Funai fará estudos em 2014 e pode reconhecer mais dois núcleos indígenas no Piauí

acique José Guilherme, da Associação Itacoatiara de Remanescentes  Indígenas do Piauí, sediada em Piripiri, ao lado de estudantes
acique José Guilherme, da Associação Itacoatiara de Remanescentes
Indígenas do Piauí, sediada em Piripiri, ao lado de estudantes

Carlos Lustosa Filho, Cidade Verde

Apesar de ter a presença do índio marcante em sua cultura, oficialmente, o Piauí possui apenas um aglomerado indígena Tabajara no município de Piripiri, cidade que já possui um posto da Fundação Nacional do Índio. A Funai pretende realizar um levantamento no Piauí no ano que vem em vários municípios para mapear e traçar o real perfil além dos rituais ainda praticados pelos índios no Estado.

Segundo Romeu Tavares, chefe da Coordenação Técnica Local da Funai de Piripiri, há ainda uma solicitação para o reconhecimento de dois outros grupos: um da etnia Cariri, em Queimada Nova; e outro dos Codó Cabeludo, em Pedro II, o que pode ocorrer em 2014.

“Participamos de uma reunião em Fortaleza e foi proposto um diagnóstico regional das comunidades e grupos indígenas ainda não atendidos pela Funai no Piauí. A proposta é, em articulação com a UFPI, Fundac, IBGE, Dnocs e Incra, mapearmos esses grupos indígenas”, declarou. 
Entre as cidades a serem pesquisadas estão Campo Maior, Parnaíba, Pedro II, Jerumenha e Queimada Nova. “Vamos nos basear nos dados do IBGE e nos trabalhos encaminhados pela UFPI”, informa Romeu.
Piauí
Segundo o cientista social e mestrando em antropologia Kleb Leite, que realizou uma pesquisa com os índios em Piripiri, ainda há um preconceito contra os indígenas, e isso dificulta que eles se apresentem como índios na sociedade.  “O Piauí é apresentado pela ausência do indígena, mas isso acontece porque historicamente houve a ausência de ajuda para estes povos que em muitos casos, acabaram se integrando à sociedade que ainda está carregada de preconceito e de imagem negativa”, pontua.

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