México: Mayores injusticias se cometen contra mujeres pobres e indígenas

Foto: Tlachinollan
Foto: Tlachinollan

Anaiz Zamora Márquez, CIMAC

La justicia debe ir más allá de buscar un castigo penal para agresores y tiene que modificar las estructuras sociales y culturales que permiten que las mujeres sean violentadas, y se bloquee su exigencia de justicia y reparación del daño cuando denuncian delitos.

Así lo dijeron especialistas en Derecho durante el Foro Nacional “Litigio Estratégico con Perspectiva de Género”, que se realiza en un hotel de esta capital y que tiene como objetivo presentar herramientas a las y los profesionales del Derecho que les permitan litigar desde la perspectiva de género y los Derechos Humanos (DH).

Pablo Navarrete Gutiérrez, coordinador de Asuntos Jurídicos del Instituto Nacional de las Mujeres (Inmujeres), dijo que “el grado de acceso a la justicia es indicador de la democracia y de la igualdad sustantiva entre mujeres y hombres”, y al mismo tiempo reconoció que aún no se logran los cambios estructurales que permitan que las mujeres accedan a la justicia. (mais…)

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MG – Conflito agrário motivou morte de líder camponês Cleomar Rodrigues, diz delegado

Suspeitos estão presos em Januária (Foto: Ana Carolina Ferreira / Inter TV)
Suspeitos estão presos em Januária (Foto: Ana Carolina Ferreira / Inter TV)

Cleomar Rodrigues, de 49 anos, foi morto em Pedras de Maria das Cruz.  Ele era líder da Liga dos Camponeses Pobres do Norte de MG e Bahia.

Michelly Oda, do G1 Grande Minas

O delegado que investiga a morte de Cleomar Rodrigues, dirigente da Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas e Bahia, afirmou que as investigações apontam que o assassinato foi motivado por um conflito agrário. Segundo Alberto Tenório Cavalcati Filho, foram presos o gerente de duas fazendas na região e um amigo dele. As propriedades ficam perto do assentamento “Unidos com Deus Venceremos”, onde a vítima morava e trabalhava. Ambos negam o envolvimento no crime.

Alberto Cavalcanti Filho explica que a prisão foi fundamentada em provas testemunhais que afirmam que Cleomar Rodrigues, que tinha 49 anos, foi ameaçado diversas vezes pelo gerente das fazendas. Além disso, as pessoas ouvidas pelo delegado também disseram que o suspeito tinha uma arma de mesmo calibre da que foi utilizada para matar o líder da Liga dos Camponeses. (mais…)

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Cacique Eunice Guarani repudia reportagem anti-indígena que concorre ao Prêmio Esso

Imprensa Cimi

A cacique Eunice Guarani, da Terra Indígena Morro dos Cavalos, localizada em Palhoça (SC), repudia a reportagem anti-indígena “Terra Contestada”, indicada a concorrer ao prêmio Esso de Jornalismo. A reportagem criminaliza a luta dos Guarani de Morro dos Cavalos, que há década luta pela demarcação de seu território, e nem ao menos se propôs a ouvir a cacique, para contar a outra versão da história. Coloca os indígenas como o principal empecilho na duplicação da BR-101 que corta a terra indígena, Morro dos Cavalos.

Se você acha que a reportagem não merece esse prêmio, escreva: “ESSO NÃO! Sou contra premiarem reportagens anti-indígenas!”. E envie para e-mail para: [email protected]

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PR – Indígenas ocupam área em Guaíra para evitar desmatamento

ocupaçao guaira

Comissão de Terras Guarani do Oeste do Paraná

Cerca de 50 indígenas Guarani da aldeia Tekoha Y’Hovy, localizada em Guaíra, ocupam neste momento uma área de aproximadamente um alqueire e meio de mata, que está sendo derrubada para a construção de um condomínio residencial.

Neste momento veículos da polícia e diversas camionetes estão em frente ao local ocupado pelos indígenas que querem evitar o desmatamento da área, que fica praticamente contígua à aldeia.

A área do Tekoha já encontra em estudo para demarcação territorial por meio de um GT – Grupo de Trabalho.

A ocupação é liderada pelo cacique Ilson Soares.

