “discursos desse tipo, que se propõem a incitar, ao menos, o desprezo contra determinados segmentos sociais, não podem estar protegidos por uma ordem constitucional que os condena tão veementemente. Não há exercício de mandato que possa ser concebido como um atentado à democracia, tal como ocorre nos discursos transcritos”. (mais…)

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