Grupo tem até 18 horas para deixar o prédio. Defensoria pública já entrou com recurso e espera reverter ordem de despejo
O Globo
RIO – O clima é de apreensão na Aldeia Maracanã, Zona Norte, na manhã desta segunda-feira. Com a chegada do fim do prazo dado pelo Justiça para desocupação do prédio, os índios que estão no local aguardam uma possível reversão da decisão judicial. Segundo o defensor público federal Daniel Macedo, titular do 2º Ofício de Direitos Humanos e Tutela Coletiva da Defensoria Pública da União (DPU), na sexta-feira a defensoria interpôs um agravo de instrumento, com pedido de liminar, com o objetivo de rever a decisão de despejá-los do prédio. E o grupo espera que um desembargador julgue o caso ainda nesta segunda-feira. De acordo com o defensor público, além dos índios, outras lideranças de movimentos sociais já estão se reunindo, numa vigília. Ele teme que haja um “embate físico”, caso a decisão do juiz de primeira instância seja mantida e polícia chegue para despejá-los. Eles têm até as 18h para deixar o prédio.
Na sexta-feira, o grupo se revoltou após receber a notificação de imissão de posse, entregue por um oficial de justiça. Como protesto, fizeram cinco pessoas reféns, inclusive a subsecretária estadual de Direitos Humanos do Rio, Andréa Sepúlveda, que foi liberada, junto dos outros reféns, no mesmo dia. Na manhã desta segunda, 20 pessoas permanecem no prédio. Além de índios, há cinco pessoas que parecem ser do movimento punk, mas não querem falar com a imprensa. (mais…)