Finalmente, água é direito humano, artigo de Roberto Malvezzi (Gogó)

água é direito humano

[EcoDebate] Dia 28 de Julho de 2010 a água potável e o saneamento ambiental foram reconhecidos pela ONU como um direito humano. Uma aberração necessária para os tempos atuais.

Muito dessa conquista se deve à Bolívia. Desde a “Guerra pela água de Cochabamba”, quando uma multidão ocupou as ruas da cidade e retomou o serviço público de água das mãos de uma transnacional, criou-se na Bolívia um bloco de forças que seria decisivo para a chegada de Evo Morales ao poder. Evo criou o Ministério das Águas e nomeou Pablo Solón como ministro,agora embaixador junto à ONU. Foi ele quem apresentou a proposta de resolução na ONU, ratificada por vários países, finalmente aprovada com muitas abstenções.

Mas a luta não foi só Boliviana. Aqui no Brasil temos insistido nessa questão desde a Campanha da Fraternidade da Água de 2004. Desde então, várias Igrejas, ONGS, Movimentos Sociais, tem feito essa luta no Brasil e articuladamente pelo mundo afora. (mais…)

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Comissão Parlamentar Mista de Inquérito(CPMI) absolve MST, artigo de Frei Betto

[EcoDebate] O MST jamais desviou dinheiro público para realizar ocupações de terra — eis a conclusão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito(CPMI), integrada por deputados federais e senadores, instaurada para apurar se havia fundamento nas acusações, orquestradas pelos senhores do latifúndio, de que os movimentos comprometidos com a reforma agrária se apoderaram de recursos oficiais.

Em oito meses, foram convocadas 13 audiências públicas. As contas de dezenas de cooperativas de agricultores e associações de apoio à reforma agrária foram exaustivamente vasculhadas. Nada foi apurado. Segundo o relator, o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), “foi uma CPMI desnecessária”.

Não tão desnecessária assim, pois provou, oficialmente, que as denúncias da bancada ruralista no Congresso são infundadas. E constatou-se que entidades e movimentos voltados à reforma fundiária desenvolvem sério trabalho de aperfeiçoamento da agricultura familiar e qualificação técnica dos agricultores. (mais…)

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Vida em Primeiro Lugar: Onde Estão Nossos Direitos? Vamos às Ruas para Construir um Projeto Popular

16º Grito dos/as Excluídos/as – 7 de setembro de 2010

A 16ª edição do Grito dos/as Excluídos /as pretende resgatar as condições reais e efetivas da vida. Pretende também retomar a esperança e a utopia do projeto popular, fundamentado na justiça e no direito. Nisto radica-se a mística de todo caminheiro: aquele que tem os pés firmes num chão marcado por sonhos e contradições, as mãos solidárias para a luta e a construção de caminhos alternativos, e os olhos postos no horizonte de uma sociedade renovada, tanto nas relações pessoais e comunitárias quanto nas relações sociais, políticas, econômicas e ecológicas.

O respeito e a defesa, a conquista, ampliação e universalização dos direitos básicos de cada cidadão ou cidadã exigem uma base sólida no sentido de preservar “a vida em primeiro lugar”. É a coluna vertebral do Grito, desde sua primeira edição em 1995. Essa base, por sua vez, requer hoje mudanças urgentes e profundas da sociedade. Convém ter presente, porém, que direitos não se confundem com migalhas e mudança é muito mais que mero ajuste ao mercado mundial ou programas pontuais. (mais…)

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Entrevista a Eduardo Galeano: Quilombos, santuarios de libertad

Por: Piter


Café de por medio, en un barcito en Montevideo, Eduardo Galeano comparte con nuestro corresponsal alguna de sus reflexiones sobre de la historia de la lucha y la resistencia negra, del racismo que aun sobrevive y de los dioses que quedaron en el mar.

Q! -En las historias que rescatás de América están los negros…

G -Claro, yo creo que somos un arcoiris, la condición humana es un arcoiris espléndido que tiene mas colores que los colores del arcoiris del cielo. Es un arcoiris terrestre, carnal, espléndido, multicolor. Y el racismo nos impide verlo en toda su hermosura. Los negros han sido como los indios y como otros también en el mundo, víctimas de esa negación, que se multiplicó cuando fueron convertidos en cosas a partir de la esclavitud masiva, cuando Europa resucita la esclavitud grecorromana hereditaria, donde el hijo del esclavo nace esclavo para proporcionar mano de obra gratuita a las plantaciones coloniales y a las minas en América. Los negros son víctimas en la articulación de América en el mercado mundial. América produce, genera, brinda productos que requieran esa mano de obra que África brindó. Millones y millones de gente, jóvenes cazados como fieras, arrancados de sus tierras y vendidos como cosas. (mais…)

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