Renata Giraldi*, Repórter da Agência Brasil
Brasília – Manifestantes se reuniram hoje (23) em protesto contra a violência durante cerimônia em homenagem a 34 trabalhadores mortos, há uma semana, na região de Marikana, no Noroeste da África do Sul. Os mineiros da empresa Lonmim morreram em confrontos com policiais. O conflito foi considerado o pior desde o fim do apartheid (regime de segregação racial), em 1994. Os embates geraram reações no país e no exterior.
Imagens reproduzidas nas emissoras de televisão mostraram que os policiais usaram armas de fogo e até fuzis, enquanto os trabalhadores tentavam se proteger com paus e pedras. Na cerimônia de hoje, policiais não se aproximaram a pedido dos parentes e amigos das vítimas.
Uma tenda branca foi colocada no centro de Marikana, mas muitos ficaram do lado de fora. O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, enviou os ministros Aaron Motsoaledi (Saúde) e Collins Chabane (Casa Civil), além do chefe da Polícia, Nathi Mthethwa, e da governadora do Noroeste, Thadi Modise, para representá-lo.
O ex-líder da Juventude Julius Malema, adversário político de Zuma, participou da solenidade. Na semana passada, ele criticou o presidente e cobrou da população mais pressão para Zuma renunciar.
*Com informações da agência de informações de Portugal, Lusa.
Edição: Graça Adjuto
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