por Flávio Leandro – Mamapress
A violência roubou-nos um jovem líder negro que sem a ganância por orçamentos, sem sedução por emprego público; sem panfletagem; sem discursos retrógrados, panfletários e vazios; sem religiosidade; sem atrelamento a partido político; sem participar de movimento algum; sem puxa-saquismo de políticos; sem projetos pessoais e sem faturar com a venda da raça mobilizou uma legião de jovens na luta pela busca de espaços públicos para lazer, diversão, cultura e arte.
Lucas Oliveira Silva de Lima, 18, o Rei do Rolezinho, foi assassinado por motivo torpe.
O “Cocão, menino do morro”, como se denominava, tinha 57.480 seguidores no Facebook, a maioria garotas. Era um ídolo. Orgulhoso, assumia suas origens: negro, estudante, morador de uma favela em Itaquera, Zona Leste de São Paulo.
Em janeiro, passado, Lucas tornou-se celebridade, depois de organizar um rolezinho no Shopping Itaquera, vizinho de sua casa, na favela da Vila Campanela. Três mil adolescentes participaram, cantando as letras desafiadoras do funk. A polícia interveio com bombas de gás. (mais…)