Primeira usina do Rio Madeira entra em operação na segunda quinzena de dezembro

Pouco mais de três anos depois do início da construção, a Usina Hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira (RO), vai começar a gerar energia na segunda quinzena deste mês. A primeira das 44 turbinas será acionada em um evento que deverá contar com a presença da presidenta Dilma Rousseff. A reportagem é de Sabrina Craide e publicado pela Agência Brasil, 04-12-2011.

A empresa Santo Antônio Energia, responsável pela obra, não confirma a data do início do funcionamento da hidrelétrica, mas garante que será ainda este mês. O último balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apresentado recentemente, prevê que o empreendimento vai começar a operar no dia 20 de dezembro. Os detalhes do evento e do início da geração comercial da primeira unidade geradora também não foram divulgados.

Cada uma das 44 turbinas do empreendimento tem cerca de 8 metros de diâmetro, aproximadamente mil toneladas e uma potência média de 72 megawatts (MW). Segundo a empresa, a energia gerada em cada turbina é suficiente para abastecer até 350 mil residências. As demais turbinas devem entrar em funcionamento gradualmente até 2015. (mais…)

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A dura vida dos ateus em um Brasil cada vez mais evangélico

A parábola do taxista e a intolerância. Reflexão a partir de uma conversa no trânsito de São Paulo. A expansão da fé evangélica está mudando “o homem cordial”?

Eliane Brum

O diálogo aconteceu entre uma jornalista e um taxista na última sexta-feira. Ela entrou no táxi do ponto do Shopping Villa Lobos, em São Paulo, por volta das 19h30. Como estava escuro demais para ler o jornal, como ela sempre faz, puxou conversa com o motorista de táxi, como ela nunca faz. Falaram do trânsito (inevitável em São Paulo) que, naquela sexta-feira chuvosa e às vésperas de um feriadão, contra todos os prognósticos, estava bom. Depois, outro taxista emparelhou o carro na Pedroso de Moraes para pedir um “Bom Ar” emprestado ao colega, porque tinha carregado um passageiro “com cheiro de jaula”. Continuaram, e ela comentou que trabalharia no feriado. Ele perguntou o que ela fazia. “Sou jornalista”, ela disse. E ele: “Eu quero muito melhorar o meu português. Estudei, mas escrevo tudo errado”. Ele era jovem, menos de 30 anos. “O melhor jeito de melhorar o português é lendo”, ela sugeriu. “Eu estou lendo mais agora, já li quatro livros neste ano. Para quem não lia nada…”, ele contou. “O importante é ler o que você gosta”, ela estimulou. “O que eu quero agora é ler a Bíblia”. Foi neste ponto que o diálogo conquistou o direito a seguir com travessões. (mais…)

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