Rio+20: Só 4 de 90 metas ambientais têm avanço

Apenas quatro dos 90 objetivos ambientais mais importantes acertados nos últimos 40 anos tiveram avanços significativos. O número é inferior ao de objetivos que tiveram retrocesso: oito no total. Outros 40 registraram poucos avanços e 24 praticamente não apresentaram nenhum progresso. Além disso, 14 não puderam ser avaliados devido à falta de dados mensuráveis. As informações são da quinta edição do relatório Panorama Ambiental Global, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

Jornal da Ciência/EcoAgência

No momento em que o mundo negocia um novo acordo sobre desenvolvimento sustentável, a ser assinado na cúpula Rio+20, a ONU afirmou que apenas quatro dos 90 objetivos ambientais mais importantes acertados internacionalmente nos últimos 40 anos tiveram avanços significativos. O número é inferior ao de objetivos que tiveram retrocesso: oito no total. Outros 40 registraram poucos avanços e 24 praticamente não apresentaram nenhum progresso. Além disso, 14 não puderam ser avaliados devido à falta de dados mensuráveis.

As informações constam da quinta edição do relatório Panorama Ambiental Global, o GEO-5, divulgado no dia 6 de junho pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Segundo o órgão, houve avanço significativo nos objetivos de erradicação do uso de substâncias nocivas à camada de ozônio, eliminação do uso de chumbo em combustíveis, ampliação do acesso a fontes de água potável e aumento das pesquisas sobre a poluição dos mares. Mas os esforços para o combate às mudanças climáticas e para a preservação dos estoques pesqueiros, por exemplo, praticamente não deram resultado. E a proteção dos recifes de corais teve retrocesso – desde 1980, eles sofreram redução de 38%. (mais…)

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Presidente da Funai promete interação com Frente Parlamentar Indígena

Marta Azevedo reconheceu os problemas na saúde indígena que, para o coordenador da Frente Parlamentar, deputado Padre Ton, resultam de falhas na gestão

Presidente da Funai há pouco mais de um mês, a antropóloga Marta Maria do Amaral Azevedo recebeu anteontem (11) em audiência o coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Indígenas, deputado federal Padre Ton (PT-RO), encontro solicitado pelo parlamentar para tratar das demandas da Frente e buscar apoio da instituição para reverter pauta legislativa negativa para os povos indígenas.

O deputado entregou à presidente os documentos Ações Prioritárias da Frente, Relatório do Seminário sobre Mineração em Terra Indígena realizado em Espigão do Oeste e Cronograma das Atividades que serão desenvolvidas pela Comissão Especial encarregada de oferecer um parecer ao Projeto de Lei (PL 1610/96), que regulamenta a mineração em terra indígena. (mais…)

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Mais de 500 índios foram mortos desde 2003 no Brasil, aponta Cimi

Indígena participa de protesto contra a violência, em Brasília, 2010

Em 2011, foram assassinados 51 indígenas; MS concentra 62% dos casos

Levantamento feito pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), órgão vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), indica que desde 2003 mais de 500 índios foram assassinados no país. Somente no ano passado foram 51 casos, o equivalente à morte de um indígena por semana. Em relação ao ano anterior, houve redução no número de índios assassinados – haviam sido 60 casos em 2010.

Os dados fazem parte do Relatório Anual de Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil que será divulgado na manhã desta quarta-feira (13) pelo Cimi. No dia em que será aberta a conferência sobre desenvolvimento sustentável Rio+20, no Rio de Janeiro, os dados indicam ainda crescimento de danos ambientais em terras indígenas.

