Comunidades criam Movimento para repudiar construção de projeto hidrelétrico

panamaAdital – Representantes das comunidades na luta contra o projeto hidreléctrico de Tabasará II: Viguí, Tabasará, La Corosita, Cañazal, El Tigre e Trinidad, no Panamá, se reuniram na capela La Medalla Milagrosa de Viguí, para formar o Movimento de Resistência pelo Tabasará (MRT). Este surge para denunciar os danos da construção do projeto hidrelétrico Tabasará II contra os moradores, prejudicando seu modo de subsistência campesina e a cultura dos grupos indígenas. “O poder empresarial, por meio de seus cúmplices no governo, tenta nos tirar o pouco que temos para vender nossas terras às transnacionais e sua voracidade por lucrar”, afirma a entidade recém-criada.

Os organizadores afirmam que repudiam o projeto “sem consulta” por não ter aceitação nas comunidades. Em troca, propõem um desenvolvimento integral das populações sem ter que entregar seu modo de vida. O Movimento denuncia ainda as ameaças por parte da Transnacional contra os campesinos e indígenas, tentando obrigá-los a vender suas terras; assim como as avaliações “fraudulentas e sem consulta” que têm sido feitas arbitrariamente nos terrenos afetados. “Denunciamos a Polícia Nacional por sua atitude pro empresarial e contra as populações afetadas”, salientam.

O MRT afirma, ademais, que não descansará até retirar o consorcio hidrelétrico de seus povos; organizando as comunidades; mantendo laços com outros movimentos em luta e defendendo os direitos de todas as populações campesinas e indígenas. ”O Movimento de Resistência pelo Tabasará (MRT) é do povo e não é propriedade de ninguém, pelo que somos independentes de qualquer governo ou partido político, cujos donos sejam os milionários. Ao povo nos devemos e o povo defenderemos”.

Com informações do Grito dos Excluídos/as do Panamá

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