Cate Matthews, The Huffington Post / Tradução no Brasil Post
José Zamora, americano de origem latina, seguia uma rotina.
Durante os vários meses em que estava procurando emprego, ele diz que abria seu computador toda manhã e varria a internet em busca de oportunidades, se candidatando a tudo aquilo que ele sentia ser qualificado o suficiente para fazer.
No vídeo acima, feito pelo Buzzfeed, ele calcula ter enviado entre 50 e 100 currículos por dia — o que é, em uma palavra, impressionante.
Mas Zamora disse que não estava conseguindo nenhuma resposta. Tinha um palpite do porquê. Para verificar, tirou a letra “s” do seu nome.
José Zamora virou Joe Zamora. Uma semana depois, sua caixa de emails estava lotada.
Como ele explica no vídeo, “Joe” não mudou nada em seu currículo além daquela única letra. O que Zamora fez, efetivamente, foi “embranquecer” o currículo.
Apesar de o envio de currículos online parecer um avanço em relação à discriminação racial na hora de contratar, vários estudos demonstram que, nos Estados Unidos, acontece contrário.
Empregadores, conscientemente ou não, discriminam nomes que “parecem” negros ou latinos, como informou o New York Times.
Um estudo muito citado aponta que candidatos com nomes que “soam brancos” receberam 50% mais retornos de entrevistadores do que aqueles com nomes que “soam negros”.
“Eu tive de tirar uma letra para conseguir um cargo”, disse Zamora. “Às vezes eu acho que as pessoas não estão nem conscientes de que estão julgando, mesmo que seja pelo nome, mas eu acho que nós fazemos isso o tempo todo”.
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por Diogo Rocha.
josé é um nome muito bonito.
tempos atrás existia até mesmo um “clube dos josés”, onde se reuniam muitos josés para comemorar a beleza de seus nomes.