AL – MST e povoado Ouricuri se mobilizam por segurança pública em Atalaia

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Por Gustavo Marinho, da Página do MST

Centenas de Sem Terra junto a moradores de Ouricuri continuam se mobilizando por segurança pública no estado de Alagoas.

Na última sexta-feira (6/9), cerca de 250 pessoas estiveram na Secretaria Estadual de Defesa Social para exigir reforço na segurança do município de Atalaia.

O povoado, que está localizado em uma região cercada de assentamentos rurais, vem sofrendo com a ausência de policiamento e com altos índices de violência, somado à chegada do tráfico de drogas.

Os moradores pedem a construção de uma base comunitária policial na região, e com a ajuda dos assentados, colocam-se à disposição para erguer a estrutura física da base. (mais…)

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Mobilização Nacional Indígena: Mensagem à bancada ruralista

Por Comissão Guarani Yvyrupa (CGY)

Tramitam no Congresso Nacional diversas propostas que atacam frontalmente os direitos indígenas, entre elas a PEC 215, que visa passar para o poder legislativo a atribuição de homologar as terras indígenas.

Sabendo do seu risco para os povos indígenas de todo Brasil, por passar a decisão sobre o futuro desses povos para as mãos da bancada ruralista, o guarani Pedro Vicente Karaí Mirí, da aldeia Tenonde Porã, São Paulo, gravou uma mensagem endereçada aos deputados, na qual expressa seu sentimento sobre o tema.

A Comissão Guarani Yvyrupa (CGY) inicia por esse vídeo a divulgação de uma série mensagens das lideranças do povo guarani para a sociedade nacional, buscando apoio na luta por seus direitos. (mais…)

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Cerca de mil Sem Terra ocupam Incra em Salvador e exigem Reforma Agrária

MST-Eu-Apóio-a-Reforma-AgrariaDa Página do MST

Cerca de 1000 integrantes do MST ocuparam o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) da cidade de Salvador (BA), nessa segunda-feira (9). A pauta dos Sem Terra é sobre a completa paralisação da Reforma Agrária tanto na Bahia quanto no resto do Brasil.

Os trabalhadores rurais denunciam o descaso com as políticas necessárias para que sejam superadas a concentração de terras no país. Há um ano que não saem novos decretos de desapropriação de terras. Com isso, os Sem Terra consideram os piores anos para a Reforma Agrária no Brasil.

Apenas na Bahia, há mais de 50 mil pessoas acampadas, sendo que muitas áreas estão pendentes na Justiça, que vem travando vários processos contra a Reforma Agrária. No último período, nenhum novo assentamento foi criado no estado.

Segundo informações do Incra, existem 149 decretos prontos para a assinatura de desapropriação na Bahia. A maioria dessas áreas estão incluídas dentro dos 11 territórios do Brasil sem Miséria. Bastariam apenas a assinatura da presidência da república.

No Brasil, a situação não se diferencia muito: em 2012 foram assentadas pouco mais de 7 mil novas famílias, o que representa o índice mais baixo de toda a história do Brasil. Enquanto isso, há mais de 150 mil famílias acampadas em todo território nacional.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.

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No Dia do Cerrado entidades pedem aprovação da PEC 504/10

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Letícia Campos, da Rede Cerrado, para o EcoDebate

No dia 11 de setembro é celebrado o dia Nacional do Cerrado e apesar de as notícias não serem tão promissoras, é uma excelente oportunidade para renovar o ânimo e reacender as discussões para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que inclui o Cerrado e a Caatinga como Patrimônio Nacional (PEC 504/2010).

Entre as ações planejadas para a comemoração desta data, a Frente Parlamentar Ambientalista, em parceria com a Rede Cerrado e a Associação Cerrado Vivo, realizará um café da manhã, às 08h:30, no auditório Freitas Nobre, do anexo IV, da Câmara dos Deputados. A intenção é sensibilizar os parlamentares para que votem e aprovem a PEC do Cerrado, que este ano completa 18 anos. A Caatinga entrou na proposta em 2010. (mais…)

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Três semanas após prisão, mandante do Massacre de Felisburgo será solto

Por Thaís Mota, do Minas Livre, na Página do MST

Réu confesso do Massacre do Felisburgo, Adriano Chafik Luedy conseguiu um habeas corpus e deve deixar a cadeia . O fazendeiro é acusado de ser o mandante do ataque ao acampamento Terra Prometida, em Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha. Na ocasião, cinco sem terra morreram e outras 12 pessoas ficaram feridas, entre elas uma criança.

Segundo informações do Superior Tribunal de Justiça (STJ), uma liminar concedida na última sexta-feira (6) cassou a medida cautelar que determinou a prisão de Chafik no dia 21 de agosto, mas a decisão ainda não foi publicada. Além do fazendeiro, o habeas corpus também foi impetrado em nome do réu Washington Agostinho da Silva, que permanece foragido desde o dia 21 de agosto.

De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), até o final desta manhã o órgão ainda não tinha recebido nenhum documento da Justiça sobre a soltura dos réus. Ainda segundo a Seds, Adriano Chafik está detido na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Já Washington Agostinho não deu entrada no sistema prisional. (mais…)

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Relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas aponta risco grave associado à mudança no Clima

Por *

Até 6 graus de aquecimento na Amazônia na estação de inverno. Possibilidade de 30% de redução na vazão do São Francisco. Aumento da intensidade e frequência das enchentes e deslizamentos, atingindo populações em áreas de risco. Impactos profundos em nosso País, recaindo sobre os mais pobres e vulneráveis são consequências prováveis ao longo do século XXI em cenários globais de elevadas emissões de gases de efeito estufa, segundo o 1º Relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. Escrevo este “post” durante o lançamento do mesmo na Conferência de Mudanças Climáticas, em São Paulo.

