Cacique Guarani denuncia recusa do governo em homologar TI Morro dos Cavalos

morro cavalosPor Luana Luizy, Cimi

A paralisação das demarcações das terras indígenas tem sido a marca do atual governo, só no ano de 2013 apenas uma terra foi homologada, a Terra Indígena do povo Kayabi no Pará. Como reflexo desse cenário em que estão muitas terras indígenas no Brasil, está inserida a TI Morro dos Cavalos do povo Guarani, localizada em Palhoça, Santa Catarina.

Território que ainda aguarda a homologação para que o processo demarcatório seja finalizado. “A gente tá vivendo um momento de muita pressão, um jogo político muito forte e a questão indígena virou hoje uma pedra no sapato dos políticos”, conta a cacique Eunice Antunes que esteve presente em Brasília no último dia (19), a fim de reivindicar aceleração do processo final do território de seu povo e também protocolar uma carta para a presidenta Dilma solicitando a homologação. (mais…)

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Apicultores de Yucatán impedem plantações trangênicas da Monsanto

yucatanDa Actualidad

Um tribunal do estado de Yucatán, no México, revogou permissão outorgado à Monsanto, pela Secretaria de Agricultura, Pesca e Pecuária e a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais em junho de 2012, que permitia o plantio comercial de soja com o agrotóxico Roundup.   

A permissão havia autorizado que a Monsanto que cultivasse soja geneticamente modificada em sete estados do país, apesar dos protestos de agricultores e apicultores, assim como de ativistas do Greenpeace e de várias organizações ecológicas.

As evidências científicas sobre as ameaças que representam os cultivos de soja transgênica para a produção de mel na península de Yucatán – inclusive nos estados de Campeche, Quintana Roo e Yucatán– convenceram o poder judiciário sobre a necessidade da retirada da permissão. (mais…)

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Poder econômico do agronegócio deixa sociedade refém de seus interesses

Por Maura Silva
Da Página do MST


O agronegócio é hoje o setor que mais oferece doações de campanhas aos candidatos à Presidência da República. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até o momento os 11 candidatos já arrecadaram um total de R$ 31,2 milhões, sendo que cerca de 40% dessas doações vieram de setores ligados ao agronegócio.

A maior doação recebida, até agora, veio da JBS, responsável em repassar R$ 11 milhões de reais ao comitê de campanha dos três candidatos mais bem colocados: Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) com R$ 5 milhões cada, e o PSB, agora com Marina Silva, com R$ 1 milhão.  

Na mesma linha estão outras empresas do agroindústria, como Seara (R$1 milhão), Coopersucar (R$ 1 milhão), Laticínios Bela Vista Ltda (R$ 350.000), Agropecuária Nova Guaxupé Ltda (R$ 15 mil) e Fazenda Lua Nova Ltda (R$ 15 mil).

Esses números mostram que a dependência financeira dos partidos ainda dita as regras quando o assunto é plataforma política.  (mais…)

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Povo indígena Ka’apor inicia Operação Marakaja hu Juma’i ha contra madeireiros na TI Alto Turiaçu, Maranhão

madeireiros

No último dia 03 de agosto de 2014, cerca de 50 Ka’apor iniciaram uma operação de autovigilância e autofiscalização intensa que vai perdurar por todo o verão na Terra Indígena Alto Turiaçu. Ações realizadas pelos próprios indígenas que cansaram de esperar pela Funai  – que há quase quatro meses se ausentou da área, não apresentando nenhuma justificativa; não cumpriu com a determinação judicial de criar Postos de Vigilância e Fiscalização para a proteção do território Indígena.

No dia 06 de agosto de 2014, esses indígenas resolveram realizar uma grande missão no interior do território, região do município de Centro do Guilherme, onde encontraram vários agressores dentro da terra indígena. Foram cerca de 12 horas andando na mata. Na ocasião, queimaram cerca de 12 maquinários (caminhões, tratores, jiricos) e apreenderam armas junto às pessoas que agrediam a reserva. (mais…)

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Marcha internacional reúne movimentos na luta contra genocídio de negros

Marcha internacional reúne movimentos na luta contra genocídio de negrosTânia Rêgo/Agência Brasil
Marcha internacional reúne movimentos na luta contra genocídio de negros. Tânia Rêgo/Agência Brasil

Helena Martins – Repórter da Agência Brasil 

Nesta sexta-feira (22), negros e negras vão às ruas, em protesto para denunciar a existência de um processo de extermínio contra essa população. A 2ª Marcha Internacional contra o Genocídio do Povo Negro está programada para ocorrer em 18 estados brasileiros e em 15 países, segundo a campanha “Reaja ou será morto (a)”, que convocou o ato.

