O que chama a atenção é o exame das notas de municípios que, além dos repasses do Ministério da Educação, recebem altos valores a título de royalties, tanto da mineração quanto da exploração de recursos hídricos
Fonte: Diário do Pará (PA)
Nem sempre os estados e municípios mais ricos apresentam os melhores resultados na Educação pública. No Pará, apesar de toda riqueza mineral e hídrica, os índices da Educação básica insistem em mostrar os piores resultados do Brasil. No final de agosto, o Ministério da Educação divulgou os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação básica, o Ideb. O Estado ficou entre os 10 piores resultados. Na comparação Ideb-2011 com Ideb-2009, considerando apenas as redes estaduais, caíram de desempenho Rondônia (-0,4), Acre (-0,2), Pará (-0,2), Paraíba (-0,1), Alagoas (-0,2), Bahia (-0,1), Espírito Santo (-0,1), Paraná (-0,2), Rio Grande do Sul (-0,2) e o Distrito Federal (-0,1). Nas redes públicas municipais 20 municípios não alcançaram a meta nas primeiras séries do Ensino fundamental. Outros 57 não avançaram nas metas para as séries finais.
O que chama a atenção é o exame das notas de municípios que, além dos repasses do Ministério da Educação, recebem altos valores a título de royalties, tanto da mineração quanto da exploração de recursos hídricos. Barcarena, por exemplo, onde estão instaladas as principais plantas de empresas de mineração, ficou abaixo da média nas séries iniciais e muito abaixo nas séries finais, obtendo índice de desempenho de 3,1 quando a meta era de 3,7. Nestas séries, os índices caíram -0,2 quando comparados os anos de 2009 com 2011. (mais…)