Muniz Sodré: “A escola deveria incorporar a ecologia dos saberes”

Para Muniz Sodré, “o conceito de cultura ecológica preconiza o dar-se as mãos às diferenças” (Foto: divulgação)
Para Muniz Sodré, “o conceito de cultura ecológica preconiza o dar-se as mãos às diferenças” (Foto: divulgação)

Para o sociólogo e professor emérito da UFRJ Muniz Sodré, o pluralismo e a complexidade do mundo precisam ser abordados pela escola

Por Regiany Silva e Patricia Gomes, do Porvir/Revista Fórum

O sociólogo Muniz Sodré é um defensor da diversidade. Em suas obras, que orbitam pelos campos da comunicação, cultura, sociologia e educação, ele exalta a necessidade do reconhecimento das diferenças e de uma aproximação afetiva delas como forma de se caminhar para a aceitação da pluralidade e se valorizar o Outro (em letra maiúscula mesmo, para evidenciar a deferência). Formado em direito, com mestrado da sociologia da informação e doutorado em letras, Sodré é tido como um dos mais importantes intelectuais brasileiros. Ao transitar pelo ambiente acadêmico e o de saberes populares, ele faz o apreço ao diverso não ficar restrito apenas a sua produção científica.

Prova disso é que Sodré, ao mesmo tempo em que é professor emérito da UFRJ e já ocupou o cargo de presidente da Biblioteca Nacional, é também mestre de capoeira e tem o título de Obá de Xangô do Opô Afonjá, conferido a “protetores” de terreiro de candomblé. Em 2012, ele publicou o livro Reinventando a educação: diversidade, colonização e redes, em que afirma: “A ideia do ‘saber único’ termina recalcando uma parte importante da realidade (…) seus efeitos são igualmente danosos no tocante à educação, porque o monismo cultural impede o pluralismo”. (mais…)

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Queimada destrói reserva biológica entre Silva Jardim e Casimiro de Abreu (RJ)

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Crédito das imagens: Reprodução/Associação Mico Leão Dourado

De Olho No Tempo

O ar muito seco e o calor intenso contribuíram para a rápida propagação de um grande foco de queimada dentro da Reserva Biológica de Poço das Antas, entre os municípios de Silva Jardim e Casimiro de Abreu, no centro-leste do Rio de Janeiro.

Ainda neste sábado (08), brigadistas tentavam controlar os focos de calor que já haviam consumido pelo menos 80 hectares de mata nativa. A reserva é considerada o principal habitat de animais como Mico-Leão-Dourado e da Preguiça de Coleira. (mais…)

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