“Os novos escravos do capitalismo”, de Patrick Herman – resenha

Jean-Pierre Leroy

O camponês jornalista francês Patrick Herman, com a experiência adquirida no início dos anos 90, quando trouxe a público o escândalo escondido da contaminação pelo amianto, inicia em 2002 uma investigação que o leva a descobrir e fazer “emergir” “um mundo até então invisível”. Fruto dessa pesquisa, ele publica em 2008 “Les nouveaux esclaves do capitalismo”1, ainda não traduzido para o português. Esse mundo é o da produção intensiva no sul da Europa e, secundariamente, no norte da África, de frutas e legumes, com seus trabalhadores assalariados migrantes: “os novos escravos do capitalismo”. À busca deles, o autor transporta o leitor em ambientes que o turista nunca encontrará, no sudeste da França, na Provença; na Andaluzia, na província de Almeria e em Huelva; e no Rif, no Marrocos, regiões de clima mediterrâneo, propícias à produção agrícola – frutas e legumes – fora de estação.

Algumas décadas atrás, o consumidor europeu, situado majoritariamente em países temperados ou frios, caracterizados por estações bem definidas, contentava-se com os legumes e frutas produzidos cada um na sua hora, que começava com a primavera. O saber do produtor e sua localização, que o beneficiava com micro-climas ou com facilidades de transportes, faziam com que conseguisse se antecipar a produção. Ervilhas, morangos ou batatas chegavam ao mercado e ao consumidor endinheirado com dias ou semanas de antecedência ao mercado. Fruto de um conjunto de fatores analisados ao longo do livro, essa tendência explodiu. O consumidor espera agora encontrar a sua disposição nas gôndolas do seu supermercado frutas e legumes na maior parte do ano e, até mesmo, no inverno. (mais…)

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Mundo: Unesco pide invertir más en las culturas indígenas como mecanismo de desarrollo social

Servindi, 14 de agosto, 2010.- La Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura (Unesco) pidió esta semana en Guatemala que los gobiernos inviertan más recursos en las culturas indígenas para el desarrollo de los pueblos originarios.

“Invertir en la cultura es rentable porque produce riqueza” y contribuye a disminuirla pobreza en que vive la mayoría de los habitantes de los pueblos originarios, sostuvo Edgar Montiel, representante de la Unesco en Guatemala.

Tales declaraciones se efectuaron durante la presentación del informe mundial “Invertir en la diversidad cultural y el diálogo intercultural“. (mais…)

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”Reforma Agrária Popular depende de novo modelo de desenvolvimento”

“Na luta institucional, compreendemos a visão gramsciana na qual os interesses da classe trabalhadora precisam disputar e ter hegemonia na disputa de governos nos três níveis: municipal, estadual e federal. Nos espaços do conhecimento, universidade, meios de comunicação. Nos sindicatos, igrejas e outras instituições da sociedade de classes”.
A candidatura de José Serra (PSDB) representa o núcleo central dos interesses da burguesia e a volta do neoliberalismo. Esta é a avaliação João Pedro Stedile. Em sua primeira entrevista ao Brasil de Fato, o dirigente nacional do MST e da Via Campesina constata que, no atual cenário eleitoral, as candidaturas não estão debatendo programas, projetos para a sociedade. A entrevista é de Nilton Viana e publicada pelo jornal Brasil de Fato, 13-08-2010.

Mas, segundo ele, elas representam claramente interesses diversos de forças sociais organizadas. Nesse sentido, Stedile afirma que Serra representa os interesses da burguesia internacional, da burguesia financeira, dos industriais de São Paulo, do latifúndio atrasado, com Katia Abreu de coordenadora de finanças e setores do agronegócio do etanol. E, frente a esse cenário, defende que, “como militantes sociais, e como movimentos sociais, temos a obrigação política de derrotar a candidatura Serra”. Eis a entrevista. (mais…)

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Líder camponesa é encontrada morta com sinais de torturas no corpo

Karol Assunção *

Adital – Após quatro dias desaparecida, María Teresa Flores, dirigente camponesa, foi encontrada morta nessa quarta-feira (11) a 35 km da cidade de Siguatepeque, em Honduras. María Teresa, quem integrava o Conselho Coordenador de Organizações Camponesas de Honduras (COCOCH), estava sumida desde o último sábado (7). O corpo da dirigente foi encontrado já em estado de putrefação e com sinais de tiros e de torturas. María Teresa desapareceu no sábado, quando voltava de Tegucigalpa – capital hondurenha – para casa, no departamento de Comayagua. De acordo com relatos de jornalistas, a última notícia que a família teve da líder camponesa foi que ela estava em Siguatepeque aguardando um ônibus para voltar para casa. (mais…)

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