AgoraMS – O ponto vital para a permanência das comunidades indígenas e para o término dos conflitos agrários, tanto de Mato Grosso do Sul, como do Brasil, é que seja permitida a emancipação social e econômica das aldeias. Este foi um dos destaques na fala do desembargador do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região/SP, Luiz de Lima Stefanini, durante a apresentação do livro de sua autoria ‘Código Indígena no Direito Brasileiro’, na manhã desta sexta-feira (12), no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do MS (Sistema Famasul).
De acordo com Stefanini, o indígena não pode ser visto como uma “ilha”, não quer ficar isolado e, assim como toda a sociedade, quer também melhores condições de vida. “Quem disser que índio não quer os bens sociais está falando impropério. (…)Nós temos que trabalhar pela emancipação dos indígenas”, aponta Stefanini.
Durante a apresentação do livro, que aborda a condição do índio, as mudanças sócio-econômicas e os reflexos na questão demarcatória do Brasil, Stefanini se referiu aos indígenas como brasilíndios (colocando a etnia como brasileira acima de tudo) e destacou que o país apresenta uma antropologia atrasada, inadequada a sua realidade. E considerou a atuação do poder público no caso uma ‘barbaridade’. “É preciso chamar os proprietários para ver quais são as áreas privadas do Brasil. Quem faz o georreferenciamento, não é o Estado?” (mais…)