Em 2012 o Grito dos(as) Excluídos(as) traz como tema: “Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta direitos a toda população!”
Faça parte desta manifestação popular!
Enviada por Cláudio Teixeira.
Em 2012 o Grito dos(as) Excluídos(as) traz como tema: “Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta direitos a toda população!”
Faça parte desta manifestação popular!
Enviada por Cláudio Teixeira.
Renata Mariz
Brasília – Mal pronunciou a frase, os olhares desconfiados se voltaram para ele. “Era como se dissessem: ‘todo pai fala isso’”, lembra Daniel Eustáquio de Oliveira. Mas o eletricista de 50 anos estava disposto a provar que o filho, César, não era bandido. Ao longo de 28 dias, mesmo em luto pela morte do garoto de 20 anos, o homem coletou provas e arriscou-se atrás de testemunhas até conseguir mostrar aos investigadores as inconsistências da versão apresentada pelos policiais militares. Pela história oficial, César e um amigo de infância, Ricardo, morreram ao trocar tiros com os agentes, em uma perseguição em São Paulo, em julho. As informações levantadas por Daniel apontaram, entretanto, que os dois foram covardemente assassinados. Seis PMs estão presos desde o início deste mês.
Não fosse a obstinação de um pai, César e Ricardo teriam engrossado uma grave estatística no país: a dos mortos em confronto com a polícia. Foram 756 no Brasil em 2010 — aumento de 935% em uma década, segundo os registros do Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde (veja arte). Também notificadas como autos de resistência, essas mortes não passam por qualquer investigação, sob a premissa de que o policial agiu em legítima defesa. César, Ricardo e tantos outros mostram, porém, que o expediente serve para disfarçar execuções sumárias cometidas por fardados. Para coibir a violência policial, o Ministério da Justiça (MJ) elaborou uma minuta de projeto de lei sobre o assunto para encaminhar ao Congresso Nacional. (mais…)
Alessandro Shinoda e Ricardo Gallo, SP
Enquanto policiais mandavam um grupo de sem-teto esvaziar um prédio invadido na avenida Ipiranga, centro de São Paulo, na terça-feira, Júlia, 7, só pensava em não deixar para trás todo o seu material escolar –mochila, três cadernos, lápis e borracha.
Em protesto contra a reintegração de posse, a família (pai, mãe, ela e uma irmã de dois anos) e parte dos sem-teto decidiram acampar na av. São João, em frente à Secretaria Municipal de Habitação. (mais…)
Jornal do Brasil – Luiz Orlando Carneiro, Brasília
Com as aposentadorias dos ministros Cezar Peluso, Ayres Britto (em novembro) e Celso de Mello (no início do próximo ano), deixa de ser majoritária a presença de paulistas no Supremo Tribunal Federal, enquanto que o Nordeste fica sem representação na mais alta Corte do país.
Peluso, Mello, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli nasceram em São Paulo; Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia em Minas Gerais; Marco Aurélio e Luiz Fux no Rio de Janeiro; Gilmar Mendes em Mato Grosso; Ayres Britto em Sergipe; e Rosa Weber no Rio Grande do Sul.
Assim, com base em razões geopolíticas, crescem na Praça dos Três Poderes as especulações de que Cezar Peluso seria substituído pelo conterrâneo José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça; Ayres Britto teria como sucessor um nordestino; o gaúcho Luís Inácio Adams, advogado-geral da União, sucederia Celso de Mello, caindo de quatro para três o número de paulistas na composição do STF.
Vale popularizar filósofo esloveno. Mas ao fazê-lo, certas obras tentam convertê-lo em “enfant terrible” aburguesado e sem potência. Há antídotos
Por Alexandre Pilati*
Recém lançado na última Bienal do Livro de São Paulo, o quinto volume da pouco convencional série “Entendendo”, da Editora Leya, apresenta ao leitor brasileiro um pouco da filosofia também pouco convencional de Slavoj Žižek. Na primeira página da obra, escrita por Christopher Kul-Wanti¹ e ilustrada por Pieroii², o tratamento descontraído e provocativo da abordagem do pensamento de Žižek fica patente. O esloveno é apresentado como “o filósofo mais perigoso do ocidente”, seguindo a avaliação da revista New Republic (um periódico ultraconservador americano).
