II Encontro de Formação e Mobilização para a RIO+20: 15 e 16 de dezembro, no Rio

O GT RIO do Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio + 20 realiza dias 16 e 16 de dezembro o II Encontro de Formação e Mobilização para a RIO+20: CONSTRUINDO A CÚPULA DOS POVOS POR JUSTIÇA SOCIAL E AMBIENTAL. O evento será no Teatro da UNI-RIO. Abaixo, a programação:

Dia 15 /12

  • 9: 30h às 11:00h
    • Uma análise crítica do modelo de desenvolvimento atual com foco nos mega-empreendimentos e boom da economia carbono-intensivo no Rio de Janeiro e região sudeste: perspectivas até 2016.
    • Convidados: Sandra Quintela (PACS) e Marcelo Freixo (Dep. Estadual – PSOL)
  • 11:00h às 12:30h
    • Economia solidária (EcoSol), Empreendimentos solidários, Moedas complementares
    • Convidados: Marcos Arruda / Alex Gomes
  • 14:00h às 15:00h 30m
    • A mulher no contexto das mudanças climáticas – Articulação de Mulheres Brasileiras
    • Convidadas: Graziela Rodriguez / Elza Santiago
  • 15:30 às 17:00h
    • A 2ª. Jornada se propõe a divulgar e ratificar as atividades proposta no Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, com diálogos sobre os Princípios do Tratado e atualização do Plano de Ação.
    • Convidados: Jacqueline Guerreiro (REBEA) e Pedro Aranha ( GT EA do FBOMS)
  • 17:00 as 18:30h
    • Comércio Justo – Uma nova economia acontece
    • Convidados: Rosemary Gomes / Maria Alice (mais…)

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István Mészáros: as contradições dos nossos tempos

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Carta Capital – Era uma manhã fria de junho quando o filósofo húngaro István Mészáros, 81 anos, apareceu à porta da casa no bairro de Sumarezinho, zona oeste de São Paulo, onde se hospeda quando vem ao Brasil. Desta vez, a viagem tinha como escala, além da capital paulista, as cidades de Salvador, Fortaleza e Rio de Janeiro. A ideia era participar de encontros e divulgar o livro István Mészáros e os Desafios do Tempo Histórico (Boitempo, 280 pág., R$ 43), uma coletânea de artigos sobre sua obra – inclusive com um artigo de sua autoria.

Alto, os olhos enormes e azuis, Mészáros não parece, à primeira vista, a metralhadora giratória que se apresenta logo no início da entrevista, quando faz um relato de quase 40 minutos sobre a situação políticas na Europa e nos EUA. “Berlusconi é um palhaço criminoso”; “Obama diz que vê a luz no fim do túnel, mas não vê que é a luz de um trem que vem em nossa direção”; “A Alemanha se engana quando pensa que vive um milagre econômico”; “O partido socialista agiu contra os trabalhadores na Espanha”; “Os políticos na Inglaterra parecem uma avestruz que insistem em esconder sua cabeça debaixo da terra”…

Em cada resposta, o professor emérito de Filosofia da Universidade de Sussex e um dos mais destacados marxistas da atualidade deixa sempre explícita a necessidade de se entender o processo histórico da formação da sociedade atual para que se possa compreender, de fato, qualquer questão dos nossos tempos. Crítico da social-democracia europeia, que ao longo do século assumiu um tom reformista dentro do sistema dominante, Mészáros, que foi discípulo de György Lukács (autor de História e Consciência de Classe e Ontologia do Ser Social), vê com desencanto as opções que hoje se apresentam à esquerda, e também as manifestações populares que estouraram pelo mundo desde o início do ano. O motivo é simples: o discurso funciona, mas a realidade é que o sistema capitalista é cada vez mais inviável, com líderes das nações buscando mais dívidas para cobrir rombos colossais e a necessidade de se produzir cada vez mais num momento de esgotamento de recursos. A chamada crise financeira internacional, portanto, não é cíclica, mas estrutural, conforme pontua. (mais…)

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