Censo 2010 vai revelar quantos povos e línguas indígenas existem no país

O Censo 2010, por esses vários aspectos, vai trazer uma nova visão do índio. Eles são a cara do país, diz Marta. Foto: Celso Junior, Agência Estado
Carlos Haag

Por uma ironia estatística temos hoje estimativas mais confiáveis sobre quantos indígenas habitavam o Brasil em 1500 (segundo cálculos da Fundação Nacional do Índio, Funai, eles somavam 5 milhões) do que os que vivem aqui atualmente. Em 2000, um estudo da Funai afirmou que eles não passariam de 450 mil, ou 0,2% da população brasileira. No entanto, dados do Censo Demográfico daquele ano, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), afirmavam que eles seriam 734 mil, ou 0,4% da população nacional. Já a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, chegou a um número diverso: 520 mil pessoas que teriam sido atendidas nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas.

Qual, afinal, desses números é o retrato real da dinâmica demográfica da população indígena brasileira? Não se sabe. “Variam os critérios censitários e datas; há povos sobre os quais simplesmente não há informações; sabe-se pouco sobre os índios que vivem nas cidades. Ainda desconhecemos a imensa sociodiversidade nativa contemporânea dos povos indígenas, não sabendo sequer quantos povos ou línguas nativas existem”, avisa a antropóloga e demógrafa Marta Maria Azevedo, pesquisadora do Núcleo de Estudos de População (Nepo) da Unicamp. “É nítida a falta de sistemas de informações populacionais mais detalhadas para orientar e avaliar as políticas públicas para os índios.” (mais…)

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Argentina – Mineração em área indígena que é Patrimônio da Humanidade é impedida por Juiz

Antonio Elio Brailovsky

Una de las consecuencias de la globalización ha sido consolidar sistemas productivos que podemos calificar como de “capitalismo salvaje”. Se han combinado grandes innovaciones tecnológicas con conductas cuya falta de ética nos recuerda los comienzos de la industrialización, en la Inglaterra del siglo XVIII, cuando se cometían los mayores crímenes en nombre del progreso. Argumentando la obvia necesidad de contar con productos de origen mineral se intentó justificar la realización de cualquier clase de proyectos mineros, aún en sitios de alta vulnerabilidad y con tecnologías peligrosas.

Tal vez el caso más paradigmático haya sido el intento de desarrollar la minería del uranio en una área declarada como Patrimonio de la Humanidad, la Quebrada de Humahuaca, ubicada en la provincia argentina de Jujuy. En un paisaje montañoso de características singulares, existen testimonios arqueológicos de 10 mil años de culturas indígenas, valiosa arquitectura colonial y comunidades originarias que conservan sus formas de vida tradicionales.

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Unicef da Grã-Bretanha denuncia em filme a situação das crianças no mundo

A Unicef da Grã-Bretanha realizou o belíssimo (mas chocante) filme abaixo como uma iniciativa para mobilizar a humanidade para a proteção às crianças. São imagens de diferentes países, nos quais, segundo a Unicef, até mesmo os direitos mais básicos lhes são negados – à educação, à saúde, a serem tratadas com dignidade, a serem ouvidas e, até mesmo, à própria infância. A trilha musical do vídeo foi oferecida à Campanha pelo grupo Radiohead, assim como os direitos autorais da música. Para mais informações sobre a iniciativa, clique aqui.

Vendo o filme, impossível evitar uma pergunta direta: a cor da pele dessas crianças será uma mera coincidência?

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Maranhão – Awá saem da floresta para provar que ainda existem

Zé Doca – Índios da tribo Awá-Guajá participarão de um protesto em Zé Doca de 1º a 3 de agosto, para provar que eles existem e exigir que suas terras sejam protegidas de invasão. O evento, chamado ‘Nós existimos: Terra e Vida para os Caçadores e Coletores Awá’, está sendo organizado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a Igreja Católica local e vários outros grupos indígenas. Cerca de 100 índios Awá são esperados para participar do protesto. Para a maioria, será a primeira vez que deixará suas comunidades na floresta.

A manifestação será em Zé Doca por se localizar próximo ao territórioAwá no Maranhão. É uma resposta a declarações do gabinete da Prefeitura, negando que os Awá existem. Eles são uma das duas únicas tribos nômades e sem agricultura do país. Mais de 60 Guajá não têm qualquer contato com forasteiros e correm perigo devido a madeireiros ilegais.

Apesar de as terras Awá terem sido reconhecidas legalmente, os índios são alvo de madeireiros, que estão abrindo estradas nas florestas, e de colonos, que caçam os animais dos quais os indígenas dependem, e os expõem a doenças e violências. (mais…)

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