Cerca de 500 trabalhadores rurais quilombolas de 35 comunidades negras maranhenses ocupam desde ontem (23) a Estrada de Ferro Carajás, na altura do quilombo de Santa Rosa dos Pretos, Itapecuru-Mirim, no Maranhão.
Diogo Cabral, CPT Maranhão
Na pauta de exigências ao governo federal estão: a assinatura dos decretos para desapropriação das terras que incidem sobre os quilombos de Charco (São Vicente Ferrrer) e Santa Rosa Dos Pretos, a garantia de recursos para elaboração dos Relatórios Técnicos de Identificação e Delimitação (RTIDs) de comunidades em conflito como Santana São Patrício, Cruzeiro, Benfica, Aldeia Velha, Juquiri e outras, bem como a desapropriação do imóvel que incide sobre o território de Santa Maria dos Pinheiros.
As comunidades quilombolas também exigem que os processos de consulta prévia, relativa à duplicação da Estrada de Ferro Carajás, respeite a autonomia e organização das comunidades quilombolas afetadas.
Apesar de já informado e ter recebido a pauta, o governo federal ainda não se posicionou sobre vários dos pontos, que estão sendo debatido há pelo menos 4 anos pelas comunidades quilombolas maranhenses.