Sul 21 – Da Redação*
A secretaria de Direitos Humanos do governo de Mercedes, cidade natal de Jorge Rafael Videla, afixou nesta segunda-feira (20), nos arredores do cemitério, 22 cartazes com os nomes de desaparecidos durante a ditadura na Argentina. A iniciativa veio após o advogado dos familiares do ex-ditador, Adolgo Casabal Elia, ter indicado que ele “a princípio” deve ser enterrado na cidade, situada a 100 quilômetros de Buenos Aires.
O secretário Marcelo Melo explicou que o objetivo de pendurar os cartazes é “mostrar repúdio à possibilidade de que o corpo de Videla seja enterrado” na cidade. “Deve ser a pessoa mais nefasta deste país e, logicamente, a cidade de Mercedes não quer carregar esse peso”, explicou.
A Justiça Argentina autorizou nesta terça-feira (21) a entrega do corpo de Videla para sua família. Casabal Elia explicou que, embora a Justiça já tenha autorizado a entrega após a autópsia, o corpo do ex-ditador não poderá ser retirado do necrotério “até cumprir todos os requisitos administrativos”.
Jorge Videla morreu na sexta-feira passada aos 87 anos em uma prisão da cidade na província de Buenos Aires de Marcos Paz, onde cumpria pena de prisão perpétua por crimes de lesa-humanidade cometidos durante a ditadura militar (1976-1983).
*Com informações do Opera Mundi
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Enviada por José Carlos para Combate Racismo Ambiental.