Elizabeth Teixeira: marcada para viver e lutar por justiça, terra e liberdade

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Da Página do MST 

É sabido que antes mesmo da organização do MST, a força das mulheres Sem Terra nas lutas da classe trabalhadora sempre acompanhou o processo de organização. Sua memória carrega um passado não tão distante, mas fundamental para aquelas que lutam pela terra, dignidade e sobrevivência.

Elizabeth Teixeira, viúva de João Pedro Teixeira, líder das Ligas Camponesas na Paraíba, hoje com 89 anos, começou a participar das Ligas Camponesas ativamente depois que seu marido foi brutalmente assassinado em 1962, a tiros de fuzil em uma emboscada preparada por pistoleiros, numa estrada que ligava João Pessoa, Sapé, e Café do Vento. Foram três tiros pelas costas.

Filha de fazendeiro, proprietário e comerciante na região de Sapé na Paraíba, Elizabeth frequentou a escola, mas não terminou o primário. Aprendeu bem a ler, escrever e dominar as quatro operações de matemática, mas não continuou os estudos porque o pai a proibiu. Saiu da escola para trabalhar na mercearia, onde o pai lhe confiou a função de fazer as contas das mercadorias vendidas. (mais…)

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Laranja transgênica já está em fase de testes no Brasil

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Avaliações para comercialização do cítrico podem começar após sete anos e meio; a Embrapa, por sua vez, iniciará o cultivo de soja geneticamente modificada ainda em 2014

Por Maurício Thuswohl – Repórter Brasil

Rio de Janeiro – Os cães ladram, a caravana transgênica passa. Enquanto diversas organizações representativas da sociedade civil brasileira tentam impedir, através de ações e projetos junto aos poderes Legislativo e Judiciário, a expansão descontrolada de alimentos e outros organismos geneticamente modificados no Brasil, o país segue, ao fim do primeiro trimestre de 2014, na mesma toada expansionista que lhe garante um lugar no pódio dos maiores produtores e consumidores mundiais de transgênicos. (mais…)

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Governo fecha abrigo para haitianos em Brasileia. Para organização de Direitos Humanos, solução improvisada não resolve problema

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O Governo do Estado do Acre disse hoje à Organização de Direito Humanos Conectas que fechará o abrigo de imigrantes na cidade de Brasileia, na fronteira com a Bolívia. As autoridades acreanas prometeram retirar até sábado todos os imigrantes – a maioria, haitianos – que viviam abrigados, com a promessa de transferi-los para um centro de exposições na capital, Rio Branco e, de lá, despachá-los para Porto Velho, em Rondônia, de onde serão fornecidos ônibus para fazer o traslado a São Paulo, de acordo com informações do administrador do abrigo de Brasileia, Damião Borges

Conectas

Mais de 20 mil haitianos já passaram pelo abrigo de Brasileia em três anos e nas últimas semanas, mais de 2.500 pessoas chegaram a se amontoar no local, projetado inicialmente para receber 300 albergados. Só no dia do anúncio, mais 108 haitianos chegaram ao local. De acordo com Damião, todos os novos imigrantes serão informados de que o abrigo foi transferido para Rio Branco. A partir de então, o traslado entre Brasileia e a capital será feito por conta do imigrante, que pode ainda optar por dar entrada no pedido de documentos na própria fronteira, sem direito a alimentação, abrigo ou qualquer outro apoio das autoridades locais, de acordo com Damião. (mais…)

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Maré vive sob tensão e medo após ocupação das Forças Armadas

Menos de duas semanas após ser ocupado pela polícia e poucos dias depois da chegada das Forças Armadas, o Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, vive sob muito medo e desconfiança. Há blindados, jipes, e militares armados com fuzis por toda parte. Embora a intenção seja tocar a vida normalmente, o clima na comunidade é de guerra e as dúvidas sobre o futuro só tornam a tensão ainda mais palpável

BBC Brasil

A reportagem da BBC Brasil percorreu ruas das favelas Nova Holanda e Baixa do Sapateiro, separadas pelo valão conhecido como “Faixa de Gaza” – que dividia as áreas controladas, respectivamente, pelas organizações criminosas Comando Vermelho e o Terceiro Comando Puro (TCP). O local costumava ser o ponto mais conturbado do Complexo, numa rotina diária de tiroteios e provocações.

Dois dias antes, soldados dispararam tiros para o alto quando um adolescente foi encontrado ferido dentro da vala, supostamente após uma briga entre membros das facções rivais. No dia da ocupação da Polícia Militar, no fim de semana anterior, dois jovens morreram em confrontos após uma guerra de pedras que terminou com disparos.

Relatos de violência entre membros remanescentes do tráfico e de abusos por parte dos policiais e militares, incluindo excessos cometidos nas revistas às casas, começam a aparecer conforme os moradores se sentem mais à vontade com a reportagem. Sob o olhar constante dos soldados armados, a maioria prefere não falar. E se fala, não diz quase nada, pede para não ser identificado e não permite ser fotografado. Caminhando por ruas com carros incendiados ou com parabrisas estilhaçados por tiros, casas com marcas de bala e blindados de transporte de tropas dividindo espaço com crianças não é difícil entender o porquê do silêncio.

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Búsqueda de “ciudad perdida” inca en la Amazonía pondría en peligro a pueblos indígenas

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Expedición de seis semanas que comienza en julio intentará encontrar a Paititi en el Santuario Nacional Megantoni del sudeste peruano

Por David Hill* – Servindi

10 de abril, 2014.- Un escritor y aventurero francés planea explorar una de las zonas más remotas de la Amazonía peruana en busca de la “ciudad perdida” o “secreta” que habría sido construida por los incas, pero se teme que la expedición ponga en peligro la salud de tribus aisladas nunca expuestas a las enfermedades humanas más comunes.

