A denúncia já foi recebida pela Justiça Federal e os oito denunciados passaram a ser réus em ação penal que tramita em Barra do Garças
MPF MT
Oito integrantes da Associação dos Produtores Rurais (Aprorurais), do município de Luciara (MT), foram denunciados pelo Ministério Público Federal de Barra do Garças pelos crimes de associação criminosa, sequestro e cárcere privado e ameaça contra a comunidade tradicional Retireiros do Araguaia, professores e estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso, por conta de uma disputa fundiária na região.
De acordo com a denúncia oferecida no dia dois de maio, a investigação conduzida pela polícia e pelo Ministério Público Federal possui elementos que comprovam que as manifestações contra a comunidade tradicional da região do rio Araguaia não decorreram da manifestação espontânea e de pessoas insatisfeitas com a proposta de constituição da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mato Verdinho, destinada a assegurar o modo de vida retireiro.
“As manifestações e os crimes delas decorrentes foram efetivamente orquestrados, coordenados, financiados e estimulados pela associação criminosa da qual fazem parte todos os denunciados”, afirma o procurador da República Wilson Rocha Assis, na denúncia. (mais…)
Cansados de promesas esperarán retorno de comitiva oficial el jueves 19 de junio
Servindi – Las comunidades nativas de la cuenca del Pastaza continuarán movilizadas hasta que se les demuestre que las autoridades adopten las medidas que garanticen acceso al agua apta para el consumo humano así como alimentos libres de contaminación por hidrocarburos.
Así lo señaló el apu o jefe tradicional Aurelio Chino Dahua, presidente de la Federación Indígena Quechua del Pastaza (Fediquep), tras evaluar la reunión sostenida el pasado sábado con el Primer Ministro, René Cornejo, en la comunidad Nuevo Andoas.
El apu de Fediquep sostuvo que la asamblea manifestó su descontento tras la visita del premier, puesto que una vez más se hacen ofrecimientos pero no se dan pasos concretos para atender la situación de emergencia en la que se encuentra la cuenca.(mais…)
Assassinato do tenente-coronel interrompeu revelações cruciais sobre “Casa da Morte” da ditadura. Mas investigações posteriores podem quebrar impunidade dos torturadores
Por Lia Imanishi, no Retrato do Brasil, parceiro de Outras Palavras | Imagem: Rubem Grilo
No último 24 de abril, o tenente-coronel da reserva Paulo Malhães, ex-oficial do Centro de Inteligência do Exército (CIE), torturador confesso e responsável pelo desaparecimento de presos políticos durante o regime militar (1964 a 1984), foi encontrado morto num quarto de sua casa. Ele tinha 77 anos e morava com a esposa, Cristina, num sítio na área rural de Nova Iguaçu, município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro situado ao norte da capital. Fábio Salvadoretti, delegado-adjunto da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, que esteve no local, afirma que Malhães tinha manchas azul-arroxeadas na face, indício de sufocamento. A viúva disse que ela e o marido voltavam da cidade às 13h daquele dia quando, ao entrar em casa, foram surpreendidos por três homens que, com duas armas da coleção que Malhães mantinha, renderam o casal e o caseiro e trancaram cada qual num cômodo. Quatro horas depois, um deles teria dito a Cristina que Malhães estava morto. Os assaltantes ainda permaneceram no local por cinco horas. Segundo a polícia, levaram nove armas, 700 reais em dinheiro, joias de pouco valor, talheres, dois computadores e dois discos rígidos de computador. (mais…)
O ambicioso plano da Secretaria de Segurança do Estado de Rio de Janeiro para pacificar as favelas cariocas é só a ponta do iceberg de um largo processo. Iniciado em 2008, o programa já foi levado a 36 favelas, das mais de mil comunidades existentes no Estado, segundo a Federação de Favelas do Rio de Janeiro (Faferj). E o debate sobre as novas formas de polícia comunitária, aplicadas no modelo das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), está só começando. As UPPs seguem, por decreto, uma seleção dos territórios nos que se instalar. Devem ser sempre: 1) comunidades pobres 2) de alto grau de informalidade 3) com presença de grupos criminosos fortemente armados. (1) (mais…)
A II Mostra Socioambiental do Araguaia e a I Feira de Economia Solidária foram realizadas no último sábado, dia 14 de junho, na Feira Municipal de São Félix do Araguaia (MT)
O evento é uma organização da Associação de Educação e Assistência Social Nossa Senhora da Assunção (ANSA) e Organização Ecossocial do Araguaia (OECA), com o apoio da AXA, Articulação Xingu Araguaia, da qual a CPT Mato Grosso faz parte.