Dos 51 mortos no ano passado, 41 eram homens, afirma o relatório do Cimi. Entre as 51 vítimas estavam ainda quatro menores de 18 anos – um deles um bebê de 9 meses que morreu esfaqueado em novembro do ano passado em meio a uma discussão em aldeia de Santa Helena de Minas (MG). (mais…)

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Antropólogo e indígenas veem defasagem em demarcações e população

Antropólogo chama a atenção para os povos indígenas do Nordeste, cuja expressão apresenta tendência ascensional na última década, mas “estariam sendo menosprezados pelo órgão indigenista oficial”

Por Viviane Monteiro – Jornal da Ciência

O pesquisador de conflitos sociais na Amazônia, antropólogo Alfredo Wagner, sugere maior atenção para os dados demográficos do IBGE em relação aos números de indígenas nas cidades. Segundo o IBGE, a população subiu de 294,130 mil índios em 1991 para 817,963 mil em 2010. Ele também alerta sobre os dados da Funai por não incluir alguns reconhecimentos de terras indígenas. Segundo ele, as estatísticas disponíveis carecem de precisão. “Em Manaus, por exemplo, há estimativas que variam de 15 a 35 mil indígenas e os últimos dados do IBGE de 2010 registram números inferiores àqueles de 2000. Parecem haver erros na coleta de dados que deveriam ser reparados”, alerta o antropólogo.

O antropólogo chama a atenção também para os povos indígenas do Nordeste, cuja expressão apresenta tendência ascensional na última década, mas “estariam sendo menosprezados pelo órgão indigenista oficial”. Concordando com a avaliação do antropólogo, a diretora-executiva do Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual (Inbrapi), Fernanda Kaingáng, disse que no caso do reconhecimento de terras indígenas, o número pode chegar a 15% do território nacional, incluindo os reconhecimentos mais recentes, como os das terras da Raposa-Serra do Sol, em 2005, estimadas em 1,743 milhão de hectares, em Roraima. (mais…)

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Debate marca lançamento do novo edital Direitos Humanos e Desenvolvimento Urbano, sábado, dia 16, às 15 horas

O Fundo Brasil de Direitos Humanos lança, no próximo sábado, dia 16, seu primeiro Edital Específico – Direitos Humanos e Desenvolvimento Urbano. Em parceria com a Fundação Ford, o Fundo Brasil irá doar até R$ 300 mil para apoio a projetos que tenham como pano de fundo a defesa e a promoção dos direitos humanos de comunidades e grupos vulneráveis, especialmente mulheres e negros, das regiões metropolitanas das capitais dos Estados impactados por projetos de desenvolvimento urbano de grande escala e/ou megaeventos esportivos.

O lançamento será marcado por um debate que buscará entender em que medida vários segmentos da sociedade estão sendo impactados pelo modelo de desenvolvimento econômico do Brasil, que privilegia grandes projetos de infraestrutura, ao lado das obras para a Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos, sem que se discuta o respeito aos direitos humanos. A discussão abordará como é possível contribuir para a mudança desse quadro.

Os debatedores serão Cláudia Fávaro (representante do projeto “Comitê Popular da Copa: uma iniciativa cidadã para construir uma copa que respeite os direitos de todos”, de Porto Alegre, RS); Darci Frigo (Conselheiro do Fundo Brasil de Direitos Humanos e Coordenador Executivo da ONG Terra de Direitos); Letícia Osório (Assessora de Programa da Fundação Ford); e Orlando Júnior (professor do IPPUR/UFRJ, pesquisador do Observatório das Metrópoles e relator nacional da Direito à Cidade da Plataforma Dhesca Brasil). O Moderador será Sérgio Haddad (Diretor Presidente do Fundo Brasil de Direitos Humanos e Coordenador de Desenvolvimento e Inovação da ONG Ação Educativa). (mais…)

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Comissão da Verdade poderá investigar massacre de índios ocorrido no período da ditadura militar

A Comissão Nacional da Verdade estuda a possibilidade de investigar casos de possíveis massacres de grupos indígenas cometidos por agentes de Estado, no período da ditadura militar. Proposta nessa direção foi apresentada aos integrantes da comissão, que se encontram em São Paulo, nesta terça-feira, 12. Ela é defendida por um grupo de organizações não governamentais voltadas para a defesa dos direitos humanos. (mais…)

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Semana da Antropologia – A dimensão humana dos desafios nacionais e mundiais invade São Paulo

