Vida em Primeiro Lugar: Onde Estão Nossos Direitos? Vamos às Ruas para Construir um Projeto Popular

16º Grito dos/as Excluídos/as – 7 de setembro de 2010

A 16ª edição do Grito dos/as Excluídos /as pretende resgatar as condições reais e efetivas da vida. Pretende também retomar a esperança e a utopia do projeto popular, fundamentado na justiça e no direito. Nisto radica-se a mística de todo caminheiro: aquele que tem os pés firmes num chão marcado por sonhos e contradições, as mãos solidárias para a luta e a construção de caminhos alternativos, e os olhos postos no horizonte de uma sociedade renovada, tanto nas relações pessoais e comunitárias quanto nas relações sociais, políticas, econômicas e ecológicas.

O respeito e a defesa, a conquista, ampliação e universalização dos direitos básicos de cada cidadão ou cidadã exigem uma base sólida no sentido de preservar “a vida em primeiro lugar”. É a coluna vertebral do Grito, desde sua primeira edição em 1995. Essa base, por sua vez, requer hoje mudanças urgentes e profundas da sociedade. Convém ter presente, porém, que direitos não se confundem com migalhas e mudança é muito mais que mero ajuste ao mercado mundial ou programas pontuais.

Entre as mudanças, vale destacar uma reforma agrária e agrícola que leve em conta o limite da propriedade da terra rural e urbana; melhorias substanciais nos sistemas de saúde, educação e transporte público, habitação; uma nova convivência com o planeta terra, preservando as diversas formas de vida e um desenvolvimento justo, solidário e sustentável; espaço aberto à comunicação e à participação popular.

Na origem do Grito está também a idéia de soberania nacional e internacional, a qual não exclui relações solidárias com outros países, especialmente nossos vizinhos latino-americanos, conforme sublinham o Grito Continental, a Rede Jubileu Sul, a Assembléia Popular, entre outras iniciativas.

Direitos, soberania e relações livres são pressupostos indispensáveis para a construção de um projeto popular. Um projeto que leve em conta as necessidades fundamentais dos setores mais pobres e excluídos da população, fugindo da mera matemática do crescimento e do lucro. Somente um povo autônomo pode estabelecer laços com outros povos igualmente autônomos.

Coordenação Nacional
www.gritodosexcluidos.org

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