Para fechar o domingo e abrir a semana, “O que foi feito deverá”*, com Milton e Elis

O que foi feito, amigo,/ De tudo que a gente sonhou/ O que foi feito da vida,/ O que foi feito do amor
Quisera encontrar aquele verso menino/ Que escrevi há tantos anos atrás
Falo assim sem saudade,/ Falo assim por saber/ Se muito vale o já feito,/ Mais vale o que será
Mais vale o que será/ E o que foi feito é preciso/ Conhecer para melhor prosseguir
Falo assim sem tristeza,/ Falo por acreditar/ Que é cobrando o que fomos/ Que nós iremos crescer
Nós iremos crescer,/ Outros outubros virão/ Outras manhãs, plenas de sol e de luz
Alertem todos alarmas/ Que o homem que eu era voltou/ A tribo toda reunida,/ Ração dividida ao sol
E nossa vera cruz,/ Quando o descanso era luta pelo pão/ E aventura sem par
Quando o cansaço era rio/ E rio qualquer dava pé/ E a cabeça rolava num gira-girar de amor
E até mesmo a fé não era cega nem nada/ Era só nuvem no céu e raiz
Hoje essa vida só cabe/ Na palma da minha paixão/ Devera nunca se acabe,/ Abelha fazendo o seu mel
No canto que criei, /Nem vá dormir como pedra e esquecer/ O que foi feito de nós…

*Fernando Brant e Milton Nascimento.

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.