A II Mostra Socioambiental do Araguaia e a I Feira de Economia Solidária contou com apresentações culturais, música regional, além de comidas típicas e venda de produtos da agricultura familiar e artesanatos, bem como mudas e sementes nativas do cerrado. Vários grupos da região do baixo Araguaia estavam presentes, entre eles os indígenas Xavante.
Para Cláudia Araújo, da CPT Mato Grosso, “a iniciativa da Ansa é muito importante ao mostrar os resultados da produção dos assentamentos, das chácaras urbanas, dos projetos que eles vêm executando nos assentamentos através de um projeto socioambiental, e ainda abarcar o trabalho desenvolvido pelas outras instituições no projeto de restauração de APP e produção de casadão (agrofloresta). Desde a I Mostra, realizada ano passado, a CPT já indicou grupos com quem trabalha como o grupo de mulheres – Amas, de Canabrava do Norte, que produz artesanatos e doces, licores de frutos do cerrado e neste ano foi indicado mais um grupo – nascente da Bordon, do PDS Bordolândia. Na mostra desse ano teve, também, a participação das entidades da AXA (ISA, OPAN, CPT, ATV). Esse momento é rico em saberes populares, troca de experiências e todo o público tem noção do que agricultura camponesa produz”.
Acusados de imitar macaco e xingar brasileiros na arquibancada, envolvidos são liberados após serem ouvidos. Caso é confirmado pela assessoria da Polícia Civil
Rio de Janeiro – Dois casos de racismo na Copa do Mundo de 2014 foram registrados na partida entre Argentina e Bósnia, no Maracanã, neste domingo, encaminhados ao Juizado Especial do Torcedor e, em seguida, para duas delegacias: 17ª, em São Cristóvão, e 19ª, na Tijuca. O atendimento da 19ª DP confirmou que o acusado foi solto, solicitando contato com a assessoria da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ), enquanto a 17ª DP não deu qualquer informação.
Consultado, o departamento de comunicação da corporação confirmou por email somente o caso da delegacia de São Cristóvão, que teve dois detidos. Eles foram ouvidos e liberados, de acordo com as informações da PCERJ. O caso da 19ª DP não foi localizado pela assessoria da Polícia Civil até a publicação da reportagem. (mais…)
Em determinado momento da cerimônia de abertura da Copa do Mundo, no último dia 12, no Itaquerão, três crianças, sendo uma branca, uma negra e uma indígena, soltaram pombas brancas do gramado para simbolizar a paz e a união de povos e culturas que supostamente reina no Brasil.
O que a transmissão de TV oficial não mostrou foi que o garoto indígena, Wera Jeguaka Mirim, de 13 anos, estendeu, logo após o ato simbólico, uma faixa vermelha com os dizeres “Demarcação Já!”. Era um protesto e um ato de luta em favor da demarcação das terras indígenas na Grande São Paulo e no Brasil, processo que se encontra atualmente interrompido no país.
A Fifa proíbe veementemente qualquer tipo de manifestação política nos estádios da Copa, ainda mais se vinda daqueles que fazem parte do espetáculo, como era o caso de Wera, morador da aldeia guarani de Krukutu, no bairro de Parelheiros, extremo sul da capital paulista. (mais…)
Este relato visa a denunciar e mostrar como os professores que lecionam pela Secretária de Educação de Jacareacanga são tratados, e como eles burlam a Carta Magna de nosso país, sendo essa a Constituição Federal, tudo para continuarem sua corrida pelo poder e pelo dinheiro.
Em Janeiro de 2014, eu, Emanuelle Limenza Barros, após mandar currículo para vaga de professora de área indígena Munduruku pela Prefeitura de Jacareacanga, logo entraram em contato para formalizar o contrato. Então, no dia 2 de fevereiro do mesmo ano, saí do município de Itaituba, no estado do Pará, rumo ao município de Jacareacanga, para ocupar minha vaga.
Ao chegar na cidade todos os professores de área, ocupam uma casa cedida pela prefeitura; nela ficamos por 14 dias até podermos ir as aldeias, para iniciarmos nosso trabalho.
Na reunião pedagógica (que nem poderia ser chamada assim), a única coisa que nos foi passada pelo supervisor pedagógico Jailson Barreto Pereira eram: “Não fazer amizade com os indígenas, não ter nenhum tipo de relacionamento com os mesmos, não beber com os indígenas, não manter comunicação assídua com os mesmos”.
Em nenhum momento foi citado sobre escola diferenciada que pela LDB é obrigatório, planejamento de aulas, ou calendário escolar, assim como normalmente é feito nessas reuniões; o material nós mesmos levamos e escolhemos; e é-nos dado um planejamento pronto, onde devemos colocar nos diários da forma que foi entregue, mesmo se dermos uma aula diferenciada e conforme o aprendizado do aluno. (mais…)