“A atitude dos estudantes é um grito que quebra o silencio e os muros construídos pelas elites deste país que historicamente impediram o acesso dos empobrecidos, sobretudo jovens quilombolas”, diz a nota, que apela aos órgãos do governo federal “que intervenham na grave situação de desmando e desvarios da Administração Superior da UFMA”. Confira a íntegra:
NOTA DE APOIO
O Movimento Quilombola do Maranhão (MOQUIBOM) declara APOIO E SOLIDARIEDADE aos estudantes Josemiro de Oliveira, Daniel Fernandes e Rômulo Ricardo em greve de fome contra o autoritarismo do reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Dr. Natalino Salgado, que decidiu mudar a finalidade do prédio construído para moradia estudantil na ‘cidade universitária’ do Bacanga.
A radicalidade da decisão dos estudantes é justa porque a causa é justa. Conforme declarou Josemiro de Oliveira em resposta ao reitor: “conheço é a história de estudantes pobres do interior, filhos de quebradeiras de coco e lavradores que conseguem ingressar em Universidades Públicas e federais e necessitam de moradias dignas para permanecerem e concluírem um curso superior! Essa história eu conheço bem”. A atitude dos estudantes é um grito que quebra o silencio e os muros construídos pelas elites deste país que historicamente impediram o acesso dos empobrecidos, sobretudo jovens quilombolas, ao Ensino Superior.
Por último, apelamos ao governo federal, através do Ministério da Educação e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República para que intervenham na grave situação de desmando e desvarios da Administração Superior da UFMA.
Maranhão – novembro de 2013
Na Festa de Iansã,
Senhora das Tempestades e Raios
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por Claudio Castro.