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Moção da ABA aos organizadores do Prêmio Esso sobre a reportagem “Terra Contestada”

logo aba

A Associação Brasileira de Antropologia (ABA) manifesta seu desapontamento ao tomar conhecimento, que entre os finalistas do tradicional e conceituado “Premio Esso de Jornalismo” encontra-se uma reportagem sobre Índios Guarani de Morros dos Cavalos (SC), intitulada: “Terra Contestada”.

Esta reportagem busca infirmar os direitos constitucionais e territoriais indígenas, distorce fatos, inverte imagens, apresenta inverdades, estimula controvérsias, lança impropriedades, questiona e acusa profissionais da antropologia, assim como atribui a responsabilidade a comunidade indígena Guarani de Morros dos Cavalos, por atrasos na duplicação da rodovia da BR 101 e na construção de dois túneis, culpando-a por atropelamentos e acidentes, que ocorrem na rodovia, apontando-a de serem empecilhos ao desenvolvimento, e apresentando-a como chaga e estorvo no litoral catarinense.

Caso essa reportagem seja premiada o Prêmio Esso de Jornalismo será conivente com inverdades e estará de fato contrariando a imprensa imparcial e comprometida com os direitos humanos características dos prêmios anteriores.

Moção apresentada pela ABA e aprovada na Assembleia da ANPOCS, realizada no dia 30/10/2014, em Caxambu-MG.

Enviada  por Ricardo Verdum.

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A luta das comunidades tradicionais do Norte de Minas: “Gerais”

“Gerais” fala da luta das comunidades tradicionais geraizeiras do Norte de Minas, em defesa de seu modo de vida e território. Ao longo dos últimos 30 anos, essas comunidades vêm sendo pressionadas pelos monocultivos de eucalipto e pela criação de parques de proteção integral na região. Seu acesso às terras de uso comum foi bloqueado, suas nascentes secaram, seu modo de vida foi ameaçado. Organizados, fizeram valer seus direitos. A direção é de Tiago Carvalho e Arthur Frazão. a realização é da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), em parceria com o Canal Saúde e a VideoSaúde, da Fiocruz.

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Carta da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida no 2º SIBSA

agrotoxicosA Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida convida para mobilização, dia 3 de dezembro, celebrando o dia mundial do não uso de agrotóxicos

Por Vilma Reis*, na Abrasco

O 2º Simpósio Brasileiro de Saúde e Ambiente, reuniu academia, gestão pública e movimentos sociais para debater o tema “Desenvolvimento, Conflitos Territoriais e Saúde: Ciência e Movimentos Sociais para a Justiça Ambiental nas Políticas Públicas”. O Simpósio contou com 25 trabalhos relacionados à questão dos agrotóxicos, seja na denúncia dos seus efeitos na saúde, seja nas possibilidades de superação do modelo químico-dependente imposto pelo agronegócio através da agroecologia.

A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida esteve presente desde a organização do encontro até a participação oficinas, mesas e grupos de debate. A avaliação da conjuntura relacionada ao tema mostra que, independente do resultado das eleições presidenciais, a bancada ruralista está mais fortalecida do que antes e vai pressionar pela aprovação de suas pautas. A principal delas será a PEC 215, que passa ao Legislativo o poder de demarcação de terras indígenas. A desregulação da legislação de agrotóxicos, facilitando o registro de mais venenos e transgênicos, também está na prioridade da agenda ruralista. Ao mesmo tempo, experiências de agroecologia afloram pelo Brasil, como podemos ver pelas Jornadas e Encontros de Agroecologia, que ano a ano vem ganhando força.

Neste contexto, nós, lutadoras e lutadores contra os venenos e pela vida, entendemos que a questão dos agrotóxicos continua sendo a principal contradição do agronegócio no Brasil e afirmamos que: (mais…)

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Nascentes dos Ribeirões Arrudas e do Onça são sugadas pela seca

Apenas a armação de ferro sobrou da pequena ponte sobre um dos córregos que dão origem ao Arrudas. Onde corria o leito restaram somente folhas secas e restos de vegetação queimada
Apenas a armação de ferro sobrou da pequena ponte sobre um dos córregos que dão origem ao Arrudas. Onde corria o leito restaram somente folhas secas e restos de vegetação queimada

Expectativa é que a chegada das chuvas mais intensas seja capaz de fazer brotar de novo do solo a água fresca que abastece os principais rios de Minas