Pela primeira vez no país será realizada a Semana da Antropologia com atividades em salas de cinema, museus e universidade, parte delas gratuitas. A Associação Brasileira de Antropologia (ABA), que há três décadas não realizava sua reunião em São Paulo, agora escolheu a cidade, um espaço urbano sem igual, para compartilhar e divulgar para um público amplo a antropologia que se faz no Brasil e suas múltiplas intersecções com outras áreas de conhecimento. Em parceria com várias instituições, haverá três mostras de filmes e vídeos, entre eles os premiados documentários australianos, um seminário no Masp para dialogar com os museus e um debate internacional sobre deslocamentos, desigualdades e direitos humanos. Estas atividades ocorrem em conexão com a 28ª Reunião Brasileira de Antropologia, que deverá contar com mais de três mil estudiosos, brasileiros e estrangeiros, a ser realizada na PUC, região central da cidade e de fácil acesso ao público.

“Estamos contribuindo cada vez mais para a formulação de políticas públicas e propostas para a sociedade. Entretanto, confrontamos ainda o desafio de organizar e afirmar criticamente nossa produção intelectual com o intuito de expor a dimensão humana da ciência, da tecnologia e da inovação, inclusive no que concerne ao tipo de desenvolvimento que queremos para o Brasil”, diz Bela Feldman-Bianco, presidente da ABA e de sua 28ª Reunião. “Uma dimensão importante desse desafio implica a necessidade de divulgarmos a nossa produção antropológica para audiências mais amplas e é isto que estamos tentando fazer com essa Semana da Antropologia na cidade de São Paulo”. Confira abaixo a programação: (mais…)

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Questão urbana ganha espaço semanal na Carta Maior

Raquel Rolnik*

A Carta Maior acaba de inaugurar em seu portal uma seção semanal para discutir temas relacionados à questão urbana. O espaço está sendo coordenado pela professora Ermínia Maricato(**), que abre a seção com o artigo “Cidades-Urgente: colocar a questão urbana na agenda nacional”, que reproduzo abaixo.

Cidades-Urgente: colocar a questão urbana na agenda nacional

Enchentes, desmoronamentos com mortes, congestionamentos, crescimento exponencial da população moradora de favelas (ininterruptamente nos últimos 30 anos), aumento da segregação e da dispersão urbana, desmatamentos, ocupação de dunas, mangues, APPs (Áreas de Proteção Permanente) APMs (Áreas de Proteção dos Mananciais), poluição do ar, das praias, córregos, rios, lagos e mananciais de água, impermeabilização do solo (tamponamento de córregos e abertura de avenidas em fundo de vales), ilhas de calor… e mais ainda: aumento da violência, do crime organizado em torno do consumo de drogas, do stress, da depressão, do individualismo, da competição. As cidades fornecem destaques diários para a mídia escrita, falada e televisionada. A questão urbana ocupa espaço prioritário na agenda política nacional. Certo?

Muito longe disso, a questão urbana está fora da agenda política nacional. (mais…)

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Para entender Belo Monte, novas centrais nucleares, agrotóxicos, monoculturas e outras coisas mais

Recebi o convite ao lado ontem e decidi, na ocasião, não publicá-lo. Limitei-me a encaminhá-lo para diversas listas e para @s assinantes do Blog, com um desabafo pessoal. Hoje, entretanto, considerando, entre outras coisas, as últimas declarações da Ministra Izabella Teixeira no ciclo de debates que está sendo realizado no Salão Tom Jobim, no Jardim Botânico, resolvi publicá-lo. Porque penso que ele sintetiza muito bem a concepção de mundo que vem norteando as principais ações e decisões do governo brasileiro no que diz respeito à questão socioambiental. Aí vai ele, pois.

No meu desabafo de ontem, eu indagava: “Na Contabilidade do Capital Natural devem ser calculadas também as vidas de povos indígenas, quilombolas, pescador@s artesanais, ribeirinhos, vazanteiros, geraizeiros, catadores, faxinalenses, extrativistas, marisqueiras, caiçaras, quebradeiras, camponeses e outros tantos, que deixo de mencionar aqui?”

Tania Pacheco.

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