O presidente da ONG, Jó Farah, critica a autorização concedida para a derrubada da grande área de floresta. Moradores afirmam que a ação foi rápida
Carolina Silva
O desmatamento de um imenso terreno dentro da Área de Preservação Ambiental (APA) do Tarumã, Zona Oeste, para, supostamente, dar lugar a mais um empreendimento particular, deverá ser investigado pelo Ministério Público Federal (MPF/AM). A denúncia foi feita na semana passada ao órgão pela Organização Não-Governamental Mata Viva, que defende o desmatamento zero na APA do Tarumã. O detalhe é que a própria prefeitura concedeu licença para que a floresta fosse desmatada dentro da legalidade, mesmo sendo uma APA.
O presidente da ONG, Jó Farah, critica a autorização concedida para a derrubada da grande área de floresta. Moradores que passam diariamente pelo local afirmam que a ação foi rápida e que, em poucos dias, imensas árvores foram derrubadas. “É mais uma área de preservação sendo destruída. Por isso deve-se ser investigado por que foi autorizado o desmatamento”, disse.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) informou, na quinta-feira (06), que o responsável pela obra tem o licenciamento ambiental concedido pelo órgão. Entretanto, a secretaria justificou que a APA tem como objetivo disciplinar o uso do solo e não proíbe ocupação. Segundo a Semmas, a APA disciplina com intervenções e compensações estabelecidas. As medidas são para reduzir o impacto ambiental. O órgão informou, ainda, que empreendimentos imobiliários podem se instalar desde que licenciados e dentro dos padrões.
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Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.
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