47 anos sem Malcolm X

Um dos maiores defensores dos direitos dos negros nos Estados Unidos, Malcolm X não teve sua luta finalizada. Pelo contrário, apesar de violentamente assassinado em fevereiro de 1965 manteve-se símbolo do ativismo da população negra norte-americana contra o racismo e a violência. Considerado um dos mais importantes negros da história, conscientizou não-negros dos crimes cometidos em razão da cor da pele.

Diferente de seu contemporâneo Martin Luther King que pregava a coexistência pacífica entre brancos e negros nos anos 60, Malcolm pregava que os negros, para não sofrerem outros golpes deveriam revidar as agressões já sofridas. Fundou a Organização para a Unidade Afro-Americana, de inspiração socialista e em seus discursos afirmava: “Vamos realizar a completa independência dos afrodescendentes nos Estados Unidos por qualquer meio necessário”.

Nascido em Omaha, no estado de Nebraska, Estados Unidos, em 1925, teve uma infância conturbada. Na época em que Malcolm tinha seis anos, seu pai, um importante ativista da época, foi violentamente assassinado. Sua mãe criou os oito filhos até 1937 quando foi internada em um sanatório. O garoto envolveu-se com drogas e praticou assaltos. Foi preso e neste período teve acesso às literaturas e filosofias sobre o “ser negro”.

Liberto em 1952, se dedicou ao islã e à defesa do negro na sociedade. “Quem te ensinou a odiar a textura dos seus cabelos. Quem te ensinou a odiar a cor da sua pele a tal ponto que você se alveja para ficar como o branco?”, dizia. Trabalhando exemplos como estes, o militante levou a reflexão milhares de pessoas que já não tinham auto-estima. Reensinando-os a se valorizarem, causou tal incômodo que o levou a morte.

Em 1998, a influente revista Time nomeou a Autobiografia de Malcolm X um dos 10 livros não fictícios mais importantes do século XX.

Engajados na luta contra o racismo

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