O Painel repete a estrutura do IPCC de 3 grupos de trabalho (GTs): um, que investiga as bases científicas da mudança no clima, outro que avalia vulnerabilidade, impactos e possibilidades de adaptação e um terceiro, que trabalha na construção de políticas de mitigação. O 1º Relatório foi escrito com a contribuição de centenas de cientistas brasileiros, dentre os quais me incluo, na condição de autor principal de um dos capítulos do GT-1.

O Relatório indica riscos claros associados à mudança no Clima para a sociedade brasileira. É preciso dar uma mensagem mais clara e objetiva à sociedade: estamos diante de um desafio sério, real. Precisamos defender o direito à qualidade de vida das futuras gerações.

É algo que não depende exclusivamente do Brasil, mas nosso País precisa, de um lado, fazer sua parte. Do outro precisa entrar em cena no contexto mundial como um defensor do clima, pressionando os países desenvolvidos e demais emergentes. (mais…)

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Aquário, remoções e exclusão

Da série Histórias do Poço, o vídeo abaixo traz o depoimento de Dona Teresa Batista da Silva, moradora da Comunidade Poço da Draga.

Por Igor Moreira*, em O POVO

Neste ano, o Grito dos Excluídos de Fortaleza aconteceu na Praia de Iracema, ao lado da obra do Aquário. Por que o povo de Fortaleza grita contra o Aquário?

Primeiro, pelo direito a decidir sobre quais investimentos e projetos são prioridades para a Cidade. Chega de assistir aos recursos públicos aplicados de acordo com os interesses dos grupos econômicos que exploram a Cidade, principalmente os mercados imobiliário e turístico. Essa lógica do capital controla os governos e concentra investimentos públicos em determinadas áreas, enquanto o resto sofre com a falta de infraestrutura urbana e social. Enquanto falta saneamento básico, bairros sem água, postos de saúde sem funcionar, o governo decide gastar R$ 280 milhões numa obra em que os empresários do setor turístico obterão, sem ônus, um plus no produto que vendem: a “Fortaleza turística”. (mais…)

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O bom Samaritano entre o escriba e o dono da pensão. E a identidade do próximo?

Por Frei Gilvander Luís Moreira[1], para Combate Racismo Ambiental

Para uma interpretação sensata e libertadora do episódio-parábola do Bom Samaritano (Lc 10,25-37) é preciso, entre vários exercícios, analisar a postura do escriba e a do dono da pensão, a identidade do próximo e as consequências das ações do bom samaritano. Eis o que segue.

O escriba diante do bom samaritano

Em Lc 10,25-37, Jesus está contando o episódio-parábola para um escriba, que não foi citado no grupo dos não misericordiosos. Ao falar diretamente dos companheiros, Jesus mandou um recado para seu interlocutor: o escriba. Não lhe joga na cara que ele é insensível e não misericordioso, mas dialoga e o faz refletir, com base na prática cheia de compaixão e misericórdia de alguém que se faz próximo gratuitamente, o que desconcerta o escriba. O que coloca em xeque a mentalidade do escriba não é o discurso, mas o testemunho de alguém compassivo e misericordioso, que não é Jesus, nem Deus, mas um samaritano: estrangeiro, considerado herege e impuro, discriminado, tachado de pagão, um “bárbaro”; enfim, um injustiçado.

Esse grupo dos não misericordiosos desconsidera o interesse pedagógico de Jesus no episódio-parábola. Jesus estrategicamente não coloca um escriba no lugar do sacerdote ou do levita para deixar aberta a possibilidade de dialogar com ele, pois seu objetivo é cativá-lo para se tornar um verdadeiro discípulo. Jesus não o exclui a priori. (mais…)

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Povo Karitiana e os efeitos negativos das barragens do Rio Madeira

logo Karitiana“Eis nossa voz aos atingidos do Brasil e do mundo”!

Associação do Povo Indígena Karitiana

Nós Povo Indígena Karitiana habitamos na Terra Indígena Karitiana, distante cerca de 90km de Porto Velho, nas seguintes aldeias: Kyowã, Bom Samaritano, Byjyty osop aky e Juarí. Vimos por ocasião das reflexões realizadas em nossa grande assembleia, expor no Encontro Nacional dos Atingidos por Barragens 2013, nossas angústias, preocupações e violências ainda vivenciadas diariamente por nossas comunidades e territórios tradicionais. Podemos afirmar para todo o mundo que o Povo Karitiana está vivendo uma grande noite com a construção das hidrelétricas do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC.

Parece se repetir a grande noite que caiu sobre os povos indígenas de Rondônia com a construção da BR-364, a partir de 1964, quando fomos dizimados de uma população de mais de 50 mil indígenas em RO, para pouco mais de 2 mil nas décadas de 70 e 80 e somente agora conseguirmos reviver com muita luta e conquistas chegar a 11 mil.

Quando Furnas e Odebrechet começaram a fazer os estudos, tentaram de todo jeito conseguir nosso apoio e a nos enganar, inclusive tivemos atritos entre membros do Povo Karitiana, pois tinha os que eram contra e os que se tornaram à favor, mediante promessas de melhorias da vida de nosso povo, oferta de emprego, tudo com a conivência da Funai. Foram muitas reuniões na comunidade para convencer-nos a não se posicionar contrários. Tínhamos todos os motivos para isso, já que nossa terra está no que eles chamam de influência indireta, mas discordamos porque o principal igarapé Sapoti que corta nossa terra sofre influências das cheias do rio Madeira e formando o lago permanente o mesmo ficará sempre cheio, o que vai intensificar aumento nos casos de malária, que normalmente ocorrem nos períodos de cheia, ou seja, igarapé sempre cheio, malária o ano inteiro. (mais…)

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