Livro: Lavouras Transgênicas – Riscos e incertezas: Mais de 750 estudos desprezados pelos órgãos reguladores de OGMs [para baixar]

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Lavouras Transgênicas: Riscos e incertezas – Mais de 750 estudos desprezados pelos órgãos reguladores de OGMs. Autores: Gilles Ferment, Leonardo Melgarejo, Gabriel Bianconi Fernandes e José Maria Ferraz. Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2015. 450 p.

Disponível para baixar AQUI. 

Cerca de 40 variedades de plantas transgênicas foram liberadas para cultivo comercial no Brasil em pouco mais de oito anos. A maior parte delas concentra-se em sementes de soja, milho e algodão resistentes a agrotóxicos e/ou a algumas pragas. Passado esse período e tendo esses produtos chegado ao consumo de massa por meio de óleos, derivados de milho e comida industrializada em geral, duas principais conclusões podem ser mencionadas.

A primeira está ligada ao fato de que não foram cumpridas as principais promessas fartamente anunciadas pelos promotores da tecnologia. Não houve redução do uso de agrotóxicos, nem vantagens para os consumidores, nem a criação de plantas mais nutritivas, saborosas ou resistentes a efeitos das mudanças climáticas.

A segunda conclusão refere-se à acesa polêmica que há mais de 20 anos faz dos entes reguladores dos organismos transgênicos espaços altamente controversos. Para além de questões ligadas a conflitos de interesses, a polêmica vem do fato de que esses órgãos apoiam-se em discurso supostamente científico para alegar a segurança presente e futura dessas novas plantas. No geral, pesquisadores que produziram evidências em contrário ou questionaram essa visão principista foram pessoal e profissionalmente atacados por pesquisadores e membros das comissões de biossegurança existentes Brasil afora alinhados ao mainstream do desenvolvimento biotecnológico.

Esta publicação, organizada ao longo dos 10 últimos anos pelo Grupo de Estudos sobre Agrobiodiversidade e agora publicada pelo Nead/MDA, reúne mais de 750 estudos desconsiderados pelos órgãos reguladores como CTNBio, Anvisa e Ibama. Mostra, assim, a relevância e pertinência da crítica apresentada por pesquisadores não alinhados ao mainstream e revelam que as decisões tomadas por essas comissões, ainda que técnicas e de biossegurança, não foram baseadas em boa ciência.

Elementos não faltam para uma ampla revisão das decisões já tomadas e para que se promovam ajustes profundos na forma como operam esses entes encarregados de avaliar os riscos dos organismos geneticamente modificados.

“Os elementos aqui expostos em cerca de 750 estudos validados por revistas científicas com conselho editorial mostram claramente que não há consenso na comunidade científica sobre o tema da transgenia e seus impactos”.

Boa leitura!

Comments (1)

  1. Há muito tempo que tento fazer um trabalho de divulgação sobre os riscos dos transgênicos. A maioria quase absoluta das pessoas no Brasil não sabem o que significa transgênicos. Os que apoiam não sabem realmente o que estão apoiando ou então estão comprometidos com a infâmia da distorção da informação. Há farta literatura sobre o assunto, como “Genetic Roulette, Seeds of Deception, Le Monde Selon Monsanto, Notre poison quotidien”, e muito mais. Essas pulicações não são obras para prenchimento de colunas de jornais e folhas de livros, são estudos com comprovação de pesquisadores e institutos renomados, uma posição consciente e enérgica em defesa da vida. Há sites e movimentos como “March Against Monsanto” que lutam para expor a verdade e que demonstram o que pode ser classificado como terrorismo biotecnológico. O risco que corremos, que as próximas gerações correm é extremamente grave. É necessário um basta. Não chega estarmos fartos dos desmandos na política, na moral, na ética, na sociedade… temos que enfrentar a barbárie dos transgênicos. O livro Lavouras Transgênicas fará parte da minha rotina diária. Precisamos de ação urgente.

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