Mais um Karajá assassinado!

Fonte: Cimi – Conselho Indigenista Missionário
Link: http://www.cimi.org.br/

Gilberto Vieira dos Santos

No dia 5 de agosto foi encontrado morto nos arredores da cidade de Santa Terezinha-MT, Matukari Karajá, senhor de aproximadamente 50 anos de idade, morador da Aldeia Macaúba, Ilha do Bananal.  Estava desaparecido há alguns dias e seu corpo, já em estado de decomposição, apresentava ferimentos de faca e pauladas.

Ele foi visto com vida pela última vez na festa de encerramento dos Jogos Regionais, que acontecem no mês de julho em Santa Terezinha.  Testemunhas dizem que ele estava bastante bêbado na ocasião.

Os Karajá, que são o grupo humano de mais longa permanência no Araguaia, têm sofrido inúmeras violências ao longo do contato com a sociedade não-indígena.  São freqüentes as mortes em decorrência dos efeitos do alcoolismo, como quando voltam para suas aldeias de canoa e se afogam no rio Araguaia.  As cidades ribeirinhas que se instalaram em locais próximos às suas aldeias favorecem o consumo de bebidas alcoólicas vendidas por comerciantes inescrupulosos. (mais…)

Ler Mais

Indígenas contratados com carteira de trabalho são 0,25%

Pelos dados do Relatório Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho, em 2009 apenas 0,25% dos trabalhadores contratados com carteira de trabalho assinada em 2009 era indígena, proporção semelhante à de 2008 (0,26%). Isso equivale a 54,7 mil homens e 28,8 mil mulheres trabalhando no mercado formal no ano passado. O dado só inclui contratados pela Consolidação das Lei de Trabalho (CLT) e exclui funcionalismo público. A notícia é do jornal Valor, 11-08-2010.

Pelos dados da Rais, o salário médio recebido pelos trabalhadores que se declaram indígenas (não apenas moradores de uma ladeira, como os do Paraná, mas também àqueles que se declararam pertencentes à raça indígena) foi de R$ 1.175,65 no ano passado, valor 15% inferior ao salário médio do conjunto dos trabalhadores celetistas do Brasil.

http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=35188

Ler Mais

Índios trocam a mata por emprego em frigorífico

Houve festa, dias atrás, na casa de Silvano Tupã Verá Centurião, índio avá-guarani, 26 anos, morador da aldeia Ocoy, em São Miguel do Iguaçu, Oeste do Paraná. Para comemorar o recebimento do primeiro salário, ele reuniu parentes e serviu linguiça, refrigerante e cerveja. Alguns vizinhos também assaram carne para marcar o acontecimento. Carmelícia Takua Rope Chamorro, 28, outra integrante da tribo que decidiu trabalhar fora, preferiu usar o dinheiro para comprar roupas para a família. “Ganhei um tênis, uma camisa e um short”, conta o marido, o cacique Daniel Mbaraka Lopes, 32. A reportagem é de Marli Lima e publicada pelo jornal Valor, 11-08-2010.

Tudo começou quando Melci Karai Pa Pa Gonzalez, 28, decidiu “procurar emprego na cidade”. Ele soube que a Cooperativa Lar, com sede no município paranaense de Medianeira, estava em busca de pessoal para o frigorífico de frangos, que fica em Matelândia, distante cerca de 40 quilômetros da tribo. “Será que aceitam indígena?”, perguntou, na agência de emprego, e ouviu que podia tentar a vaga. Gonzalez conseguiu o trabalho em abril e levou mais três índios para o mesmo caminho. No começo, precisava acordar à 1h da madrugada e percorrer um bom trecho de bicicleta antes de chegar ao ponto em que o ônibus da cooperativa buscava o pessoal para o primeiro turno, que começa às 5 horas da manhã. (mais…)

Ler Mais

Os órfãos da cana

Até 2014, o corte manual será eliminado dos canaviais paulistas. O problema: o que farão 140.000 cortadores que dependem desse trabalho para sustentar sua família no Nordeste? A reportagem é de Nicholas Vital e publicada pela Exame, 06-08-2010.

O sol nem bem raiou e milhares de homens já estão espalhados pelos canaviais da cidade de Leme, um dos muitos polos produtores de cana-de-açúcar do estado de São Paulo. Com equipamentos de segurança rudimentares no corpo e foices afiadas nas mãos, os trabalhadores cortam enormes feixes de cana queimada a cada golpe. Eles têm pressa. Sabem que sua remuneração está diretamente ligada à produtividade. Os melhores cortadores chegam a empilhar até 8 toneladas de cana-de-açúcar num único dia de trabalho.