De fato, há muito de otimismo ao se considerar um filósofo radical como Žižek perigoso. Na verdade, os filósofos que caminham contra a corrente da tardia modernidade capitalista pouco podem fazer contra suas leis mais elementares. No mais das vezes, ocorre de o pensamento radical ser arrastado pelas corredeiras simplificadoras e brilhantes do mundo do espetáculo, que tomou conta de modo visceral da própria vida acadêmica dos grandes centros de pesquisa mundo afora(iii). (mais…)
Prestes a interpretar o barbeiro Zé Maria em ‘Lado a Lado’, trama que mostra o período 15 anos após a abolição da escravatura no Brasil, Lázaro Ramos revela que ainda há discriminação racial no país e fala das mudanças na forma de combater o racismo ao longo dos anos
O papel de Lázaro Ramos (33) em Lado a Lado, próxima novela das 6 da Globo, fará os telespectadores refletirem sobre um problema social que acontecia em 1903, 15 anos após a abolição da escravatura, mas que permanece em todos os cantos do país até hoje: o racismo.
“Ali era o nascedouro de tudo. Antigamente, se for pensar, a luta era somente para ter onde morar. Tudo se passa apenas 15 anos após a abolição da escravatura, em que a princesa Isabel deu uma canetada com duas frases, que não explicavam o que ia acontecer com esse contingente todo [de negros] que veio para o Brasil. A luta das pessoas era para ter o que comer. Era mais primal”, afirma o ator.
Para o galã, as favelas são a grande prova de que muitos negros ainda lutam para ter o que comer e para ter uma moradia melhor. “Hoje em dia existem outras lutas: por uma maior qualidade de educação, por uma maior inserção em cargos profissionais que usualmente não são ocupados por negros. Uma luta para ocupar cargos públicos, cargos políticos. As cores, as tintas dessa questão são outras, mas continuam existindo. Infelizmente o racismo ainda está aí, ainda existe”. (mais…)
Da France Press em Mtatha, África do Sul
Vinte e quatro dos 34 mineiros grevistas mortos em um confronto com a polícia sul-africana em 16 de agosto foram enterrados neste sábado em cidades do país e no vizinho Lesoto. Segundo uma lista fornecida pelo governo, os funerais foram organizados neste sábado e outros dois devem ser realizados amanhã, domingo. A greve na mina de platina de Marikana deixou no total 44 mortos.
Em um dos velórios, o mineiro Phumzile Sokhanyile, 48, foi enterrado com sua mãe, Glorious Mamkhuzeni-Sokhanyile, 79, que morreu após ter um colapso nervoso quando soube que o filho havia sido baleado na ação policial. (mais…)
Grupos de imigrantes protestaram neste sábado na Espanha contra o fim do atendimento na rede de saúde pública aos estrangeiros ilegais no país.
A proibição faz parte de um grupo de medidas de austeridade aprovadas pelo governo do presidente Mariano Rajoy em julho para tentar chegar à meta de redução do deficit público para 6,3% do PIB. A partir deste sábado, os imigrantes ilegais só terão acesso gratuito a pediatria, assistência a gravidez e serviços de emergência. (mais…)
A Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares no Ceará lança a seguinte Nota de Repúdio à ação da ADUFC contra os professores em greve:
“Desde o dia 17 de maio, os professores estão em greve nas Universidades Federais de todo o país com pautas legítimas na luta em defesa da Universidade pública, gratuita e de qualidade. Mesmo com uma adesão de mais de 90% das Universidades a luta não tem sido fácil. Por muito tempo, enfrentou o silêncio da mídia sobre os reais motivos da greve e sobre as propostas irrisórias do governo federal. Além disso, os professores, no Ceará, têm se deparado com as práticas antidemocráticas promovidas pela direção da ADUFC que tem, a todo custo, tentado impor os interesses dos seus dirigentes em contraponto aos reais anseios do conjunto dos docentes.
Na noite do dia 31, a comunidade do bairro de Boiadeiro, Salvador, saiu às ruas em manifestação contra o assassinato de dois rapazes, conforme noticiamos em BA – Comunidade do Boiadeiro protesta e exige justiça para jovens assassinados. A polícia chegou e não poupou ninguém, como pode ser visto no vídeo acima, postado por “Coisa Forte”, com o título “Reaja à brutalidade policial”.
A informação foi compartilhada o Facebook por Haroldo Oliveira, com o comentário: “Esta é a resposta do Brasil ‘racialmente democrático’ ao povo que ousa erguer a cabeça para denunciar a farsa imposta pela violência e pelas armas, sustentada por uma plutocracia retrógrada, corrupta e violenta, que teima em se perpetuar e às suas idéias, sempre tendo como aliada de última hora uma elite inescrupulosa, cuja prática predatória impõe-se juntamente à primeira pela exclusão e estupidez.
Infelizmente a Bahia é o exemplo mais gritante do racismo, do contraste e da exclusão do povo negro nas instâncias de poder, chegando-se ao cúmulo do que acontece neste vídeo. Isto nos deprime, indigna e, podem ter certeza, nos diminui muito enquanto país. Vergonha”.