“O que a gente está querendo, por meio dessa retomada das vozes do povo negro e da luta pela garantia da vida, é fortalecer vozes que têm sido brutalmente silenciadas por meio da violência”, diz Andreia Beatriz Santos, integrante da organização Quilombo Xis e da coordenação da campanha “Reaja”, que desde 2005 articula negros na luta contra o racismo. (mais…)

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Entrevista Edgar Morin: é preciso educar os educadores

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Fronteiras do Pensamento

“Ensinamos apenas o aluno a ser um indivíduo adaptado à sociedade,
mas ele também precisa se adaptar aos fatos e a si mesmo.” – Edgar Morin

Edgar Morin, sociólogo e filósofo francês, retorna ao Brasil para conferência magna no evento Educação 360, que acontece no Rio de Janeiro, nos dias 05 e 06 de setembro, e conta com outros convidados como Pierre Lévy e Shukla Bose. Em entrevista ao O Globo, Morin critica o modelo ocidental de ensino e diz que o professor tem uma missão social, por isso, segundo ele, “é preciso educar os educadores”. Leia abaixo:

O Globo: Na sua opinião, como seria o modelo ideal de educação?
Edgar Morin:
 A figura do professor é determinante para a consolidação de um modelo “ideal” de educação. Através da Internet, os alunos podem ter acesso a todo o tipo de conhecimento sem a presença de um professor. Então eu pergunto, o que faz necessária a presença de um professor? Ele deve ser o regente da orquestra, observar o fluxo desses conhecimentos e elucidar as dúvidas dos alunos. Por exemplo, quando um professor passa uma lição a um aluno, que vai buscar uma resposta na Internet, ele deve posteriormente corrigir os erros cometidos, criticar o conteúdo pesquisado.
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Mulheres impulsionam geração de renda no noroeste do Mato Grosso

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Associadas produzem e comercializam macarrão de castanha-do-pará, amêndoas e biscoitos. Prêmio Fundação Banco do Brasil estimula mobilização de agricultoras e indígenas

Câmara de Cultura – No assentamento Vale do Amanhecer, em Juruena, a 930 km de Cuiabá (MT), cerca 120 integrantes da Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia (AMCA), dedicam-se ao beneficiamento, produção, empacotamento e comercialização de produtos e derivados da castanha do Brasil, também conhecida como castanha-do-pará.

A tecnologia social, vencedora da sexta edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil, é alternativa sustentável para a preservação da reserva legal de 7.500 hectares do assentamento, geração de renda e mobilização social das mulheres da região. Além de amêndoas, as associadas produzem biscoitos de castanha doce e salgado e macarrão de castanha-do-pará, iguaria criada por elas sob orientação de nutricionista. (mais…)

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Campanha coleta assinaturas para lei que cria fundo de combate ao racismo

Da Agência Brasil 

A campanha pela captação de assinaturas para um projeto de lei de inciativa popular que criará o Fundo Nacional de Combate ao Racismo (FNCR) foi lançada na noite desta quinta-feira (21) em Brasília. O fundo será uma forma de financiamento de ações de combate às desigualdades raciais. Os organizadores da campanha pretendem reunir mais de 1,4 milhão de assinaturas e a ideia é apresentá-las ao Congresso Nacional em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.

“O racismo ainda é um dos principais problemas da sociedade brasileira. A sociedade ainda é estruturada de maneira racista e classifica as pessoas, de certa forma, pelo seu fenótipo. Por isso, é necessário ações para combater o racismo”, defendeu Mário Theodoro, coordenador da campanha. 

Os criadores do projeto querem que o fundo tenha uma receita de R$ 3 bilhões até 2030. “O dinheiro é para ser usado no fomento de ações afirmativas, para o apoio de projetos de organização do movimento negro, para promover a igualdade racial”, explica Theodoro. (mais…)

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STJ suspende julgamento de coronel Ustra por crimes de tortura durante ditadura

Da Agência Brasil 

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) começou ontem (21) a julgar o recurso do coronel da reserva do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra contra decisão da Justiça de São Paulo que o declarou como torturador por crimes no período da ditadura entre 1970 e 1974.

Dois dos quatros ministros que integram a Terceira Turma entenderam que é possível exigir reparação do Estado em qualquer momento, no entanto, a Lei da Anistia (6.683/1979) impede qualquer punição aos militares. Após os votos da ministra Nancy Andrighi e do ministro João Otávio de Noronha, um pedido de vista do ministro Paulo de Tarso Sanseverino interrompeu o julgamento. Não há data prevista para a retomada.

Em 2012, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve decisão da primeira instância, proferida em 2008, que responsabiliza o militar pelas torturas cometidas no Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi).

A ação foi proposta por Maria Amélia Teles, o marido César Augusto Teles e a irmã Crimeia de Almeida. Eles foram presos em 1972 e torturados no DOI-Codi.

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II Marcha (Inter)Nacional Contra o Genocídio do Povo Negro: hoje, em todo o País

Em diferentes horários mas, até onde sei, em todas as capitais do estados brasileiros, estará sendo realizada hoje a II Marcha (Inter)Nacional Contra o Genocídio do Povo Negro, iniciativa da Campanha Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto. Falar sobre seus objetivos parece-me totalmente redundante; basta acompanhar as notícias sobre assassinatos, neste caso principalmente de jovens urbanos. De qualquer forma, mais informações podem ser encontradas em Conclamação para a II Marcha Nacional contra o Genocídio do Povo Negro, inclusive sobre outros países onde também ocorrerão manifestações de protesto.

Esta indignada interpretação de Elza Soares de “A Carne”, música de Seu Jorge, Marcelo Yuca e Wilson Capellette, está sendo considerada uma espécie de hino extraoficial do evento. Aí vai ela (que já postamos, inclusive, em outra gravação), para marcar a revolta de tod@s nós contra o que já passou a ser chamado de o ‘genocídio da juventude negra’. (Tania Pacheco)

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