Representante do ONU para os direitos humanos na América do Sul pediu investigação imediata, completa e imparcial para esclarecer as mortes dos defensores dos direitos humanos.
O representante regional para a América do Sul do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH), Amerigo Incalcaterra, condenou nesta quinta-feira (18) a morte dos líderes indígenas asháninkas Edwin Chota Valera, Quincima Leoncio Melendez, Jorge Rios Perez e Francisco Pinedo, na região de Ucayali, no Peru.
“Peço às autoridades regionais e nacionais para garantir e proteger a vida dos líderes e de suas comunidades que continuam sendo ameaçados por defender seus direitos e proteger o meio ambiente”, disse Incalcaterra.
“O problema da exploração ilegal da madeira, bem como o atraso significativo na entrega de terras para os povos indígenas, a ausência de um efetivo controle e fiscalização por parte das autoridades regionais e nacionais e a falta de uma investigação eficaz em relação às repetidas denúncias de ameaças são os fatores desse lamentável acontecimento que resultaram na morte de quatro líderes asháninkas”, acrescentou.
Na ocasião, ele expressou suas condolências às famílias das vítimas, à comunidade nativa do Alto Tamaya Saweto e aos povos indígenas asháninkas. Ele também instou o governo do Peru e seus órgãos competentes a realizar uma investigação imediata, completa e imparcial para esclarecer as mortes dos defensores dos direitos humanos.