A jornada é dura e desgastante, mas o contracheque médio de 1.100 reais serve de estímulo para esse grupo de trabalhadores, formado em sua maioria por migrantes nordestinos. O dinheiro ganho em São Paulo garante a sobrevivência de famílias inteiras no Nordeste e faz prosperar a economia de pequenas cidades encravadas no sertão. Nos últimos tempos, porém, um clima de tensão tem pairado sobre os canaviais paulistas. (mais…)

Ler Mais

Cacique faz nova ameaça por causa de Belo Monte

O cacique Raoni Metuktire, líder dos Caiapós em Mato Grosso, apelou, ontem, em Altamira, no Pará, às jovens lideranças indígenas para assumirem a luta contra a Usina de Belo Monte como estratégia de defesa da sobrevivência das nações indígenas do Brasil. A reportagem é de Fátima Lessa e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 11-08-2010.

“Se mirem em mim. Enquanto eu estiver vivo direi não, não à destruição dos povos indígenas. Contem comigo meu parentes. Não desistam e não tenham medo porque as polícias Militar, Civil e Federal não vão nos matar”, disse

Num discurso bastante inflamado Raoni pediu aos mais jovens que não se rendam às grandes ofertas do governo que visam destruir a nação indígena brasileira: “Não entreguem nossa água, nosso peixe, nossas terras.” Questionou a necessidade de o governo investir na construção de hidrelétrica como modelo de desenvolvimento: “Por que o governo tem de fazer hidrelétrica ? Por que tem que matar, acabar com os índios para entregar nossas terras para outras pessoas?” (mais…)

Ler Mais

Perú: Conmemorarán 25 años de masacre de Accomarca

Servindi – Este 13 y 14 de agosto se realizarán los actos conmemoratorios por el 25 aniversario de la masacre de Accomarca, pueblo de la provincia de Vilcashuamán que vivió uno de los episodios más perversos del conflicto armado interno. Llevando a cabo un plan para combatir a Sendero Luminoso, las fuerzas armadas asesinaron en un solo día a 69 comuneros, entre mujeres, niños, ancianos y adultos.

El viernes 13 se realizará una conferencia de prensa en el Congreso de la República convocada por la legisladora Juana Huancahuari, los familiares y su representante legal, sobre el estado en que se encuentra el proceso judicial y el de extradición contra los presuntos responsables. Asimismo, el 14, en el Monumento El Ojo que Llora, de Jesús María, se prevé una misa y acto artístico musical en memoria de las víctimas, con la presencia del músico arpista Luciano Quispe, danzantes de tijeras, entre otros. (mais…)

Ler Mais

Luisa Bejarano: Estandarte indígena por la autonomía de su pueblo en Costa Rica

Aferrada a la pierna de la diputada Carmen Granados espera respuesta oficial

San José, (elpais.cr) – Una mujer recia, de cuerpo y espíritu, quemada por el sol de largas jornadas agrícolas, por tres marchas y una vigilia de nueve meses por la autonomía de los pueblos indígenas de Costa Rica, Luisa Bejarano Montezuma se mantenía esta madrugada y mañana aferrada a la pierna de una legisladora.

Campesina y artesana, hija, madre y abuela de diez, entre hijos y nietos, con 61 años, es una de las coordinadoras del Frente Nacional de Mujeres Indígenas, y la última manifestante que ha logrado mantenerse dentro de un predio de la Asamblea Legislativa para exigir una respuesta de los políticos, entre ellos la presidente Laura Chinchilla.

Tras la represión en la que resultaron golpeados Mariana Delgado, Esperanza Jurado, Sergio Rojas, Heiner Blanco y Pablo Siba, de un grupo de 21 manifestantes indígenas, Bejarano Montezuma se aferró a una pierna de la legisladora Carmen Granados, del Partido Acción Ciudadana (PAC), para evitar ser desalojada del jardín norte de la Asamblea Legislativa. (mais…)

Ler Mais

MPF e MP/MS conseguem decisão judicial que barra desmate ilegal no estado

Carvoaria ilegal. Foto de arquivo MMA
Carvoaria ilegal. Foto de arquivo MMA
Justiça acata pedido do Ministério Público e determina a suspensão de comercialização de carvão nativo para siderúrgicas com mais de dez anos de existência. Siderúrgicas com menos de dez anos deverão apresentar plano de sustentabilidade

A Justiça Federal acatou pedido do Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS) e Ministério Público Estadual (MP/MS) e determinou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), através de decisão liminar de abrangência nacional, o bloqueio do sistema de emissão do Documento de Origem Florestal (DOF), que autoriza a comercialização de carvão vegetal nativo, lenha ou matéria-prima florestal do estado. A medida vale para siderúrgicas de todo o país, com mais de dez anos de atividade. (mais…)

Ler Mais