SUPRAM atropela COPAM e atingidos de Conceição do Mato Dentro

Numa situação inusitada, a Superintendência Regional de Regularização Ambiental Jequitinhonha (MG) contraria decisão do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM, para beneficiar a mineradora multinacional Anglo American, que atua no município de Conceição do Mato Dentro e entorno.

Diante do impasse provocado pela precariedade dos estudos referentes ao universo dos atingidos pelo empreendimento Minas-Rio, o COPAM decidiu por votação, em 2010, que a Anglo American custeasse um laudo confeccionado por empresa independente e de notório saber técnico, a ser indicada pela Comissão dos Atingidos, com vistas à caracterização sociocultural da Área Diretamente Afetada (ADA) e da Área de Influencia Direta (AID). Tal estudo foi realizado pela empresa Diversus e protocolado na SUPRAM em 2011 e 2012.  Enquanto o EIA-RIMA do empreendimento indicava duas comunidades como atingidas, o relatório da Diversus identificou outras 20 comunidades, ampliando o universo dos atingidos para 22 comunidades. Contudo, a SUPRAM aceitou um terceiro estudo sobre as comunidades afetadas, realizado sob encomenda da própria Anglo American pela consultoria Ferreira Rocha,  que nega a conclusão do relatório da Diversus e reafirma a conclusão do EIA-RIMA.

Entendemos que a SUPRAM, ao avalizar esse estudo no processo de licenciamento, comete graves erros: (mais…)

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Importações de carne na União Europeia ameaçam índios isolados

Fotos de satélite mostram novas faixas derrubadas através da floresta onde habitam os Ayoreo isolados. © GAT
Fotos de satélite mostram novas faixas derrubadas através da floresta onde habitam os Ayoreo isolados.
© GAT

Survival – Floresta habitada por índios isolados no Paraguai está sendo destruída para dar lugar a gado destinado ao mercado europeu.

Novas imagens de satélite revelam que a empresa brasileira Yaguarete Pora tem derrubado parte da floresta no norte do Paraguai, terra ancestral dos índios Ayoreo.

Alguns dos Ayoreo são isolados e são constantemente forçados a fugir dos fazendeiros de gado que vêm tomando a maior parte de suas terras. (mais…)

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MS – Após seis mortes, Guarani Kaiowá de Apyka’i retomam fazenda de onde foram expulsos

GK retomada

Por Ruy Sposati, de Campo Grande (MS), no CIMI

A comunidade Guarani Kaiowá do acampamento indígena Apyka’i, às margens da rodovia BR-463, retomou parte do território reivindicado como tradicional, onde hoje incide a fazenda Serrana, a sete quilômetros do centro de Dourados (MS), por volta das 9 da noite deste domingo, 15. As famílias estão acampadas há 14 anos no local.

Em março, uma criança Kaiowá de quatro anos morreu atropelada na estrada. Além dela, outros quatro moradores da comunidade faleceram, vítimas de atropelamentos, e uma sexta pessoa foi morta envenenada por agrotóxicos utilizados nas plantações que circundam o acampamento. A fazenda que incide sobre o território indígena, em processo de demarcação e parte do Grupo de Trabalho Dourados-Peguá, é utilizada para a monocultura em larga escala de cana-de-açúcar. Em agosto, um incêndio que teria iniciado no canavial, atingindo cerca de mil hectares da terra, se alastrou pelo acampamento, destruindo barracas e pertences dos indígenas. A causa do incêndio ainda não foi confirmada. (mais…)

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Aty Guasu: Guarani e Kaiowá da comunidade Apyka’i, da beira da estrada, iniciam retomada de seus territórios no MS

IndiosGuaraniKaoiowaAty Guasu informa a todos(as) que as comunidades Guarani e Kaiowá da margem da rodovia, diante de demora e paralisação total de regularização de terras indígenas Guarani e Kaiowa pela justiça, em Mato Grosso do Sul, Guarani e Kaiowa recomeçam a reocupar a parte de terras indígenas tradicionais.

As comunidades Guarani e Kaiowa declaram e comunicam a todas sociedades nacionais e internacionais: “entendemos que nós Guarani e Kaiowa já estamos a condenados para morrer, por isso voltamos a nossa terra para morrer. Aqui na beira da estrada não ficaremos, essa é a nossa decisão” comunica os líderes.

“Já que os nossos direitos à posse de nossa terra não são aplicados pelo governo e justiça federal, por isso, voltamos a nossa terra para viver ou para morrer. Para nós indígenas não tem justiça no Brasil”.

“Se os jagunços da Usina São Fernando e dos fazendeiros matar nós, [é] só enterrar nós aqui mesmo. Aqui já estão enterrados dezenas de nossos parentes assassinados pelos pistoleiros”.

Assim, as comunidades Guarani e Kaiowa comunicam a todos(as). Logo voltaremos com a nova informação.

Aty Guasu contra o genocídio

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