MPF/DF aciona Justiça para garantir preservação na área ocupada pela comunidade quilombola de Mesquita

Ação civil pública cobra suspensão imediata da licença que autorizou desmatamentos na comunidade de Mesquita, em Cidade Ocidental (GO)

Ecodebate – O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) entrou na Justiça para impedir novos desmatamentos na área ocupada pela comunidade quilombola de Mesquita, no município de Cidade Ocidental, a 48 km de Brasília. Em ação civil pública, o MPF requer a suspensão imediata da licença de exploração florestal concedida pela Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Goiás (Semar/GO) à empresa Taquari Empreendimentos e a recuperação da área degradada.

Em agosto do ano passado, a empresa recebeu autorização do órgão ambiental para desmatar cerca de 84 hectares de vegetação de cerrado dentro da Fazenda Mesquita. O objetivo seria a construção de um empreendimento imobiliário no local. Para o Ministério Público, porém, a licença é totalmente irregular, já que desconsiderou a existência da comunidade quilombola e do processo de demarcação de seu território, em curso no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) desde outubro de 2008.

A procuradora regional dos Direitos do Cidadão no DF, Luciana Loureiro, afirma que o licenciamento não poderia ter sido feito sem uma consulta prévia à comunidade e aos órgãos envolvidos na regularização fundiária da região, como o Incra e a Fundação Cultural Palmares. Além disso, a extração de madeira, da forma como autorizada, “põe em risco a preservação do cerrado local e das condições necessárias à integridade física e simbólica do território quilombola de Mesquita”, argumenta a procuradora. (mais…)

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RN: criador terá que recuperar manguezal desmatado para a prática da carcinicultura

Área de preservação permanente não pode ser desmatada para a prática da carcinicultura

Ecodebate – O dano ambiental provocado pela criação de camarões no Sítio Aterro, na cidade de Goianinha (RN), terá que ser reparado pelo proprietário dos viveiros, Joaquim Silveira Cabral. Por unanimidade, a Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5.ª Região manteve a decisão da 1.ª Vara da Justiça Federal no Rio Grande do Norte, que havia determinado a recuperação da área degradada. A decisão acolheu o parecer do Ministério Público Federal (MPF), emitido pela Procuradoria Regional da República da 5.ª Região.

O dano consiste no desmatamento de manguezal para construção de viveiros destinados à carcinicultura, em região legalmente definida como área de preservação permanente (APP) e patrimônio da União. Com a decisão, o carcinicultor terá que providenciar a retirada dos taludes, cercas, muros, edificações e equipamentos existentes na área, além deefetuar o replantio da vegetação característica.

O MPF ressalta que é proibida a intervenção ou supressão de vegetação em área de preservação permanente, salvo por motivo de utilidade pública, o que não se verifica nesse caso, pois se trata de propriedade privada destinada à carcinicultura, atividade econômica desenvolvida por particular.

N.º do processo no TRF-5: 2004.84.00.010009-9 (AC 383643 RN)

Veja aqui a íntegra da manifestação da PRR-5.

http://www.ecodebate.com.br/2010/05/25/rn-criador-tera-que-recuperar-manguezal-desmatado-para-a-pratica-da-carcinicultura/

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Estudo aponta principais setores poluidores da Baía de Sepetiba, RJ

Terminal portuário industrial em Sepetiba
Estimar o potencial poluidor das indústrias localizadas na bacia hidrográfica da Baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro, foi o objetivo da dissertação de mestrado do Programa de Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), apresentada por Lilian Calazans Costa. Por meio de metodologia criada pelo Banco Mundial, o estudo analisa uma série de parâmetros para verificar a poluição em 14 municípios da região e definir os principais setores poluidores.

O modelo do Banco Mundial utilizado no trabalho Aplicação do sistema de projeção de poluição industrial (modelo IPPS): estudo de caso – bacia hidrográfica da Baía de Sepetiba foi o Industrial Pollution Projection System (IPPS). Segundo Lilian, “esse método permite estimar o potencial poluidor industrial baseado no número de funcionários e no setor industrial”. Para a utilização dessa metodologia, a autora realizou um levantamento industrial dos municípios inseridos na região para os anos de 2005-2006 e 2008-2009. (mais…)

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