“Dessa vez, antes de o incêndio (em 07/09) começar já tinha policiais na favela. Quando começou o fogo e os bombeiros chegaram, os próprios policiais os impediram de entrar e apagar. Depois, espalharam boatos de que os moradores receberam os bombeiros com pedras e não os deixaram passar. É pura mentira, pode perguntar pra qualquer um aqui como esse fato não é real, não aconteceu”. Foi com essa dura denúncia que começou a entrevista do Correio com uma moradora da favela do Piolho.
No que talvez reforce sua tese a respeito da “má vontade” estatal, a moradora da área, cujo nome tivemos a obrigação de preservar, lembra de uma grosseira visita da prefeitura dias antes do fogo e, claro, dos projetos imobiliários em andamento, numa das regiões da cidade que mais se verticaliza, localizada exatamente onde se pretende construir o Monotrilho – linha 17 do metrô.
Dessa forma, mostrou descrença durante toda a conversa, tanto em relação aos políticos e governos como também ao próprio futuro dos moradores da comunidade. (mais…)