Thierry Jamin sostiene que la ciudad, a la que llama “Paititi”, podría encontrarse en alguna parte dentro de las 215,000 hectáreas del Santuario Nacional Megantoni en la región de Cusco, al sudeste del Perú. (mais…)

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Luiza Bairros: O racismo no Brasil causa um prejuízo que já pode ser mensurado

A ministra foi palestrante ontem, em atividade do Grupo Temático sobre Gênero, Raça e Etnia do Sistema ONU
A ministra foi palestrante ontem, em atividade do Grupo Temático sobre Gênero, Raça e Etnia do Sistema ONU

Foi o que disse a ministra da Igualdade Racial (SEPPIR) anteontem (08/04), em atividade promovida pela ONU Mulheres em Brasília, no âmbito do GT sobre Gênero, Raça e Etnia do Sistema ONU

SEPPIR – A ministra Luiza Bairros (Igualdade Racial) afirmou anteontem (08/04) que a não inserção da população negra gera custos para a sociedade e os prejuízos causados pelo racismo no Brasil já podem ser mensurados. Ela disse também que o processo de inclusão racial tem que ser acelerado agora para que a população negra brasileira, estimada em quase 100 milhões de pessoas, faça parte do contexto de desenvolvimento projetado para o país até 2030.

“Até 2030, o país poderá se beneficiar do que os analistas chamam de janela demográfica ou bônus demográfico. O momento em que a quantidade de trabalhadores e trabalhadoras é maior do que a de pessoas que não trabalham, as crianças e os idosos. Esse é o momento de criar riquezas e de acumular até o ponto em que essa relação se inverte. Vamos ficar uma população parecida com a europeia, em que o número de crianças e de adultos vai ser pequeno relativamente ao número de idosos”, afirmou a chefe da SEPPIR.

“Se não fizermos um esforço de aumento de escolaridade dos nossos jovens e adultos jovens agora, principalmente os negros, onde e como estaremos em 2030?”, perguntou a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, durante a palestra “Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e a Promoção da Igualdade Racial”, que proferiu na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), ontem, em Brasília. (mais…)

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Mineroduto no norte de Minas é crime ambiental

Mineroduto do Projeto Vale do Rio Pardo é tema de audiência pública e alvo de investigação do Ministério Público / Foto: Mariela Guimarães (O Tempo)
Mineroduto do Projeto Vale do Rio Pardo é tema de audiência pública e alvo de investigação do Ministério Público / Foto: Mariela Guimarães (O Tempo)

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais se reuniu hoje em audiência pública para tratar do Decreto Estadual de numeração 30, que desapropriou terrenos em oito municípios do Norte de Minas para a construção do Mineroduto Projeto Vale do Rio Pardo, da Empresa Sul-Americana de Metais S.A. – SAM. O requerimento de audiência pública foi apresentado pelo deputado Rogério Correia (PT). (mais…)

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Ministério Público exige das autoridades medidas que coíbam as agressões aos rios

No vale do Rio São Francisco, curso d'água nasce na Cachoeira Casca D'Anta, ponto turístico famoso na região
No vale do Rio São Francisco, curso d’água nasce na Cachoeira Casca D’Anta, ponto turístico famoso na região

MP promete agir diante de denúncias de agressões contra fontes de alguns dos principais rios de Minas. Na última reportagem da série, EM revela caminhos para preservação

Mateus Parreiras (texto) e Leandro Couri (fotos) – Enviados Especiais – Estado de Minas

A degradação que seca mananciais e desabastece rios que brotam em Minas Gerais, denunciada pela série de reportagens “Ameaçados ao nascer”, do Estado de Minas, mobilizou o Ministério Público, que promete exigir fiscalização do Poder Executivo e ações de prefeituras e concessionárias de saneamento. Como não há em prática leis específicas nem políticas sistemáticas sobre as nascentes que possam barrar também os efeitos de desmatamento, lançamento de esgoto, mineração e garimpos clandestinos, os promotores pretendem usar a Justiça e a polícia para coibir as agressões.

De acordo com a Coordenadoria Geral das Promotorias de Defesa do Meio Ambiente, as regionais que cuidam das bacias dos rios São Francisco, das Velhas, Maracujá, Doce, Piracicaba, Piranga, Jequitinhonha e Santo Antônio foram acionadas depois das denúncias de ameaças às nascentes feitas pelo Estado de Minas e deverão apontar quem são os responsáveis por promover a reconstituição de áreas devastadas e a conservação dos locais. (mais…)

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A PM-SP revela sua ideologia em nota oficial

Polícia Militar realiza abordagens em bairros na zona norte de São Paulo durante a Operação Saturação, realizada em outubro de 2012
Polícia Militar realiza abordagens em bairros na zona norte de São Paulo durante a Operação Saturação, realizada em outubro de 2012

Para suprimir o debate sobre a desmilitarização, Polícia Militar adota discurso radical e insinua que críticos são comunistas

por José Antonio Lima – CartaCapital

Em nota oficial enviada ao portal UOL e publicada nesta terça-feira 9, a Polícia Militar de São Paulo deixou claro que seu comando está alinhado ideologicamente com um dos discursos mais extremistas da política brasileira. É uma revelação espantosa, pelo conteúdo, que resvala com o autoritarismo, e pela forma como foi feita.

A nota oficial da PM-SP é uma resposta ao coronel reformado Adilson Paes de Souza, que em entrevista ao portal disse acreditar que a PM-SP trata parte da população brasileira como um potencial inimigo, assim como ocorria na ditadura. O comentário de Souza é uma referência aos altos índices de violência da Polícia Militar, em especial nas regiões periféricas das cidades brasileiras. (mais…)

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