‘Marcha silenciosa’ chama atenção para os altos níveis de pobreza

Tatiana Félix

Em virtude dos últimos dados divulgados pelo presidente do Chile, Sebastián Piñera, sobre o aumento da pobreza no país, e no marco da campanha “Exige Dignidade”, a Anistia Internacional no Chile, realiza na tarde de amanhã (29) a “Marcha Silenciosa”, em Viña del Mar, com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre o impacto da pobreza na vida das pessoas.

A marcha deve percorrer as principais ruas da cidade, onde os participantes, em silêncio, representam as pessoas que não podem se expressar ou exigir seus direitos. Na ocasião também serão colhidas assinaturas no contexto dos “Objetivos do Desenvolvimento do Milênio”, que serão entregues pela organização às autoridades chilenas.

Essa é uma forma da Anistia Internacional cobrar das autoridades chilenas o compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio adotados pelo país. Para a Anistia, estes Objetivos representam o principal indicador da responsabilidade com a qual os governos enfrentam os desafios para erradicar a pobreza no mundo. A entidade afirma que a pobreza “não tem nada de inevitável, mas, têm responsáveis”, já que, muitos abusos são cometidos contra os mais desfavorecidos.

Através da campanha “Exige Dignidade”, a proposta da Anistia Internacional é pedir aos países que protejam os direitos dos habitantes que vivem em situação de precariedade e pobreza, e que se ponham fim às mortes evitáveis de mulheres por complicações na gravidez. A ideia é garantir o acesso aos direitos humanos básico como alimentação.

Índice de pobreza no Chile

Segundo a pesquisa Casen, divulgada no último dia 13, pelo Governo do Chile, 15,1% da população chilena, ou seja, mais de 2,5 milhões de chilenos estão vivendo abaixo da linha da pobreza. Desde que o país voltou a exercer a democracia em 2006, essa é a primeira alta no índice de pobreza do país.

De acordo com o relatório, a alta das condições de pobreza, não tem nenhuma relação com o terremoto e o maremoto que causaram sérios danos no país em fevereiro deste ano, já que os dados abrangem os anos de 2006 à 2009. Neste período, mais de 350 mil chilenos passaram a viver em condições mais vulneráveis, um aumento de 1,4% registrado em 2009, em comparação a 2006.

No comparativo do fator ‘pobreza extrema’, os números revelam que em 2006 o país registrava 516 mil indigentes, enquanto em 2009, o número elevou para 634 mil. Segundo o presidente, o gasto social do governo aumentou nos últimos anos em 35%.

http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=49785

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