Pela apuração das denúncias de genocídio Yanomami na fronteira Venezuela-Brasil. Assine a petição você também!

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ILMO. PRESIDENTE DA REPÚBLICA BOLIVARIANA DA VENEZUELA
SR. HUGO CHAVEZ
ILMA. PRESIDENTA DA REPÚBLICA DO BRASIL
SRA. DILMA ROUSSEF
ILMO. MINISTRO DA JUSTIÇA DO BRASIL
SR. EDUARDO CARDOZO
ILMO. PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA
SR. ROBERTO GURGEL

Ref.: Denúncia de novo ato genocida cometido por garimpeiros brasileiros ao povo Yanomami na Venezuela, na fronteira com o Brasil.

31 de Agosto de 2012

Caro Presidente Hugo Chavez, Presidenta Dilma e demais autoridades brasileiras

Hutukara Associação Yanomami – HAY, associação sem fins lucrativos, constituída com o fim de defender os direitos e interesses do povo Yanomami conforme descrito no seu Estatuto, inscrita no CNPJ sob o nº. 07.615.695/0001-65, com sede na   Rua Capitão Bessa, 143, no Bairro São Pedro, CEP 69.306-620, em Boa Vista, no estado de Roraima, representada pelo seu presidente DAVI KOPENAWA YANOMAMI, brasileiro, casado de acordo com a cultura Yanomami, portador da identidade nº. 237.760 SSP/RR, CPF nº. 074.899.942-68, residente na Terra Indígena Yanomami, na Comunidade Watoriki, na Região do Demini, no município de Barcelos, no estado do Amazonas, recebeu com extremo pesar a confirmação feita pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia (Coiam), que congrega 13 organizações indígenas da Amazônia Venezuelana, nesta segunda-feira (28), de que os Yanomami na Venezuela teriam sido vítimas de novo ataque genocida, cometido provavelmente por garimpeiros brasileiros.

Segundo o relato de três sobreviventes e testemunhos de Yanomami venezuelanos houve no início do mês de julho um massacre na comunidade Irotatheri, localizada nas cabeceiras do Rio Ocamo, na fronteira do Brasil com a Venezuela, onde viviam cerca de 80 pessoas.

Os fatos amplamente divulgados pela imprensa mencionam que garimpeiros brasileiros teriam atacado de helicóptero, atirando bombas na comunidade, matando as pessoas que se encontravam no local e incendiado o shapono (casa coletiva onde moram).

Nos últimos quatro anos a Hutukara vem denunciando de forma sistemática às autoridades brasileiras o aumento da presença violenta de garimpos e a sua fixação por meios insidiosos dentro da Terra Indígena Yanomami (TI Y), de acordo com as informações recebidas das comunidades indígenas.
Nos últimos doze meses em razão das denúncias da Hutukara e de repercussão na mídia, houveram mais operações do Exército Brasileiro, em conjunto com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Polícia Federal. As operações contra a exploração mineral na Terra Indígena Yanomami do lado brasileiro, sem ação correlata no outro lado da fronteira, tem pressionado os garimpeiros e as ações graves ilegais associadas à exploração mineral a se espalharem no lado venezuelano. Nós ficamos extremamente chocados com a descrição de uso bélico no ataque a uma comunidade completamente desamparada.

Diante da gravidade dos fatos apelamos que a República Bolivariana da Venezuela em conjunto com o Governo Brasileiro, por meio de esforço de cooperação bilateral entre os dois países, tomem medidas urgentes no sentido de que as autoridade venezuelanas tenham acesso imediato ao local do crime e possam coletar evidências do que aconteceu para permitir a devida investigação e punição dos responsáveis.

Respeitosamente,

Dario Kopenawa Yanomami
Diretor da Hutukara Associação Yanomami (HAY)

Compartilhada por Lúcia Carneiro.

Comments (4)

  1. Os brasileiros têm que se INDIGNAR com esta conduta de nossos compatriotas que invadem terras indigenas e praticam esta barbárie. A favor da investigação e punição exemplar dos culpados, bem como indenização ás famílias desamparados por este ato covarde.

  2. É a primeira coisa no post, Sonia, antes mesmo dos nomes do endereçamento. Só que não costumamos colocar o link por extenso. Olhe lá, por favor, e veja a mensagem “para assinar clique AQUI”. O AQUI tem o link.

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