Indígenas da etnia matis, que foram considerados suspeitos de terem provocado lesões do filho, dizem estar tristes com o drama da criança [Ver Observação especial de Elaízes Farias depois do final da matéria. TP.]
Elaíze Farias
Há pouco mais de uma semana, o casal indígena Tumi Machopa Matis, 25, e Tekpam Kana Matis, 22, voltou para Atalaia do Norte (a 1.138 quilômetros de Manaus), depois de cinco meses na capital amazonense acompanhando o tratamento do filho de cinco meses, Benin Ralikan Matis.
Em Manaus, os dois passaram de pais zelosos a suspeitos de provocar, deliberadamente, lesões na criança. A mãe foi afastada pelos assistentes sociais da Casa de Apoio à Saúde do Índio (Casai) de Manaus, onde os dois estavam alojados, por recomendação da equipe que fazia o tratamento da criança e o caso foi parar na Polícia Federal a pedido da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).
Tudo começou quando, no mês passado, a equipe de saúde do Instituto da Criança do Amazonas (Icam) suspeitou que Tekpam, a mãe da criança, estava tentando praticar infanticídio no filho. (mais…)