Dourados Agora/WM
Nesta sexta-feira, 22 de março, será comemorado o “Dia Mundial da Água”. A data é importante, mas provavelmente não será celebrada pela comunidade indígena de Dourados, isso porque quem vive nas aldeias Jaguapirú e Bororó, tem sofrido com a falta do líquido essencial.
De acordo com moradores, há muito tempo a situação é a mesma; sem infraestrutura necessária, a água chega à poucas casas da aldeia e de maneira esporádica (algumas vezes pela manhã, outras vezes ao final da tarde), isso para aqueles locais que têm encanamento. Entretanto, a maioria não possui caixa d’água para armazenamento.
Segundo Carlos Antonio Duarte, mais conhecido como Piririta, ex-cacique e morador na Bororó, muitos têm ficado sem água, enquanto outros preferem recorrer a um açude como última opção. “Moro próximo à Escola Araporã, e lá a água não chega sempre, exceto por meio de um caminhão pipa da prefeitura que abastece a escola regularmente. Para muita gente esse é o único acesso possível no momento”, explicou.
O indígena continua: “Diante dessas circunstâncias, quem vive em casas mais afastadas, se vê obrigado a encher os baldes no açude São Luciano. Sabemos que a qualidade da água é baixa e há muita sujeira, assim como risco de doenças, mas a necessidade é maior. O poder público tem conhecimento desta situação e estamos aguardando boas notícias; por enquanto, esse é o jeito que temos para cuidar da higiene pessoal e da casa, e também cozinhar”, explicou.
Representantes da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) em Mato Grosso do Sul foram procurados pela reportagem, mas até o fechamento da matéria não foram encontrados para esclarecer o assunto. Segundo funcionários do pólo em Dourados, os coordenadores estavam reunidos em Campo Grande.
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