Golpe chileno: o papel sujo da mídia

elmercuriomiente-490x277

Um documentário revela como “El Mercurio” tramou, com a elite chilena e o secretário de Estado dos EUA, derrubada de Allende e ascensão da ditadura

Por Cynara Menezes, em seu blog

El Mercurio Miente. A faixa pendurada pelos estudantes da Universidade do Chile no dia 11 de agosto de 1967, é o equivalente chileno a “O povo não é bobo, abaixo a rede Globo”. Assim como acontece aqui, a frase vem à baila toda vez que se denuncia o conglomerado midiático número 1 do país pela manipulação da informação. Naquele ano, o centenário jornal da família Edwards assumiria uma posição radicalmente contra a possibilidade de reformas no país. Seis anos depois, conspiraria para derrubar o presidente eleito Salvador Allende. (mais…)

Ler Mais

A branquitude está nua, por Ana Maria Gonçalves

O que é ter “cara de empregada doméstica”?
O que é ter “cara de empregada doméstica”?

Por Ana Maria Gonçalves para as Blogueiras Negras

Dada a velocidade com que consumimos novas informações, os assuntos abaixo parecem ultrapassados; mas não são. Sempre atuais, tendem a ocupar mais espaço nas nossas vidas e nos noticiários na proporção em que mais negros ocupem espaços nos quais não eram vistos anteriormente. E isso não significa necessariamente que o racismo esteja aumentando, mas que lhe são dadas mais oportunidades de se manifestar, quando negros estão em situação de igualdade ou superioridade social ou econômica em relação a brancos. Acontece no Brasil e em qualquer lugar do mundo cuja economia já foi baseada em regimes escravocratas e/ou que agora tenta lidar com o impacto das novas correntes migratórias, principalmente as originárias de ex-colônias africanas.

O que vemos manifestado nessas situações de racismo e xenofobia, além do ato em si e sua negação, é o desconforto do sujeito diante do espanto causado pela falha de sua invisibilidade. Quando pegas em um ato ou uma fala racista, as pessoas dizem que foram mal interpretadas e que não esperavam tal repercussão, pois até então se sentiam seguras, escondidas atrás de sua branquitude. E aqui uso o conceito de branquitude de Ruth Frankenburg, como sendo “um lugar estrutural de onde o sujeito branco vê aos outros e a si mesmo, uma posição de poder não nomeada, vivenciada em uma geografia social de raça como um lugar confortável e do qual se pode atribuir ao outro aquilo que não atribui a si mesmo”. Algumas análises sobre a atuação do ministro Joaquim Barbosa no STF e sobre as reações à vinda ao Brasil de médicas cubanas negras são bons exemplos dessa quebra de paradigma. (mais…)

Ler Mais

Violencia sexual a las mujeres en dictadura

4861304503_de147773a2_z

Además de ser víctimas de los métodos de tortura efectuados contra todos quienes pasaron por los múltiples centros de exterminio de la dictadura, más de tres mil mujeres sufrieron violencia sexual por parte de agentes del Estado. Pese a ello, hasta el momento solo se han presentado cinco querellas criminales y los torturadores siguen refugiándose en los pactos de silencio y la impunidad. Tanto las víctimas como las organizaciones de derechos humanos apuntan a la necesidad de visibilizar este delito, ante el peligro de que se naturalice y se repita

Lecturas Ciudadanas – Lelia Pérez tenía 16 años cuando fue detenida por Carabineros y llevada junto a otra decena de estudiantes secundarios al Estadio Chile. Era el 12 de septiembre de 1973 y durante los siguientes días sería víctima de múltiples torturas, entre ellas, su primera agresión de carácter sexual. (mais…)

Ler Mais

Manifesto: “Carta do Açu”

Marcação dos 32 municípios do Rio de Janeiro e Minas Gerais atingidos pelo investimento, desde a mina até o oceano. Fonte: foto tirada online do Mapa de Conflitos Envolvendo Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil
Indicação dos 32 municípios do Rio de Janeiro e Minas Gerais atingidos pelo investimento, desde a mina até o oceano. Foto tirada online por Tania Pacheco, do Mapa de Conflitos Envolvendo Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil

Atingidos de Conceição de Mato Dentro/MG e do Porto do Açu/SJB/RJ, pesquisadores  de diversas Instituições de Ensino Superior nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, e representantes de Movimentos Sociais realizaram, nos meses de maio e agosto de 2013, o intercâmbio das resistências ao Projeto Minas-Rio, organizado pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), o Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais da Universidade Federal de Minas Gerais (Gesta/UFMG), a Universidade Federal Fluminense em Campos dos Goytacazes e a Associação dos Produtores Rurais e Imóveis Município de São João da Barra – ASPRIM.

O intercâmbio possibilitou a visita dos atingidos do Açu às comunidades atingidas pela mineração em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas e, em um segundo momento, a visita de representantes das comunidades mineiras às comunidades atingidas pelo Porto do Açu e  demais estruturas localizadas no  5º Distrito de São João da Barra – Açu/RJ. (mais…)

Ler Mais

“Índios suruí concluem 1ª venda de créditos de carbono indígenas do país”

Nota: este blog mantém sua posição de denúncia radical contra o mercado de carbono, os REDDs e todas as estratégias da chamada ‘economia verde’, que considera lesivas à cultura, às tradições e à garantia do direito pleno de decisão de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais sobre toda e qualquer ação que afete seus territórios. (Tania Pacheco)

Indígenas da paiter-suruí, que vivem em área de floresta amazônica no Norte do país (Foto: Reprodução/TV Globo)
Indígenas da paiter-suruí, que vivem em área de floresta amazônica no Norte do país (Foto: Reprodução/TV Globo)

Aldeia de RO vendeu créditos para a empresa brasileira Natura. Compra é forma de compensação de emissões de gases de efeito estufa.

Do G1, em São Paulo

Os índios paiter-suruí, em Rondônia, que participam do projeto Carbono Florestal Suruí, realizaram no início de setembro a primeira venda de créditos de carbono indígenas com certificação internacional já feita no país. A empresa brasileira de cosméticos Natura anunciou a compra de créditos que equivalem a emissão de 120 mil toneladas de carbono.

A compra dos créditos indígenas é uma das formas de compensar o envio de gases causadores de efeito estufa para a atmosfera, liberados devido ao processo industrial. A companhia tem o objetivo de reduzir em 33% suas emissões até 2013. O valor oficial da negociação não foi divulgado. O dinheiro será destinado ao Fundo Carbono Suruí. (mais…)

Ler Mais

Parabéns ao MP/AC: Justiça condena homem a 21 anos de prisão por assassinato de indígena

A sentença traz tranquilidade para a população de Tarauacá
A sentença traz tranquilidade para a população de Tarauacá

Francisco Rodrigues foi condenado a uma pena bastante expressiva

O Rio Branco

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por intermédio do Promotor de Justiça Luis Henrique Corrêa Rolim, obteve a condenação de Francisco Rodrigues da Silva, conhecido como ‘Vida Louca’, a 21 anos de prisão, em regime fechado, pela morte de um indígena no município de Tarauacá.

O crime aconteceu em 10 março de 2010. Segundo consta no processo crime nº 0001978-49.2012.8.01.0014, o réu matou a pauladas, com dois golpes na cabeça, o membro da etnia Kaxinawá, João Francisco de Oliveira Kaxinawá. Ele foi condenado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima). (mais…)

Ler Mais