
Em União – Campo, Cidade e Floresta
No dia 22 de dezembro de 2011, a Favela do Moinho, a última do centro da cidade de São Paulo, sofreu uma tentativa de despejo forçado por conta de um incêndio criminoso que deixou pelo menos 580 famílias desabrigadas e, segundo relato dos moradores, ao menos 30 mortos. Diretamente relacionado a esse episódio está o fato de que na mesma época a área do Moinho valorizou 187%, desde 2010 até 2012.
Em 30 de dezembro, apenas 8 dias após o incêndio, a prefeitura sob a gestão Kassab, obteve às pressas, a posse provisória de parte do terreno – justamente a parte atingida pelo incêndio, que compreende mais de um terço da área total da favela – com o intuito de demolir o antigo edifício Matarazzo, que ali ficava e que, segundo a prefeitura, apresentava risco de desabamento. Alegando questões de segurança, a prefeitura isolou esta área para realizar a demolição do prédio, primeiramente com tapumes de madeira, criando uma obstrução na transversal da favela, de ponta a ponta, trilho a trilho. (mais…)