Mateus Parreiras – Estado de Minas

A seca que castiga o Sudeste brasileiro vitimou mais duas nascentes simbólicas para mineiros e belo-horizontinos. Por causa da estiagem e dos incêndios, a fonte original do Ribeirão do Onça e um dos olhos d’água que abastecem a cabeceira do Ribeirão Arrudas sucumbiram neste mês, deixando apenas um rastro de terra trincada onde costumava ser o leito. Seguiram o mesmo destino da fonte tradicional do Rio São Francisco, que fica no Parque Nacional da Serra da Canastra, em São Roque de Minas, na Região Centro-Oeste, que já não mina água há mais de 40 dias. A expectativa é de que a chegada das chuvas mais intensas seja capaz de fazer brotar de novo do solo a água fresca que abastece os principais rios de Minas, já que as últimas precipitações ainda não foram suficientes. Mas a situação é de alerta, pois o problema não é localizado: segundo o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), metade das estações de medição nas bacias dos rios Doce, São Francisco e Paraíba do Sul registram nível abaixo do previsto para esta época. (mais…)

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Notícia do Cimi sobre o assassinato da liderança Kaiowá Marinalva Manoel, dia 01/11, em Dourados

Marinalva

“Pedimos urgência em nossa segurança doutor, porque não sabemos se amanha estaremos aqui para fazer este pedido de novo. Vai que estejamos numa vala, num buraco, e ai como é que fica. Assim vivemos doutor, sem saber até quando vamos viver”. (15/10/2014: Fala de Daniel Vasques, liderança Kaiowa em reunião realizada em Brasília com Funai e Ministério da Justiça).

Matias Benno, Cimi Regional MS

O corpo da jovem liderança Kaiowá Marinalva Manoel, de apenas 27 anos, foi encontrado na manhã de sábado, dia 01 de novembro, às margens da rodovia BR-163, nas imediações de Dourados, Mato Grosso do Sul. A morte da jovem atribuiu peso de “destino premeditado” às palavras proferidas por Daniel Vasques a representantes da Funai e Ministério da Justiça em reunião realizada no último dia 15 de outubro em Brasília, ocasião em que Marinalva encontrava-se presente.

Importante liderança na luta pela demarcação da Terra Indígena de Ñu Verá e integrante do Grande Conselho Guarani-Kaiowáda Aty Guasu, a jovem compôs a comitiva que a cerca de 15 dias atrás esteve em Brasília para manifestar repúdio à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) quanto a anulação do processo de demarcação da Terra Indígena Guyraroká. Durante a semana que estiveram na Capital Federal, os indígenas denunciaram a relação diretamente proporcional que existe entre a tomada de posições que geram retrocessos aos direitos constitucionais dos povos indígenas nas esferas legislativa, executiva e judiciária e o aumento da violência direta e indireta praticada pelos fazendeiros contra as terras dos povos originários. (mais…)

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”Nós, marxistas, lutamos junto com o papa para parar o diabo.” Entrevista com João Pedro Stedile

João Pedro Stedile olha a primeira página do jornal Il Fatto Quotidiano em que se vê Maurizio Landini enfrentando a polícia. “Um líder sindical sem gravata? Sério?” A piada sintetiza muito o perfil e a história desse dirigente, já de nível internacional, do movimento “campesino”

Salvatore Cannavò* – Il Fatto Quotidiano

O Movimento dos Sem-Terra, é uma organização fundamental do Brasil, imortalizada pelas históricas imagens de Sebastião Salgado e com uma história de 30 anos feita de vitórias e de derrotas, mas sempre no primeiro plano da organização dos agricultores.

Stedile é o seu dirigente mais importante. Ele nunca usou gravata e sempre concebeu o seu papel como porta-voz de uma realidade pobre, muito em busca da sua própria emancipação.

Marxista ligado à história da teologia da libertação, ele foi um dos organizadores do Encontro Mundial de Movimentos Populares que ocorreu no Vaticano na semana passada. Em uma das sessões desse debate, que ocorreu entre as curvas sugestivas da sala do Velho Sínodo, ele sugeriu aos purpurados presentes que canonizem até “Santo Antônio… Gramsci”.

Os Sem-Terra, a imponente organização que ele dirige, com cerca de 1,5 milhão de membros, têm uma história antiga de ocupações de terra, de lutas e conflitos também duros. Mas também cultivam uma relação “leiga” com o poder, ou, como ele explica, de “autonomia absoluta”. Por isso, na última eleição brasileira, apesar de não se envolver muito no primeiro turno eleitoral, depois apoiaram Dilma Rousseff no segundo. (mais…)

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